SILÊNCIO CÚMPLICE

 Meus queridos amigos,

Recentemente na ONU algum perito afirmou que a liberdade de gênero e a liberdade religiosa não podem coexistir, no que concordo absolutamente.

Porém a solução encontrada pelo perito para o problema é que se imponha às religiões a agenda da ideologia de gênero, no que eu discordo naturalmente.

Mas voltemos à primeira proposição. Nela o perito, talvez sem perceber, pensa de uma forma católica: existe uma verdade absoluta, essa verdade absoluta deve impor-se e ser beneficiada pelos poderes dos governos e o oposto à essa verdade deve ser conduzido à ela e agir de acordo com ela.

O problema é que para o perito a verdade, na verdade, é uma falácia, uma mentira, a ideologia de gênero.

Mas o seu argumento é o que sempre foi o ensino da Igreja: o erro (que para ele é a liberdade religiosa) não pode ter os mesmos direitos que a verdade, aliás não pode ter direitos.

Para um católico, a própria liberdade religiosa, compreendida como um carrefour religioso, onde cada um escolhe o que quiser já é um erro.

Mas essa ideia está tão presente que dizer que só existe uma Igreja parece ser um absurdo, um radicalismo.

Ora, mas isso é lógica elementar. A mesma lógica elementar que o tal perito usou erroneamente.

Prezados amigos, tomemos cuidado, nosso silêncio já não é mais tolerante, é cúmplice. E dele teremos que prestar contas Àquele que é a Verdade.

Comentários