ROMA



Meus caros amigos,

Com o coração na mão ouvi há alguns anos de um padre que para ele a Festa de São Pedro e São Paulo era uma festa triste. O que diria ao povo diante de tão grande e grave crise que se tornou mais galopante nos últimos anos.

Embora sentindo compaixão pelo meu colega, devo dizer que discordo totalmente.

Primeiro, a festa é de S. Pedro e S. Paulo, é o dia de recordar a vitória que ambos alcançaram com seu martírio, batizando no próprio sangue as primícias da Igreja Romana, Mãe e Mestra de todas as Igrejas.

Segundo, é um dia de agradecer a Nosso Senhor por todos os Papas que não apenas foram glorificados como Vigários de Cristo, mas de recordar tantos que mais do serem honrados pelo Papado, foram glória dele.

Terceiro, revisitar com o coração genuflexo todas as declarações da Santa Igreja que fundamentam a nossa fé, desde o Credo ao Catecismo Romano e aquele de S. Pio X.

Admirar a coragem dos Papas que lutaram particularmente contra o modernismo e o liberalismo.

E se todo o amor do filho se volta naturalmente para a efígie de sua mãe, conquanto a grandeza da maternidade em muito supere as pobres linhas que delimitam um rosto, o católico volta-se particularmente para a Basílica de S. Pedro. A sua silhueta no amanhecer ou entardecer romano vibra o coração católico. Tanto quanto lhe fere no mais recôndito da alma as abominações que ali se instalam.

R-O-M-A é quase uma jaculatória para um fiel católico.

Sabemos que a barca está agitada pelos ventos, mas não afundará. Cristo prometeu e Ele é a Verdade.

Naturalmente rezaremos pelo Papa atual. Para Deus tudo e possível! Em relação a ele, poderemos dizer como aquele velho monge do deserto: “Senhor, como queres e como sabes, têm misericórdia!”

Hoje, como um soldado romano, no meio das ruínas de uma batalha e ainda que sinta meu sangue escorrendo por dentro de minhas vestes, não posso fazer outra coisa que gritar: 

Roma Victor.

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