O DOM DA SEXUALIDADE

 Meus prezados amigos,

Quando ligamos para um lugar e escutamos alguém dizer, por exemplo: “Funerária só falta você, bom dia. Em que posso ajudar”, imediatamente nos sentimos capazes de responder: “Bom dia. O senhor...” ou “Bom dia. A senhora...”

O próprio modo de falar, o tom de voz etc, embora não vejamos a pessoa, já nos torna capazes de saber se falamos com um homem ou uma mulher.

A Santa Igreja ensina que os atos homossexuais são em si mesmos desordenados. Mas o que são os atos homossexuais? Há uma visão muito reducionista que explicaria que a homossexualidade em si mesma não seria pecado, mas sim o sexo homossexual. Isso não corresponde ao correto.

Vejamos bem.

A Igreja distingue sexualidade de genitalidade, a sexualidade abrange a genitalidade, mas não se resume à esta. Há todo um modo de ser, falar, agir, comportar-se, vertir-se etc que fazem parte da sexualidade masculina, e o mesmo para a sexualidade feminina.

É verdade que há pessoas que se sentem atraídas pelo mesmo sexo, sem trazer consigo os trejeitos do sexo oposto, sem serem homem efeminados, ou mulheres masculinizadas. Mas não basta a um homossexual não ter trejeitos.

O Apóstolo S. Paulo recorda com firmeza que os efeminados não herdarão o Reino de Deus.

É importante perceber que o Apóstolo, inspirado pelo Espírito Santo, não fala em sodomitas, o que seria o que hoje se chama de “prática” homossexual, mas em efeminados, ou seja ele considera não apenas a questão de relação sexual, mas considera de maneira mais ampla o que acima chamamos de sexualidade.

Nesse sentido, é necessário resgatar o protótipo do homem, especialmente aqueles ideais e práticas que faziam que um homem fosse chamado de cavalheiro. É obvio que o homem não é o que cospe no chão e coça os testículos... Mas o cavalheiro honrado, forte, viril, corajoso, respeitoso para com as mulheres.

E o protótipo da mulher, da dama sóbria, firme, piedosa, solícita.

Se resumirmos essa questão ao que acima chamamos de genitalidade, podemos evitar certos pecados, mas não evitamos o escândalo e ainda preparamos o terreno para os pecados que se julgava conseguir evitar.

Aqui, a questão passa particularmente pelos pais, pela família em geral e, em certas circunstâncias dos amigos. 

Que modelos são apresentados às crianças de hoje? Muitas vezes os personagens principais de desenhos animados são seres assexuados, esquisitos, uma coisa neutra... Já isso atrapalha o pleno desenvolvimento sexual (no sentido amplo que usamos acima) da criança. É necessário redescobrir heróis que valorizem as virtudes mais próprias dos homens e aquelas das mulheres.

Os pais devem desenvolver nos filhos as características próprias do sexo que possuem, recordando que é esse desenvolvimento ordenado que gera a complementaridade entre homem e mulher.

Quanto aos amigos, devem ajudar-se a se portarem como verdadeiros cavalheiros, corrigindo com caridade fraterna um ou outro que, percebendo ou não, assumem características que não são próprias da sua sexualidade.

Ora, não é possível que uma pessoa ignorante que fala “pobrema”, se for corrigida, se for ajudada, se for humilde e cooperar, em algum tempo falará “problema”? Salvando as devidas proporções é a mesma coisa.

E sobretudo o olhar para Nosso Senhor e Nossa Senhora. Olhá-los como exemplo e como refúgio, socorro e amparo.

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