SANTA CLARA

 Meus queridos amigos, 

Recordamos hoje a festa de S. Clara, a plantinha de S. Francisco, como ela mesma se auto-definia.

Clara não era coetânea de S. Francisco, os dois nunca namoraram, nem foi ela quem influenciou na conversão de S. Francisco.

Se olharmos para os primórdios da Ordem Franciscana, a vida deles se resumia a três coisas: penitência, mendicância e pregação.

É particularmente nesse ponto que a vida de Clara e Francisco se cruzam. O próprio Bispo de Assis, Dom Guido, convidava S. Francisco a pregar na própria catedral. 

E Clara ouvia essas pregações que, pelo que podemos entender dos escritos de S. Francisco variaram entre a adoração ao Santíssimo Sacramento, o amor à Igreja, a santa pobreza, a caridade para com os irmãos.

Após um tempo aconselhando-se com o próprio S. Francisco o qual provavelmente deve ter consultado a Dom Guido, Santa Clara decide fugir de casa na noite de um Domingo de Ramos e encontrar-se com Francisco na porciúncula.

Tendo seu tio (seu pai já havia morrido) mandado trancar todas as portas, Clara sai pela chamada porta dos mortos, uma portinhola comum nas casas de Assis por onde saíam os cadáveres.

Assim aquela moça entendia que de fato morria para o mundo.

E eis que uma lampadinha de azeite segue sozinha pelos campos de Assis, e a essa chama se juntam outras, eram os frades que S. Francisco mandara para lhe fazer companhia.

S. Francisco sabia que Clara não poderia ficar ali. Cortou-lhe os louros cabelos em sinal de consagração a Deus e a enviou para um mosteiro de beneditinas, a fim de viver um período para aprender sobre a vida consagrada a Deus.

Seu tio invadiu o mosteiro e tentou tirá-la de lá à força. Porém a pequena (tinha 1,55) moça agarrou-se às toalhas do altar, ficando de tal modo pesada que muitos homens sequer a conseguiram mover.

Depois, com algumas irmãs, incluindo sua mãe e sua irmã passa a residir na igreja de S. Damião reconstruída por S. Francisco para esse fim.

Já perto do fim de sua vida, alcança do Papa a permissão de viver em absoluta pobreza, o que não a impedia de enviar para as Igrejas para os quais os frades eram enviados conjuntos novos de alfaias.

Que Santa Clara, luz brilhante no céu da Igreja, interceda por todos para que encontremos no Altar do Senhor nosso amor e nossa fortaleza.

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