TERCEIRO DIA DA NOVENA A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

 


Imagino que todos gostaríamos de ouvir o que disse a nossa Mãe do Céu em suas aparições de 1830 no noviciado das Filhas da Caridade à Ir. Catarina Labouré. Mas vamos meditar nesse terceiro dia de nossa novena em um último personagem dessa história maravilhosa: o famoso judeu Ratisbonne.

Em janeiro de 1842 Afonso Ratisbonne era um advogado recém-formado filho de um riquíssimo banqueiro, noivo e judeu. Foi por turismo à Roma e ficou hospedado na casa de um nobre que era amigo seu e católico fervoroso. Mas o assunto religião nunca era bem-vindo, uma vez que a família inteira se sentia traída pela conversão ao catolicismo de um irmão de Afonso, Teodoro.

Mas aquele nobre era “santamente esperto”. Como Afonso dizia que nada da religião católica era verdade ou existia, o nobre deu a ele uma medalha milagrosa e pediu que – já que pra ele não significava nada – a usasse no pescoço por uns dias e que recitasse – já que também não lhe dizia nada – o Memorare.

Para completar a sua colaboração nos planos divinos, num passeio próximo à Praça de Espanha, em Roma, o nobre foi encomendar uma missa na Igreja de S. André del Frate e pediu que Ratisbonne o esperasse um minutinho.

E esse minutinho foi a hora da graça.

Ali Nossa Senhora apareceu-lhe tal como estava na Medalha Milagrosa e essa visão inundou a alma de Afonso de tanta fé que ele se converte, pede o batismo, acrescenta Maria ao seu nome, tenta converter a noiva (mas não consegue) e decide no mesmo ano entrar na Companhia de Jesus.

Alguns anos depois, junto com seu irmão, funda a Congregação de Nossa Senhora de Sião, dedicada à conversão dos judeus. Muda-se então para Jerusalém e ali dedica-se a fazer expandir a fé cristã, levando para lá várias outras congregações religiosas.

Através de várias cartas tentou convencer o Pe. Aladel a dizer-lhe quem era a Irmã, que como ele, tinha visto Nossa Senhora. Conhecendo nosso simpático Pe. Aladel já imaginamos a resposta...Não.

Queridos amigos, o que é um sacramental se não um instrumento da graça de Deus capaz de santificar? Deus infunde a sua graça sobre um elemento material, uma imagem, o sal, a água, uma vela... e faz com que esse elemento seja capaz de comunicar uma graça, várias graças aqueles que os portarem, mesmo sem saber.

Um pequeno movimento positivo à graça e “buuummmmm” aquele objeto comunica tantas bênçãos a quem o porta.

Igualmente a oração. Sempre Deus e Nossa Senhora nos escutam. Mesmo quando estamos distraídos ou “sem fé” Eles estão conosco e recolhem em seus Corações Santíssimos tudo o que lhes dizemos.

Padre Marie-Alphonse Ratisbonne foi um exemplo vivo disso.

Sejamos santamente espertos como foi aquele nobre romano, e comecemos a lançar desafios: “Duvido que você use isso aqui...” e Nossa Senhora fará a parte d’Ela!

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