EXPIAR

 Meus queridos amigos,

Muitos equivocadamente pensam que o círculo do pecado se faz em torno de três pólos: o pecado, o arrependimento e a confissão.

E muitos acham que pelo fato de se terem confessado saíram, com o perdão da expressão, zero quilômetros com Deus.

Isso é um grande engano.

Há ainda a necessidade de expiação. Mesmo alma sem pecado não merece Deus, porque um dia pecou.

Olhemos para a Santa Missa.

Onde começa o padre? Sentado num trono, aclamado pelas multidões, sorrindo e distribuindo tchau?

Ao olhar para o padre no início da Missa, o vemos inclinado e batendo no peito. Apenas o socorro de Nosso Senhor, da Virgem Maria e dos Santos é que podem dar-lhe a licença de se dirigir a Deus.

Ele mesmo se reconhecerá várias vezes pecador, indigno, sujo...e aqui não estou pensando em mim que sou um farrapo de padre para quem essas palavras são até elogiosas, mas para um padre mesmo, do calibre de um Cura de Ars ou de um S. Inácio.

A nossa condição de pecadores jamais pode ser esquecida.

Por isso a expiação tem um duplo efeito em nossas almas: além de expiar propriamente as faltas passadas, nos torna alertas em relação às futuras.

Há pessoas que acham que a confissão por si mesma já arranca de nós a concupiscência, e quando achamos que estamos "vacinados" contra o pecado é então que caímos mais feio. Não é assim?

Há que expiar, que fazer penitência, que nos rebaixarmos diante de Deus!

Como recorda o sacerdote nas missas da Quaresma: humilhai-vos diante do Senhor!

E o façamos em expiação dos nossos pecados e dos pecados dos outros.

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