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Mostrando postagens de junho, 2024

ROMA

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Meus caros amigos, Com o coração na mão ouvi há alguns anos de um padre que para ele a Festa de São Pedro e São Paulo era uma festa triste. O que diria ao povo diante de tão grande e grave crise que se tornou mais galopante nos últimos anos. Embora sentindo compaixão pelo meu colega, devo dizer que discordo totalmente. Primeiro, a festa é de S. Pedro e S. Paulo, é o dia de recordar a vitória que ambos alcançaram com seu martírio, batizando no próprio sangue as primícias da Igreja Romana, Mãe e Mestra de todas as Igrejas. Segundo, é um dia de agradecer a Nosso Senhor por todos os Papas que não apenas foram glorificados como Vigários de Cristo, mas de recordar tantos que mais do serem honrados pelo Papado, foram glória dele. Terceiro, revisitar com o coração genuflexo todas as declarações da Santa Igreja que fundamentam a nossa fé, desde o Credo ao Catecismo Romano e aquele de S. Pio X. Admirar a coragem dos Papas que lutaram particularmente contra o modernismo e o liberalismo. E se todo

Quem matou, não mate mais

 As "grandes" pregações do Padre Cícero, Padim Ciço, muitas vezes se resumiram a frases assim. De Frei Damião de Bozzano temos gravadas pregações claríssimas (mas num tom comoventemente modesto) sobre a castidade e sobre outros assuntos que, por vezes pareciam que o frade italiano, apóstolo do Nordeste, tinha simplesmente decorado versículos bíblicos como: "amai vossos inimigos; fazei o bem aos que vos perseguem..." Ditos assim, textualmente. Não temos por escrito muitos sermões de outros santos pregadores. Santo Antônio por exemplo escreveu sermões, mas não eram os que ele pregava, eram para os outros frades. Certos trechos de pregações suas chegaram até nós, graças a um ou outro cooperador do Santo que tomou nota. Mas quando pensamos num Santo Antônio, tão importante quanto o que ele dizia nos sermões era o efeito: ele mesmo e algumas dezenas de frades por vezes viravam a noite atendendo as confissões do povo que tinha ouvido a pregação.  E mais. Tanto um Santo An

DEGOLAÇÃO DE S. JOÃO

 Meus prezados amigos, A nossa festa de hoje é a degolação de S. João Batista. Se é que podemos falar de "processo" contra S. João, que o levou à prisão e à morte, em nenhuma vez é dito o nome Jesus, porém, se considerarmos que S. João Batista é um mártir, e é, a sua morte precisa por causa do Senhor. S. João morre porque é fiel à verdade, ou melhor à Verdade, ou sendo mais claro ainda, por ser fiel àqu'Ele que disse de Si Mesmo: "Eu sou a Verdade". A verdade que leva João à prisão e a morte foi adultério de Herodes, que se unira indevidamente à Herodíades, esposa de seu irmão Filipe. O Santo Evangelho narra que o Batista recomendava a cada um que se aproximava dele o que mais necessitava para não serem condenados e estarem dispostos ao Salvador que já estava por se manifestar. Aos cobradores de impostos, que não cobrassem mais do que era devido, aos soldados que não abusassem da força etc Herodes, também passava, talvez não intencionalmente perto de João, e est

CONFESSAR

 Meus prezados amigos, Celebramos hoje a Festa de Santo Agostinho, Confessor e Doutor da Igreja. A obra de S. Agostinho é monumental, algumas mais conhecidas, outras menos. Mas sem dúvida, a sua obra literária é um campo vastíssimo, onde se encontram comentários à Sagrada Escritura, textos dogmáticos, textos sobre a vida monástica, sobre sua própria vida etc. As suas "Confissões" ajudaram inúmeros fiéis a compreender como mesmo sendo em algum momento envolvidos pelo pecado e pelo erro, Deus que fala ao nosso coração, constantemente nos chama à verdadeira luz. Podemos dizer que, sob certo sentido, a palavra "confissões" é usada pelo Santo num sentido diverso. Em latim "confessar" é sinônimo de "louvar"; S. Agostinho em "Confissões" mais do que "confessar" pecados quer "confessar" a Deus, louvar a Ele que com paciência o esperou enquanto o nosso futuro santo buscava fora de si, Aquele que morava dentro de si e que grit

CONCILIO IMPOSSÍVEL

 Um Concílio impossível: Quando se lê os escritos emanados da Santa Sé Apostólica, até o final da primeira metade do século passado, se pode admirar muitas coisas: em alguns sua precisão cirúrgica, em outros a riqueza teológica, em outros a admiração pelos mistérios de Deus, em outros a clareza diáfana de definições e declarações. Porém, a partir de 1958, com o início do Pontificado de João XXIII, até mesmo críticos da Igreja, começaram a perceber uma linguagem diferente, quase que amedrontada e buscando parear com o mundo moderno, a tal ponto que houve quem apelidasse a Encíclica Pacem in terris, de Falsem in terris... Isso se tornou ainda mais flagrante no Concílio Vaticano que certamente passa à história com uma característica única: é absolutamente inaplicável. Eu gostaria de repetir a mesma ideia. Não estou dizendo que o Concílio Vaticano II é difícil de aplicar, estou dizendo que é impossível aplicar. Podemos atribuir isso a três questões: primeiro as disputas intermináveis entre

GRATIDÃO

 Meus prezados amigos, Nesse XIII Domingo após o Pentecostes a Santa Liturgia nos traz a cena dos dez leprosos que, curados pelo Senhor no caminho, só um retorna para agradecer. A lepra nos recorda a impureza, e a impureza de modo geral é como chamamos os pecados contra a castidade. Os leprosos não podiam aproximar-se de ninguém para não contaminá-los com essa doença. Assim o homem impuro cria em torno de si um ambiente de podridão e muitas vezes contamina aqueles de quem se aproxima com palavras, propostas, imagens, piadas impuras. Os dez leprosos do Evangelho nem de Cristo podiam se aproximar! Eles gritam à distância, mas o Senhor ouve. O impuro está já nessa vida longe de Deus, mas se gritar humildemente o Senhor verá o desejo de mudar, de ser limpo, de livrar-se do chiqueiro em que se tornou a sua vida. Os leprosos são curados no caminho. Nesta cena do Evangelho, percebemos muitas vezes a cura se dá ao longo de um processo, o Senhor poderia, como em outras vezes, simplesmente curá-

SANTA MARIA OU NOSSA SENHORA?

 Meus queridos amigos,  nesse sábado, uma vez mais, voltamos nosso olhar para a Santíssima Virgem. Consideremos diante d'Ela que tipo de devoto somos. Creio que os tempos atuais de crise na Igreja, acabam por fomentar os chamados devotos escrupulosos. A falsa compreensão de ecumenismo, o desejo de agradar os protestantes, levaram, por exemplo, a que a Conferência Episcopal Portuguesa não diga mais "Nossa Senhora", mas sim "Santa Maria", porque a expressão Nossa Senhora leva à compreensão desse reinado de Maria sobre todas as coisas, o que desagrada os protestantes; já Santa Maria, soa mais suave para os inimigos da fé... E isso, em grau maior ou menor, não importa, está disseminado entre muitos fiéis. Temem que amando Maria, possam amar menos a Deus. Mas, com Pio XII, nos perguntemos: quem mais amou Maria? Deus! Amou-a com particular predileção preservando-a do pecado original, ornou-a com todas as graças e virtudes, e se isso fosse pouco, amou-a e honrou-a como

NOSSA ATENÇÃO

 Meus prezados amigos, bom dia. Diante de um discurso sempre crescente de inclusão, direitos etc na sociedade, há uma tendência de julgarmos que a Igreja deveria seguir pela mesma estrada. De fato, a Igreja é um mistério em todos os sentidos da palavra, porque, embora desejando que todos os homens possam estejam em seu seio, a Igreja não é exatamente inclusiva. Seu Divino Fundador deixou uma série de restrições cuja violação leva a "não poder ser meu discípulo". E se a Igreja possui essas restrições, o céu ainda mais. O referido discurso pode dar uma ideia de fácil salvação, de um céu fácil, porém Nosso Senhor não foi mais 'inclusivo' ao falar do Céu e quando lhe perguntaram sobre o número dos que se salvam, Cristo não responde diretamente à essa "curiosidade", mas leva-nos a "fazer o possível para entrar pela porta estreita'. Baseando-se nas Palavras do Redentor e no que se verifica sem grande dificuldade no comportamento humano, a Igreja, através

SANTA CLARA

 Meus queridos amigos,  Recordamos hoje a festa de S. Clara, a plantinha de S. Francisco, como ela mesma se auto-definia. Clara não era coetânea de S. Francisco, os dois nunca namoraram, nem foi ela quem influenciou na conversão de S. Francisco. Se olharmos para os primórdios da Ordem Franciscana, a vida deles se resumia a três coisas: penitência, mendicância e pregação. É particularmente nesse ponto que a vida de Clara e Francisco se cruzam. O próprio Bispo de Assis, Dom Guido, convidava S. Francisco a pregar na própria catedral.  E Clara ouvia essas pregações que, pelo que podemos entender dos escritos de S. Francisco variaram entre a adoração ao Santíssimo Sacramento, o amor à Igreja, a santa pobreza, a caridade para com os irmãos. Após um tempo aconselhando-se com o próprio S. Francisco o qual provavelmente deve ter consultado a Dom Guido, Santa Clara decide fugir de casa na noite de um Domingo de Ramos e encontrar-se com Francisco na porciúncula. Tendo seu tio (seu pai já havia mo

COMUNHÃO DE JOELHOS

 E a questão da jovem que queria comungar de joelhos? Houve um tsunami, o oceano avançou até a minha casa. E eu estou muito triste porque existem algas no meu portão. A questão da jovem que queria comungar de joelhos é a alga que cresceu no portão. Precisamos ir à origem dessa questão que nos poucos segundos de um vídeo que “viralizou” aparece à exaustão e que são a causa do constrangimento passado pela jovem. O primeiro problema é a afluência de pessoas, particularmente de mulheres, no presbitério. O presbitério é o santuário, o lugar reservado ao sacerdote que age como sacrificador da Vítima Divina, pode-se admitir que para o decoro da Missa, um ou outro fiel possa ter acesso à ele, para ajudar o sacerdote, mas é difícil considerar sagrado um local onde “todo mundo” vai. O segundo problema é a centralidade da figura do celebrante. Depois de humilhar a jovem publicamente o celebrante se senta ao centro do presbitério, no local que antes ficava o sacrário, recordando quem é o verdadeir

O DOM DA SEXUALIDADE

 Meus prezados amigos, Quando ligamos para um lugar e escutamos alguém dizer, por exemplo: “Funerária só falta você, bom dia. Em que posso ajudar”, imediatamente nos sentimos capazes de responder: “Bom dia. O senhor...” ou “Bom dia. A senhora...” O próprio modo de falar, o tom de voz etc, embora não vejamos a pessoa, já nos torna capazes de saber se falamos com um homem ou uma mulher. A Santa Igreja ensina que os atos homossexuais são em si mesmos desordenados. Mas o que são os atos homossexuais? Há uma visão muito reducionista que explicaria que a homossexualidade em si mesma não seria pecado, mas sim o sexo homossexual. Isso não corresponde ao correto. Vejamos bem. A Igreja distingue sexualidade de genitalidade, a sexualidade abrange a genitalidade, mas não se resume à esta. Há todo um modo de ser, falar, agir, comportar-se, vertir-se etc que fazem parte da sexualidade masculina, e o mesmo para a sexualidade feminina. É verdade que há pessoas que se sentem atraídas pelo mesmo sexo, s

VOCAÇÃO?

 Meus queridos amigos, O mês de agosto é o mês das vocações. O problema que surge é que na Igreja conciliar tudo é considerado, de modo que a palavra vocação se gasta, semelhante ao que acontece com a palavra amor, e se perde o sentido mais restrito que, no caso da vocação significa a vocação sacerdotal. O mês de agosto, por nele celebrarmos o Santo Cura de Ars, S. João Maria Vianney, se tornou o mês em que a Igreja particularmente ora ao Senhor da Messe que envie mais trabalhadores para sua messe. Mas, pouco adianta pedir, se não se coopera com Deus: o aluno que pede a Deus para tirar uma boa nota deve estudar. Se a Igreja deseja que Deus lhe conceda padres, deve salvar a identidade do sacerdócio católico, que nos últimos anos se perdeu. Se o sacerdote é apenas alguém que dedica sua vida aos outros, que coordena um grupo de pessoas e anima certas celebrações, o Sacerdócio se torna caduco e totalmente prescindível. A dessacralização e a perda da identidade do próprio Sacrifício da Miss

SANTO INÁCIO

 Meus queridos amigos, Quando a Igreja padecia o sofrimento da divisão causada por Lutero e seus seguidores, Deus fez resplandecer grandes almas que destinaram suas vidas à causa do Cristo e de sua Igreja. Falamos de um tempo em que no mundo viviam pessoas como Teresa de Jesus, João da Cruz, Pedro de Alcântara, Felipe Neri, Francisco de Borja, Félix de Cantalice, Bernardino de Siena e tantos outros, dentre eles, Inácio de Loyola. Inácio, cujo nome significa nascido do fogo, teve uma brilhante carreira militar, o que não lhe poupou ser ferido em batalha. É nesse período de convalescença que decide trocar de exército, e, depondo sua espada aos pés da Virgem do Monserrate torna-se comandante de um exército de Deus: a Companhia de Jesus. Mandando seus soldados pelo mundo visa conquistar almas para Deus. A imagem dos primeiros jesuítas é muito deturpada nos livros de história secular. Aparecem como desbravadores de riquezas naturais, cooperadores da escravidão e da destruição das culturas d

ELE É NOSSA PAZ

 Meus queridos amigos, O Santo Evangelho desse domingo nos fala das lágrimas de Jesus sobre Jerusalém: "se tu conhecêsseis Aquele que te pode dar a paz ..." A paz. Não é o desejo de cada homem e dos povos em geral? Sim. Mas, e Cristo? É possível uma paz sem Cristo? Certamente que não. Porque só a paz do Cristo vem acompanhada da justiça, do perdão, da caridade para com os necessitados, da consciência de que somos irmãos. As outras "pazes" são "pazes" de açúcar, frágeis, que derretem, quebram, diante de qualquer coisa. E isso vale para as nações e para as famílias. Só a paz de Cristo, ou no dizer do Apóstolo a paz que é Cristo (Ipse enim pax nostra) com tudo o que ela traz de exigente é capaz de resistir às vagas do mar da vida humana. Uma coisa é certa: sem Cristo, sem paz. Imagine num almoço familiar ou numa reunião da ONU, alguém ter coragem para perguntar: querem paz? A resposta seria unânime: sim. Então os países se tornem católicos, dêem a Igreja tudo

SILÊNCIO CÚMPLICE

 Meus queridos amigos, Recentemente na ONU algum perito afirmou que a liberdade de gênero e a liberdade religiosa não podem coexistir, no que concordo absolutamente. Porém a solução encontrada pelo perito para o problema é que se imponha às religiões a agenda da ideologia de gênero, no que eu discordo naturalmente. Mas voltemos à primeira proposição. Nela o perito, talvez sem perceber, pensa de uma forma católica: existe uma verdade absoluta, essa verdade absoluta deve impor-se e ser beneficiada pelos poderes dos governos e o oposto à essa verdade deve ser conduzido à ela e agir de acordo com ela. O problema é que para o perito a verdade, na verdade, é uma falácia, uma mentira, a ideologia de gênero. Mas o seu argumento é o que sempre foi o ensino da Igreja: o erro (que para ele é a liberdade religiosa) não pode ter os mesmos direitos que a verdade, aliás não pode ter direitos. Para um católico, a própria liberdade religiosa, compreendida como um carrefour religioso, onde cada um escol

EXPIAR

 Meus queridos amigos, Muitos equivocadamente pensam que o círculo do pecado se faz em torno de três pólos: o pecado, o arrependimento e a confissão. E muitos acham que pelo fato de se terem confessado saíram, com o perdão da expressão, zero quilômetros com Deus. Isso é um grande engano. Há ainda a necessidade de expiação. Mesmo alma sem pecado não merece Deus, porque um dia pecou. Olhemos para a Santa Missa. Onde começa o padre? Sentado num trono, aclamado pelas multidões, sorrindo e distribuindo tchau? Ao olhar para o padre no início da Missa, o vemos inclinado e batendo no peito. Apenas o socorro de Nosso Senhor, da Virgem Maria e dos Santos é que podem dar-lhe a licença de se dirigir a Deus. Ele mesmo se reconhecerá várias vezes pecador, indigno, sujo...e aqui não estou pensando em mim que sou um farrapo de padre para quem essas palavras são até elogiosas, mas para um padre mesmo, do calibre de um Cura de Ars ou de um S. Inácio. A nossa condição de pecadores jamais pode ser esqueci

TEMPLOS VIVOS

 Meus prezados amigos, O intróito da missa do VIII Domingo após o Pentecostes recorda-nos o Templo de Deus como lugar onde recebemos a sua misericórdia. Mas o que é o Templo de Deus?  Ora, seria ineficaz qualquer compreensão de Templo de Deus que não começasse por nós mesmos. E nós na integridade de nosso ser: corpo e alma. A graça que a maioria dos sacramentos concede às nossas almas nelas chegam através de sinais materiais que tocam nossos corpos. Na Santa Comunhão, por exemplo, Cristo vem às nossas almas, mas o faz como um alimento que subsiste durante certo tempo em nossos corpos. Ora, se multidões acorrem para venerar na Terra Santa lugares por onde o Senhor passou, mesmo que por breves segundos, quão digno de veneração não será o corpo do cristão onde também Cristo passa fisicamente e onde habita na alma em graça toda a Trindade! E é a partir dessa compreensão que devemos olhar para cada um de nós como Templo e uns aos outros como Pedras vivas de um edifício espiritual que entend

PERDER PARA GANHAR

 Meus prezados amigos, Ninguém têm tudo. Aqueles que colocam suas esperanças nas coisas desse mundo sabem muito bem fazer suas escolhas para obterem o bem que desejam. Dou um exemplo bem simples: quem deseja ganhar na loteria sabe que antes de ganhar deve apostar, e que quanto mais apostar, ou seja, que quanto mais bilhetes comprar, mais chance tem de ganhar. De tal modo que, gastar 5 ou 10 reais num bilhete não lhe causa sofrimento algum, diante da possibilidade de ganhar alguns milhões. É exatamente aqui que se encontra o escândalo cristão: não queremos perder para ganhar. Queres o Paraíso? Cristo? A bem-aventurança? Sim! Respondemos. E o que estás disposto a perder? E se nos oferecem uma lista do que poderíamos perder em troca do Céu, encontraremos logo uma justificativa para não perder... Saúde? Precisamos dela para cuidar dos outros. Honra? É bom conservá-la para os relacionamentos humanos. Bens materiais? Até que pessoalmente eu me considero desapegado, mas quero deixar algo para

DO MUNDO NAO SE LEVA NADA

 Lá lá lá lá 4 vezes Agora é hora  De alegria Vamos sorrir e cantar. Do mundo não se leva nada. Vamos sorrir e cantar. Lá lá lá lá 4 vezes. Meus queridos amigos, Na literatura tradicional da Santa Igreja, seguindo a Tradição dos escritos de S. João, o mundo é apresentado como inimigo, mentiroso e traidor. A verdade que poucos conhecem e um número ainda menor acolhe é que o mundo nada mais é que um agiota. Nos empresta parte de seus bens, cobrando juros e na hora de nossa morte nada poderemos levar. Hoje, sexta, e certamente não é sem propósito isso, em cada esquina encontraremos um churrasquinho. Os bares colocarão suas mesas nas calçadas e ruas. Linguiças, pizzas, cerveja circularão por nossas ruas nas bolsas de i-food. Sextou. Em contrapartida a Igreja, por mandamento, nos exigirá ao menos a penitência de não comer carne. A penitência não é uma antecipação do purgatório ou do inferno, é uma antecipação do céu. No céu estaremos livres de todos os bens terrenos vivendo só para Deus. Pa

FÁTIMA E A VISÃO DO INFERNO

 Meus queridos amigos, Não é uma comemorar no sentido moderno da palavra, nem tampouco uma efeméride litúrgica; porém, tenho que certeza fará bem às nossas almas recordar nesse treze de julho a Aparição em que Nossa Senhora de Fátima mostrou o inferno aos Pastorinhos. Teme-se que falar do inferno amedronte os adultos ou perturbe os anciãos, mas a Santa Virgem o mostrou a três crianças cujas idades somadas mal chegaria a vinte. E o fez, após ter revelado que eles iriam para o céu, na aparição de maio. Assim, a vista do inferno só lhes causou uma coisa: compaixão. Não tinham medo do inferno por terem a certeza do céu, mas viram as almas caindo e caindo nos infernos, de modo que, ao contrário do que muitos pensam o inferno não é como uma repartição pública que, ainda que exista, não funciona. Funciona, e muito. Assim, Nossa Senhora apresenta três coisas para salvar as almas: a devoção ao Seu Imaculado Coração, a penitência e a oração Ó meu Jesus, ao final de cada mistério do terço. Os Pas

LIMPAR O DINHEIRO

 Meus queridos amigos, Conheço muitas pessoas que buscam o auxílio de Deus para os seus negócios: rezam para ter clientes, colocam uma imagem em seu comércio, pede que um padre benza o lugar etc. Mas conheço poucos que compreendem que seus negócios devem estar ao serviço de Deus. Os bens materiais, que os que vivem no mundo são obrigados a ter, jamais são fins em si mesmos e só encontram seu verdadeiro sentido quando postos a serviço de Deus, seja diretamente a Ele, cooperando materialmente com o decoro das Igrejas, seja para Ele através do próximo, como a própria família, obras apostólicas, doações aos pobres etc. Nosso Senhor mesmo no Santo Evangelho exorta à uma "purificação" do dinheiro através da esmola. Como católicos temos que dar exemplo de liberdade dos bens materiais, primeiro sendo pródigos no uso deles particularmente no decoro do culto divino (que honra para um fiel doar um cálice, uma patena, um par de galhetas que seja, para a Santa Missa) e na assistência aos

AMAR NOSSA SENHORA

 Meus queridos amigos, Não somos anjos. Não somos seres puramente espirituais. De modo que nossos pensamentos não são suficientes para que sejamos bons. É necessário ter boas ações. O marido que em sua mente ama sua esposa necessita manifestar, ou seja, concretizar esse amor. E, nesse sentido, há uma segunda necessidade. Não basta manifestar o amor, é preciso manifestar o amor do modo como o outro quer ser amado. Se uma esposa está cansada com os afazeres domésticos e pede ajuda ao marido, não seria eficaz ele sair e comprar chocolates para a esposa...mas valeria ter ajudado com os filhos, ou lavado a louça. Deus nos mostra como quer ser amado por nós, por exemplo, nos mandamentos. E também a Santíssima Virgem nos ensina a como amá-la, particularmente através do Terço. Hoje, sábado, podemos limpar nosso oratório familiar, colocar flores, acender velas etc. Tudo isso é bom. Mas se não rezamos o terço, somos o marido que entope a esposa de chocolate e não pega uma agulha do chão... A Ir.

A ONIPOTÊNCIA DO AMOR

 Meus queridos amigos, Certa vez o Papa Bento XVI disse uma frase que em italiano parece ser mais sonora: Gesú vince la potenza del male con la omnipotenza dell'amore". Jesus vence a potência (o poder) do mal com a onipotência do amor. É nesse sentido que nos leva as leituras da Santa Missa de hoje, V Domingo após o Pentecostes. Aquele que dissesse que o mal não tem poder, seria, na melhor das hipóteses um ingênuo. O mal tem poder, e um grande poder, às vezes o sentimos em nossa própria carne. Mas esse poder do mal não é ignorado por Deus: é vencido por Ele. E como? Com a onipotência do amor. O mal não é sem limites. É grande, é poderoso, é capaz de marcar nossas vidas, mas tem limites. O amor não têm. O amor é onipotente, porque Deus mesmo é amor. E é com a onipotência do amor, que na cruz Jesus vence definitivamente o mal, que embora ainda existindo, jamais vencerá, jamais terá a palavra final. Nós somos chamados a vencer o poder do mal não com o mesmo poder do mal, mas com

O CRISTÃO DESAFIADOR

 Meus queridos amigos, Nesse IV Domingo após o Pentecostes, podemos dizer que a Sagrada Liturgia traça admiravelmente o contorno da existência do cristão neste mundo. A primeira coisa que a Santa Liturgia nos apresenta é um desafio: "quem timebo?" Estamos valentes, e perguntamos, como se diz na gíria: "vai encarar?" O Senhor é minha luz e salvação! Esse desafio nos recorda que há quem desafiar: o mundo, a carne, o diabo. Mas penso que para a maioria dos cristãos a ordem de combate é a mesma que escrevi acima. Somos inimigos do mundo. Inimigos n.1. O que perturba muitos cristãos, curiosamente, é receberem pauladas do mundo.  Os cristãos se espantam por não serem compreendidos em sua casa, trabalho etc. Mas poderia ser de outro modo? Então porque ainda estranhamos que mais ou menos acirradamente nos "cancelem"? O Apóstolo cheio de vera esperança nos anima na Epístola: "estais a sofrer? Pois bem, nenhum sofrimento se compara com a glória que nos aguarda!

O MUDO ZACARIAS

 Meus queridos amigos, Celebramos hoje a natividade de S. João e o Evangelho da missa traz uma cena que a mim sempre provoca um sorriso, mas que não deixa de nós recordar algo importante. Zacarias dúvida do anúncio que lhe faz o Anjo sobre o nascimento de João e, como castigo, fica mudo. Não ficou surdo, nem seus parentes e amigos, mas quando Izabel insiste que o nome do menino devia ser João, o Evangelho fiz que perguntaram por sinais ao pai, Zacarias, como o menino devia se chamar. Eles tratam Zacarias como se fosse surdo, quando na verdade estava (deixaria de ser em breve) mudo. Talvez nós já tenhamos agido assim: falar alto com um cego, fazer sinais para um mudo, perguntar algo para um surdo... Prezados amigos, Zacarias, o sacerdote mudo era para seus amigos como um surdo, porque a boca do sacerdote serve unicamente para dizer o que ouviu de Deus. Se não fala, é como um surdo. Os sacerdotes foram dados por Deus, e sobretudo os sacerdotes da nova lei, para anunciarem a voz de Deus,

FÁTIMA

 As aparições de Nossa Senhora sempre tocaram profundamente o povo cristão. Seja pela ternura que tem pela Mãe de Deus, seja pelos milagres que costumam acompanhar tais fenômenos. Todavia, Nossa Senhora aparece sempre para trazer uma mensagem. Mensagem que muitas vezes contem uma parte que deve ser dada a conhecer e uma outra que deve ser guardada como segredo, podendo ou não ser revelada num determinado momento. Porém, as mensagens de Nossa Senhora e suas aparições duram um determinado espaço de tempo, e aqueles que viram a Santíssima Virgem acabam por se tornar mais um objeto de devoção do povo, que nem sempre agindo com prudência e discernimento, dá a esses videntes uma responsabilidade um peso, que está muitas vezes acima de suas forças. Daí que os videntes, além da vocação própria, na maioria das vezes ingressam em mosteiros, congregações religiosas (quando já não estão nela no momento das aparições) e buscam uma vida de recolhimento e solidão com Deus e com aqu’Ela que se dignou

A FÉ

 Qual foi a primeira palavra que você disse? Você sabe? Seus pais te contaram? Eu sei. Com certeza. Você disse "por procuração", é verdade, mas foi você quem disse pela boca de outro: "A fé". No dia do seu batismo, o padre chegou perto de você e perguntou: "O que pedes a Igreja de Deus?" E, através de seus padrinhos, você respondeu: "A fé!".  O padre "não satisfeito" fez uma segunda pergunta: "E o que te dará a fé?" E você, já sabe como, respondeu: "A vida eterna". Queridos amigos o que é a fé? A fé não é acreditar no que não se vê, é mais difícil que isso, a fé é reconhecer que há uma verdade muito maior do que os meus olhos podem ver, e os meus sentidos sentir. Meus olhos vêem uma pessoa. Meus sentidos dizem, é um inimigo, é um estorvo, é um objeto para meu prazer, é um degrau no qual pisarei para subir na vida... Mas a fé me diz, é meu irmão. Irmão de Sangue, comprado e resgatado pelo mesmo Sangue que me comprou

FESTA DE DEUS

 Muito queridos amigos, pela oração litúrgica das I Vésperas, diante do cair do sol, começamos a celebrar está festa que na liturgia é chamada de Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, mas que recebe vários nomes pelo mundo: Corpus Christi, Corpus Domini...e, a mais bela na minha opinião, Fête-Dieu na língua francesa, a Festa de Deus. Sabemos que, em sua essência, essa festa com suas antífonas, hinos etc foi composta por S. Tomás, quando essa festa até então uma comemoração de uma diocese ou outra foi extendida para toda a Santa Igreja, com a finalidade de prestar o devido culto de latria ao Santíssimo Sacramento que, no dia de sua instituição con-divide a atenção com a instituição do sacerdócio e todo o drama da Paixão que segue. Ao Magnificat de hoje, docemente a Igreja canta: Quão suave é teu Espírito em nosso meio... Assim é o Santíssimo Sacramento: suave. Suave aos olhos: a branca Hóstia. Suave ao paladar: a simplicidade do pão. Suave ao tato: quase não se sente. Suave sobretudo

PESCAR PELA CABEÇA

 Perto da casa onde vivi boa parte da minha infância, num casarão antigo, funcionava uma loja chamada Caça e Pesca. Eu, franciscanamente nunca cacei. E Deus não me dotou da paciência necessária para ser um pescador. Ainda assim, eu gostava de entrar naquela loja, porque havia vários artigos, redes maiores e menores, iscas das mais variadas cores... Era bonito de se ver. E tinha que ser assim. Se você vai pescar siri, é de um jeito, se for peixe é diferente e às vezes é diferente dependendo do peixe. Para uns um anzol com isca colorida, para outro um pedacinho de carne e assim vamos quase infinitamente...  Nessa grande pescaria do Reino de Deus não é diferente! Somos pescadores de gente, mas se pesca a todos da mesma maneira. E há pessoas que são como peixe, pescadas pela cabeça. Não adianta para elas contar a vida dos santos, levar numa missa, chamar pra rezar o terço... Tudo isso acaba tendo até o efeito inverso e a pessoa só se afasta mais. E preciso pescar pela cabeça, no sentido de

O PODER DO ESPÍRITO SANTO

 "Em comunhão com toda a Igreja celebramos o dia santo de Pentecostes, no qual o Espírito Santo como línguas de fogo apareceu..." Assim, queridos amigos diz o Cânon da Missa de hoje. Porém o que significa dizer que veio o Espírito Santo? A chave dessa pergunta estaria numa outra pergunta: quem é o Espírito Santo? Se olharmos para a Santa Escritura Ele, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que procede do Pai e do Filho pela via do amor é chamado de poder, sombra, água, advogado, fogo. Poderíamos ainda ver outras expressões, mas, para não me alongar em demasia, fico com estas. O Arcanjo S. Gabriel usa essas expressões referindo-se ao Divino Espírito Santo: o Poder do Altissimo que abraçará Maria com sua Sombra. O Espírito Santo é o poder do nada. Quem tem o poder do Espírito Santo não e tanto quem faz inúmeras coisas "poderosas", mas quem se abandona em suas mãos sem resistência como um pincel na mão do artista. O poder mais forte e mais precioso que é o poder do

SAO FELIPE NERI

 "De vossos mandamentos corro a estrada, porque dilatastes meu coração!" A Jesus Cristo nunca se pode seguir com mesquinhez. É necessário ter um coração grande, que no caso de S. Felipe Neri se deu de forma física. Num dia de Pentecostes o Senhor dilatou de tal modo o coração de S. Felipe que além de deslocar algumas costelas, fazia com que o banco da Igreja na qual Felipe assistia a Missa estremecesse. Algum tempo depois S. Felipe foi ordenado sacerdote e tornou-se o Apóstolo de Roma, particularmente através da Igreja de S. Girollamo Della Carità onde Felipe sabia dar a cada alma o que necessitasse. Penso que os santos são "bonitos" quando vistos à distância. De perto, os santos são perturbadores! Por isso, de modo geral, os santos são perseguidos por membros da Igreja. Felipe foi suspenso de seu ministério sacerdotal, mas seu coração grande não deixou de bater por cada fiel, especialmente pelos mais pobres. É celebre o episódio de Felipe declinando a nomeação de C

OS PIOS DE NOSSA SENHORA AUXILIADORA

 Quem, quando criança, nunca ouviu de sua mãe: "Nem mais um piu!". Pois bem com a Mãe do Céu é diferente e hoje ela nos convida, em sua festa de Auxílio dos cristãos, a falar três Pios. O primeiro Pio é o dominicano S. Pio V que em 1571 para pedir a intercessão de Nossa Senhora Auxiliadora na batalha de Lepanto (que tinha por objetivo frear as invasões muçulmanas na Europa) ordenou que todos os católicos (inclusive os que estavam nos navios de combate) rezassem o Rosário e invocassem a Santíssima Virgem com o título de Auxílio dos cristãos. Ele também cuidou que em cada navio houvesse pelo menos um padre para confessar os soldados que deveriam combater em estado de graça e após assistir a Missa. O resultado foi que a batalha de Lepanto se tornou até hoje o maior combate marítimo da história e embora os cristãos estivessem em grande desvantagem numérica, com o auxílio da graça venceram.  O Papa estava em Roma, era o mesmo dia 24 de maio de 1571, de repente por revelação sobren

SANTA RITA

 Muito queridos amigos, recordamos hoje S. Rita de Cássia. O relicário que contém seu corpo incorrupto traz gravadas as palavras da Escritura: "Pusestes sobre sua cabeça uma coroa!" O salmo continuaria "de pedras preciosas..." Mas o que de mais precioso poderia ser, que ornamento mais belo poderia ter que um espinho da coroa de Nosso Senhor? E essa foi a coroa de Santa Rita.  De modo geral, o que acontece com os místicos em seus corpos é precedido pela mesma coisa em sua alma. Assim, a ferida que se abriu em sua fronte de um espinho saído de uma imagem do Crucificado era a confirmação daquela ferida de amor de que fala o Cântico e que já existia em sua alma. S. Rita é uma das poucas santas que traz a tríplice coroa de esposa, mãe e religiosa. Sempre servindo ao Senhor e sofrendo por Ele. Meus amigos, peçamos ao Senhor a graça de não desprezarmos os seus tesouros.

NOSSA SENHORA DAS LÁGRIMAS

 Meus prezados amigos, Por onde ando, especialmente na internet, me deparo com a devoção à Santíssima Virgem sob o título de Nossa Senhora das Lágrimas e, conjuntamente a imagem e jaculatórias à Jesus manietado. Gostaria de propôr algumas considerações. Essa devoção tem sua origem num ciclo de aparições de Jesus e Maria à uma religiosa, Irmã Amália, na qual se verificam também a existência de outros fenômenos místicos extraordinários. A devoção em si mesma, é absolutamente compatível com a Santa Fé católica. Não há nela nenhum elemento que necessite ser verificado podendo, a meu ver, se comparar com a devoção ao Nome de Jesus. É fato que a Santíssima Virgem sofreu e chorou na Paixão de Seu Filho, é de boa teologia católica compreender que mesmo antes de nascer a Virgem, concebida sem pecado, já reunia em si mais graças e méritos do que todos os anjos e todos os santos que existirão até a consumação dos séculos, de modo que cada ato perfeitíssimo de Maria só fazia aumentar o incomensurá

TEMPO DO ESPÍRITO SANTO

 Muito queridos amigos,  Aproxima-se o dia da Ascensão do Senhor, a próxima quinta-feira. De modo geral, esse tempo entre a Ascensão e Pentecostes vivemos como os Apóstolos, cum Maria, Matre Iesu, uma vez que geralmente coincide com o Mês de Maio, onde com certeza nossos lares e nossas almas estão mais marianos, particularmente por alguma prática de devoção especialmente oferecida à Virgem Santa. Mas, juntamente à nossa devoção à Virgem, juntam-se 17 ou 18 dias em que olhamos com mais amor para o Divino Esposo de Maria, o Espírito Santo. Esses 17 ou 18 dias compreendem a festa da Ascensão, a novena de Pentecostes e a oitava de Pentecostes. Nesses dias, precisamos compreender mais a ação do Espírito Santo em nossas almas, particularmente por seus dons e frutos. Podemos praticamente dedicar cada dia a cada dom (7) e a cada fruto (12) do Divino Espírito Santo. Conhecer seus dons e frutos nos torna mais aptos para usá-los e também nós faz reconhecer o que, por nossa culpa, ainda não se des

PESSOA RELIGIOSA

 "Se alguém se considera uma pessoa religiosa e..." Caros amigos, com essas palavras da Epistola de hoje, o Espírito Santo através de Santiago quer nos mostrar a simplicidade da religião que agrada verdadeiramente a Deus: "Se alguém se considera uma pessoa religiosa e não freia a própria língua... Sua religião é vã." A verdadeira religiosidade, caros amigos, consiste na adoração a Deus e calar, muitas vezes, é uma adoração eloquente a Deus. Podemos pensar que a Epistola de Santiago (detestada por Lutero), é um ensinamento constante de como a fé que julgamos ter se manifesta nas obras que devemos evitar ou que devemos fazer. É importante descer do Empíreo e recordar que estamos nesse mundo no qual pouco adianta a muita ciência, e até mesmo a muita oração se estas não são acompanhadas pelo testemunho de uma vida virtuosa. Se pararmos para pensar, somos santos em nossa cabeça e pecadores no coração. Sabemos, mas não vivemos. É preciso que mente e coração estejam no mes

A CNBB TEM MEDO?

 A CNBB com medo? Um documento vazado da atual reunião da Conferência dos Bispos do Brasil traz um elenco de entes que seriam os culpados pela divisão da Igreja e do próprio país, de tal modo que a postura desses entes seria oposta à unidade da Igreja e, consequentemente opostas à fé católica, uma vez que é a fé que gera a unidade da Igreja Católica. Muitos interpretaram esse documento como se a CNBB estivesse com medo, e por isso, ataca esse entes. Não é isso. A CNBB não tem medo. A CNBB não tem medo de um vídeo do CDB ou do Olavo de Carvalho ou da Fraternidade S. Pio X. E isso se deve à algo antigo na Igreja do Brasil, algo que chamou, por exemplo dos primeiros missionários redentoristas (vindos da Alemanha) para o Santuário de Aparecida. Esses religiosos deixaram por escrito um testemunho que veio a ser corroborado depois por outras personalidades da Igreja no Brasil. Os Redentoristas identificaram duas coisas:  1. O povo brasileiro é extremamente devoto. Multidões vindas de todos o

Papa mal assessorado

 Há muitos mitos romanos. Em seu próprio início, conta-se que Roma foi fundada por dois irmãos, Rômulo e Remo, que alimentavam-se do leite de uma loba. E assim, Roma, Caput Mundi, Capital do Mundo, sempre trouxe em si uma mistura de histórias e estórias, como se distinguia antigamente graficamente a realidade do mito. Mas os mitos romanos continuam, particularmente um: a mal assessoria do Papa. Para se garantir que o Papa em si mesmo é praticamente inerrante (o que é bem diferente do dogma da infalibilidade), todas as gafes doutrinárias papais se devem a um erro de algum de seus assessores. Consideremos que seja assim. Tentemos acreditar nisso. Então João Paulo II é informado de que terá um gesto de acolhida em sua viagem a Índia que consiste em que uma senhora passe uma substância em sua testa, o que seria um modo de dizer: “Bem-vindo”. Obviamente que o Papa, concorda com tal gesto. Acontece que o gesto é na verdade um ato religioso, onde o Papa é ungido por elementos que nem vale a p