ALCIONE

Como seria bom se todos os cristãos vivenciassem os ensinamentos da Alcione.
"Sou doce, dengosa, polida,
fiel como um cão
Sou capaz de te dar
Minha vida..."

Não. 
Não era à essa que eu me referia...
Mas à uma ave que os gregos consideravam portadora de boas notícias, e na qual S. Francisco de Sales, cuja memória hoje celebramos encontrava como uma inspiração para todos os cristãos. 
S. Francisco de Sales fala da Alcione como uma ave que se alimenta dos peixes do mar, e, que por isso, precisa habitar perto dele.
Então, de acordo com o nosso Santo, as alciones fazem o seu ninho nas paredes dos grandes rochedos junto ao mar. Mas, semelhante ao nosso João-de-Barro, ela é uma arquiteta maravilhosa... constrói o seu ninho de tal forma que nas cheias do mar, as ondas batem nos rochedos, mas a água não penetra no ninho da alcione, ele é aberto apenas para o céu. Nos ninhos das alciones não entra a água do mar, mas entra a luz do sol.
Comentando esse fato da natureza, S. Francisco de Sales dizia que todos nós devíamos ser assim. Somos atingidos pelas ondas. Têm jeito?
Não.
Mais fracas, ou mais fortes... ou quase destruidoras chegam as ondas.
Mas se elas batem em nós, não são capazes de entrar em nós. Só entram se nosso ninho foi feito errado. Deixe as ondas baterem...
O sol entra.
O sol ilumina.
Só o que vêm do céu entra no ninho da Alcione.
Só Jesus tem o poder de entrar em nosso coração. 
No caso da Alcione, o sol entra.
No nosso caso, Ele pergunta. Posso entrar, iluminar e aquecer?
Que a nossa resposta seja como a do Bispo de Genebra a quem não faltou nem ondas (dentre muitas, chegaram a acusá-lo de ter um "harém" no convento que fundou com S. Joana de Chantal...), muito menos luz, ou melhor, Luz.

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