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Mostrando postagens de novembro, 2020

REALIDADE

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  Celebrávamos ontem a segunda aparição da Santíssima Virgem à Santa Catarina Labouré, quando a Santíssima Virgem pediu à nossa Santa que cunhasse a medalha que se tornou conhecida como Milagrosa. Hoje celebramos essa mulher admirável que com os olhos no céu jamais tirou seus pés da terra, da realidade. Quando levava ao seu diretor espiritual o conteúdo de suas visões, Pe. Aladel recordava à vidente que uma filha da caridade existe para servir aos pobres "e não para sonhar". E Santa Catarina vivia profundamente essa admoestação: servir os pobres. Passado o tempo de noviciado, foi enviada para o asilo de Enghien onde ficou por 45 anos ocupando-se dos serviços mais humildes como cuidar da portaria e do pombal.  Servir os pobres. Quando pensamos nas obras de misericórdia, é natural que haja um certo romantismo, uma ideia de que aqueles a quem as obras se destinam as recebem de bom grado, cheios de gratidão e contentamento. Só que, na realidade, geralmente não é assim. Muitas vez

GRAÇA

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Quando o peregrino entra na Capela de Rue du Bac não passam despercebidas aos seus olhos milhares de placas que estão fixadas nas paredes onde basicamente está escrito: MERCI, isto é, obrigado. Esse não é um costume só ali. Só Leonardo de Porto Maurício que viveu duzentos anos antes da Aparição de Nossa Senhora em Rue du Bac escreveu que, olhando para si mesmo, não podia deixar de se sentir como as paredes dos antigos santuários onde por todos os lugares está escrito: POR GRAÇA DE MARIA. O Santo assim, reconhecia a si mesmo, a sua alma e todas as suas capacidades como uma graça recebida de Nossa Senhora. Tudo por graça de Maria. Sim, queridos amigos, tudo que temos e somos de bom está contido nesses raios luminosos que a Virgem faz cair sobre o mundo. Tudo é graça, e graça de Maria. Assim como os filhos devem tudo às suas mães, nós devemos tudo à Maria. A invocação de Nossa Senhora das Graças é anterior à Medalha Milagrosa. O próprio convento em que Padre Pio viveu, que, salvo engano é

NONO DIA DA NOVENA À NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

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 Um dos desejos que Nossa Senhora comunicou a Santa Catarina Labouré foi a fundação de um grupo de moças que fossem postas sob o Seu Patrocínio. Esse desejo de Nossa Senhora concretizou-se na fundação das “Filhas de Maria”, que praticamente não existe mais. Quem eram as “Filhas de Maria”, eram moças solteiras, geralmente a partir dos 15 anos que se esforçavam de um modo especial por imitar as virtudes de Nossa Senhora, particularmente a sua piedade e a sua castidade. Assim, numa espécie de “rede de proteção” as mais antigas zelariam (e vigiariam!) as mais novas, sendo uma honra para uma família ter uma filha pertencente às Filhas de Maria; era um verdadeiro sinal de pureza e distinção. Ora, mas porque Nossa Senhora não pediu também os “Filhos de Maria”. Será Nossa Senhora machista, julgando que as mulheres sendo fracas precisavam dessa associação? Será Nossa Senhora feminista, excluindo os homens? Como é interessante que o nosso pensamento muitas vezes sem o menor esforço já se des

OITAVO DIA DA NOVENA À NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

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Na aparição de 27 de novembro de 1830 Nossa Senhora trazia em suas mãos um globo encimado por uma cruz. Santa Catarina ouviu interiormente que aquele globo que a Virgem tinha nas mãos representava o mundo inteiro, a França em particular, e mais intimamente cada alma, cada pessoa. A Virgem o tinha nas mãos e olhava para o alto, como que oferecendo-o a Deus. Tudo e todos estamos nas mãos da Santíssima Virgem. Dependemos d’Ela, pertencemos a Ela. Em Fátima, o único adorno que Nossa Senhora trazia era um cordão de ouro com um globo também de ouro que lhe pendia do pescoço. E a Ir. Lúcia compreendia que era um símbolo do mundo que está pendente da Virgem Maria. Tudo e todos estamos nas mãos de Nossa Senhora. S. Bernardo tem um belíssimo sermão onde diz que à hora da Anunciação: tudo e todos pararam para ouvir a resposta da Virgem. Resposta essa que – segundo o Santo – era implorada não só pelos que estavam nesse mundo, mas também por Adão, Abraão e Moisés que esperavam a Redenção para saíre

SÉTIMO DIA DA NOVENA À NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

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Na mensagem que comunicou a S. Catarina Labouré em julho de 1830 Nossa Senhora fala de acontecimentos religiosos e políticos cuja ligação é importante que percebamos. Em resumo, Nossa Senhora fala da derrubada do trono e do altar, alma, se é que podemos dizer que tinha uma, da Revolução Francesa, ocorrida antes das aparições em Rue du Bac, mas trazendo conseqüências na França e no Mundo não só em 1830, mas ainda nos dias atuais.  A Revolução Francesa ocorrida de 1789 fez correr um rio de sangue pela França, sob a bandeira da igualdade, fraternidade e liberdade cabeças e mais cabeças caíram da guilhotina. Mas não seria errado pensar que muitas dessas cabeças eram ligadas à monarquia, como o próprio Rei Luís XVI e a Rainha Maria Antonieta, seus parentes, cooperadores e amigos, mas também também freiras, frades, padres e bispos foram guilhotinados, dando ao povo – como foi o caso do próprio Rei – um exemplo admirável de serenidade e de certeza de Deus e da vida eterna. Luís XVI ao ser con

SEXTO DIA DA NOVENA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

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  Quando Nossa Senhora desce dos céus para comunicar uma mensagem ao mundo, ela não ignora o contexto em que o mundo, nem que seja o “mundo” dos videntes, está. Em La Salete fala das colheitas, em Fátima da Guerra e,   em Rue du Bac, Nossa Senhora praticamente começa a sua mensagem com a frase: “os tempos serão maus”. Nossa Senhora é a Mãe da Santa Esperança e é a Virgem fiel. Mas não podemos pensar na esperança e na fé de uma forma puramente natural, quase equivalente a um pensamento positivo. Ao avisar das desgraças que estão para se abater, Nossa Senhora como boa Mãe que é alerta-nos sobre os males que nos advirão, geralmente mostrando que são causados por causa de nossos pecados, de nossa indiferença para com Deus, pela falta de zelo dos pastores da Igreja... E, não dá a “esperança” de que as coisas vão melhorar, mas a “Esperança” de que Ela mesma estará conosco, ainda que tudo pareça perdido. Concreta e imediatamente Nossa Senhora se referia às agitações políticas que acontece

QUINTO DIA DA NOVENA A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

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  Duas realidades se repetem quando pensamos naquelas pessoas que tiveram a alegria de ver nesse mundo o rosto da Santíssima Virgem: ou eram sofredores ou a partir de então começaram a sofrer. Ou se tratava de pessoas muito pobres, doentes, ou de pessoas sãs a quem a Santíssima Virgem convidou ao sofrimento de uma forma extremamente carinhosa e real. Com Catarina Labouré não foi diferente. O seu sofrimento foi primordialmente um sofrimento moral (e só quem não teve um sofrimento moral o julgaria menos atroz que um físico...) e Nossa Senhora mesma a preparou: “sereis contraditada”. Não foi pouco o sofrimento infligido na alma de Santa Catarina durante as quatro décadas em que, presa ao silêncio, não via acontecer os pedidos de Nossa Senhora. Já falamos sobre uma oração que a Santa escreveu dirigindo-se à Santíssima Virgem: “aparecei em outro lugar; aqui não vos querem ouvir...” Também foi assim com Bernadete Soubirous, a vidente de Lourdes, e com os pastorinhos, particularmente S.

QUARTO DIA DA NOVENA A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

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  Tendo considerado esses três personagens que marcam a história da Milagrosa, hoje começamos a meditar as mensagens que a Santíssima Virgem comunicou a S. Catarina Labouré. O ciclo das aparições da Medalha Milagrosa consiste em três visões. A primeira ocorreu na noite de 18 para 19 de julho de 1830 e durou cerca de uma hora e meia. Nessa primeira aparição Santa Catarina estava ajoelhada com as mãos apoiadas sobre os joelhos da Virgem. Qual foi, então, a mensagem da Santíssima Virgem nessa primeira aparição, a mais longa das três? Vejamos o que Santa Catarina Labouré escutou da Virgem Maria: “Minha, filha, o bom Deus quer encarregar-vos de uma missão. Tereis muito que sofrer, mas superareis esses sofrimentos pensando que o fareis para a glória do bom Deus... Sereis contraditada. Mas tereis a graça. Não temais. Dizei tudo (a vosso confessor) com confiança e simplicidade. Tende confiança, não temais. Os tempos serão maus. Os males virão precipitar-se sobre a França. O trono será

TERCEIRO DIA DA NOVENA A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

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  Imagino que todos gostaríamos de ouvir o que disse a nossa Mãe do Céu em suas aparições de 1830 no noviciado das Filhas da Caridade à Ir. Catarina Labouré. Mas vamos meditar nesse terceiro dia de nossa novena em um último personagem dessa história maravilhosa: o famoso judeu Ratisbonne. Em janeiro de 1842 Afonso Ratisbonne era um advogado recém-formado filho de um riquíssimo banqueiro, noivo e judeu. Foi por turismo à Roma e ficou hospedado na casa de um nobre que era amigo seu e católico fervoroso. Mas o assunto religião nunca era bem-vindo, uma vez que a família inteira se sentia traída pela conversão ao catolicismo de um irmão de Afonso, Teodoro. Mas aquele nobre era “santamente esperto”. Como Afonso dizia que nada da religião católica era verdade ou existia, o nobre deu a ele uma medalha milagrosa e pediu que – já que pra ele não significava nada – a usasse no pescoço por uns dias e que recitasse – já que também não lhe dizia nada – o Memorare. Para completar a sua colabora

SEGUNDO DIA DA NOVENA A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

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  Antes de entrarmos na mensagem propriamente dita da Santíssima Virgem Maria em suas aparições em Rue du Bac, creio ser bom refletirmos sobre um personagem muito importante na história da Medalha Milagrosa, o Pe. João Maria Aladel. Esse sacerdote era o confessor do noviciado das Filhas da Caridade que ficava situado em Paris, na Rue du Bac. Era com ele que Santa Catarina Labouré devia abrir sua alma e revelar tudo o que de extraordinário acontecia com ela. Desde as visões do coração de S. Vicente e de Nosso Senhor na Santa Missa, o Pe. Aladel jamais deixou de reprovar a Ir. Labouré, sempre com palavras duras e mesmo pouco gentis, a induzia a não acreditar em nada do que o Céu lhe mostrava, fazendo-a pensar que fossem coisas dela mesma, para chamar a atenção sobre si. Por um lado, como já falamos, algumas previsões de Santa Catarina pareciam completamente despropositadas, mas todas elas se cumpriram e mesmo diante do cumprimento delas o Pe. Aladel não mudou sua posição. Demorou a

PRIMEIRO DIA DA NOVENA A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

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   Nessa primeira reflexão de nossa Novena a Nossa Senhora das Graças, não poderíamos deixar de meditar sobre aquela que foi o silencioso instrumento de Nossa Senhora para dar ao mundo a medalha: Santa Catarina Labouré. Filha de camponeses de modesta condição, perdeu a mãe bem cedo e, nesse mesmo dia, tomando uma imagem da Virgem Maria disse-Lhe que a partir daquele momento Ela seria a sua mãe. Uma de suas irmãs ingressou para as Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo, e, tendo já uma filha religiosa, seu pai não tinha a intenção de ter uma segunda e tentou arranjar vários casamentos para a filha que se mantinha firme no propósito de ser religiosa. Um dia teve um sonho: via um padre idoso, de muita bondade que ao final de uma Missa se aproximava dela, mas ela hesitava. O padre então lhe disse que naquele momento ela fugia, mas depois ela mesma iria até ele. Mais tarde, visitando a sua irmã, viu no convento o retrato do mesmo padre de seu sonho: era S. Vicente. Compreendia com mais c

NOVENA

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  Há 190 anos a Santíssima Virgem Maria dava ao mundo a Medalha Milagrosa. Para comemorar essa manifestação tão terna de amor de Nossa Senhora, gostaria de convidar a todos os leitores para uma novena em honra de Nossa Senhora das Graças. A cada dia, logo cedo, ofereceremos uma pequena meditação sobre as aparições da Rue du Bac. E pedimos que a cada dia os fiéis rezem pelo menos um terço do Santo Rosário, acrescentando dizendo no início e no fim de cada dezena a jaculatória: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!" e acrescentando em seguida: Virgem Imaculada, peço-vos as graças que ninguém pede." Ao final do Rosário ou do Terço rezar o Memorare*. Aqueles que possuem a Medalha Milagrosa a usem. Pode ser pendente do pescoço ou como pulseira, como se queira. Mas, atenção, use a medalha tal como foi cunhada: Na frente a Virgem de braços abertos, sobre meio globo, pisando a serpente, com os raios de graças que caem sobre o mundo, coroada de estrela

XINGAMENTO

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  Sempre fui da opinião que o melhor modo de se conhecer uma pessoa ou uma instituição é pelos seus inimigos. E mais de uma vez foi ouvindo acusações e vendo inimigos que descobri o quilate de muitas pessoas e de muitas obras, particularmente eclesiásticas. Na verdade amor e ódio são as duas grandes marcas dos verdadeiros seguidores de Nosso Senhor. Amam a todos. E recebem o ódio de todos. "Se o mundo vos odeia..." No início da Igreja se fazia um paralelo entre o corpo e a alma. Falava-se de um ódio do corpo em relação à alma (por isso que temos preguiça para as coisas espirituais como estudar, rezar etc): "o corpo odeia a alma, mas é a alma que dá a vida ao corpo. O mundo odeia os cristãos, mas são eles que dão vida ao mundo. O corpo não sabe dizer porque odeia a alma, nem o mundo porque odeia os cristãos". O Santo de hoje foi muito odiado. Odiado até a morte. E ainda era xingado com um xingamento muito interessante e... inspirado... "Raptor de almas". As

DEVER

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  Quem é o servo inútil? Ao contar a parábola dos servos e do patrão, Nosso Senhor fomenta em nós a humildade, recordando que colaborar com a graça e crescer na santidade e no apostolado são obrigações nossas, não são, como que, favores que fazemos a Deus e que O obrigam a retribuir-nos. A vida de santidade não é um pré-primário onde esperamos ganhar uma estrelinha da "tia". É claro que "Deus é bom pagador" e nos retribui infinitamente mais. Só ao pensarmos que nos dá uma eternidade de alegrias em troca de poucos anos de fidelidade aqui na terra... Mas precisamos crescer nessa consciência de que somos servos. Que, se por um lado, Deus nos ama como Pai Amorosíssimo que é, gratuitamente; ao mesmo tempo, nos confia a missão de nossa própria santificação e também a daqueles que estão mais próximos de nós. Por isso, gostaria de me deter brevemente nas palavras que Nosso Senhor põe na boca dos servos: "Somos servos inúteis: fizemos o que devíamos fazer".  O que

GUERRA

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  Bom dia. Estamos em guerra. Espero não ser o primeiro a lhe dar essa notícia. Aliás, gostaria muito que você já o tivesse percebido. A vida do homem sobre a terra sempre foi uma luta, como testemunha o Santo Jó. Porém, à medida em que se aproxima do fim, é natural que essa luta fique mais intensa.  Sempre houve erros, maldades, pecados, heresias. O desafio maior da guerra a que nossa geração é chamada é que se antes tínhamos erros, maldades, pecados e heresias que se apresentavam como tal, hoje ao erro se chama verdade, à maldade se chama bem, ao pecado chama-se virtude e à heresia chama-se como nova compreensão do pensamento tradicional. Se antes era mais fácil estabelecer o limite do bem e do mal, hoje, já não é tão mais fácil assim. Se houve um tempo em que o templo era refúgio, hoje também ele é campo de batalha. Sendo assim gostaria de propor aos fiéis algumas atitudes perante à crise. Não sou o primeiro a fazer isso, nem serei o último, mas creio ser também meu dever fazer isso

MUROS

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  Quando consideramos a vida dos seres humanos antes da Encarnação de Nosso Senhor, percebemos que três muros nos separavam de Deus: a natureza, o pecado e a morte.  A natureza, ou seja a essência das coisas, nos separava de Deus em duas realidades: primeiro pelo simples fato de não sermos deus, de não termos um modo de participar de seu próprio Ser Divino; e segundo porque depois do pecado original, a nossa natureza ainda assumiu toda decadência própria do pecado. O ser humano não fora criado participante da natureza de Deus, mas à sua imagem e semelhança, o que já era muito. Porém o pecado original destruiu essa imagem e semelhança de modo que os homens, a medida em que avançavam no pecado, tanto mais rebaixavam a sua própria natureza distanciando-a ainda mais de Deus. O pecado, incitação do demônio - que é pecador desde o princípio - e consentido pelo ser humano criou um muro ainda maior. Um muro que ora levantamos mais, ora derrubamos um pouco, mas sempre um muro. Deus jamais deixo

SANTIDADE

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  A Igreja é divina, santa e imortal.  Porém, enquanto nesta terra há uma certa necessidade de organização e estrutura. Não me refiro aqui à Hierarquia desejada e instituída por Nosso Senhor, mas à estruturações suplementares que hoje encontramos sempre mais complexas. Essas estruturações jamais podem se opor à função primordial da Igreja que é salvar as almas, levar à Santidade. Ao contrário, devem estar ao serviço dessa missão essencial. Porém nem sempre isso acontece, e acaba que as coisas de Deus acabam por nos afastar de Deus. Bento XVI recordava que ao longo dos tempos, surgem organizações, estruturações que deveriam servir para que voássemos mais alto, rumo a Deus. Mas, recordava o Papa, que muitas vezes essas estruturas se tornam um peso que nos impedem de alçar esse vôo e nos tornamos todos pássaros soterrados sob estruturas secundárias. Talvez a atual pandemia tenha desacelerado um pouco esse ritmo, mas como víamos pessoas cansadas ou completamente "sem foco". Cansa

NOVÍSSIMOS 4

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Embora em nossas recentes reflexões o consideremos por último, o Juízo é, na verdade o segundo dos Novíssimos, seguindo a Morte. Uma vez que aconteça a separação da alma e do corpo, a alma é imediatamente julgada por Deus. Esse julgamento é imediato, conhecendo a própria alma se viveu ou não na amizade com Deus e seguindo desde então o seu destino: paraíso, purgatório ou inferno. A ilustração acima é muito educativa, a alma que será condenada apresenta-se a Deus com o rosto coberto, pois se visse a Deus por um só segundo, aquela alma seria inundada por uma alegria que nem a eternidade no inferno seria capaz de retirar. A alma condenada conhecerá não apenas os seus pecados, mas todas as graças que Deus lhe concedeu para que vivesse na santidade, a intercessão da Santíssima Virgem e dos Bem-aventurados e todos os bens espirituais que rejeitou ao longo da vida. Já a alma bem-aventurada compreende o quanto bem lhe fizeram os sofrimentos e cruzes que padeceu, reconhecerá a presença de Deus

NOVÍSSIMOS 3

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  S. Francisco e a Irmã Morte  Já contei isso antes, mas vale a pena repetir. Soube que na Espanha existe uma praça chamada "praça do alívio", ela fica no caminho entre uma Igreja e um cemitério e, o costume era que, no cortejo de um sepultamento, daquela praça em diante só seguisse quem fosse da família do morto. Por isso, quem ficava ali, ficava aliviado.. Mas hoje, a Igreja, que é nossa Mãe, tirou essa praça do nosso caminho e nos fez seguir adiante. Nos fez olhar para a morte de frente, encará-la olhos nos olhos e descobrir que ela é nossa irmã, como tão maravilhosamente descobriu S. Francisco. A morte já foi mais familiar. Antigamente, as pessoas iam ficando velhinhas, fraquinhas... vinha o padre dava os sacramentos e "a pessoa ia para o céu", ali em casa, cercada pelo cônjuge, pelos filhos, netos, amigos. Ali mesmo já se fazia o velório, o corpo podia ainda seguir para a Igreja para a Missa Exequial e depois enterrava-se no Cemitério. O mundo atual, capaz de e