OITAVO DIA DA NOVENA À NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS


Na aparição de 27 de novembro de 1830 Nossa Senhora trazia em suas mãos um globo encimado por uma cruz. Santa Catarina ouviu interiormente que aquele globo que a Virgem tinha nas mãos representava o mundo inteiro, a França em particular, e mais intimamente cada alma, cada pessoa.

A Virgem o tinha nas mãos e olhava para o alto, como que oferecendo-o a Deus.

Tudo e todos estamos nas mãos da Santíssima Virgem. Dependemos d’Ela, pertencemos a Ela.

Em Fátima, o único adorno que Nossa Senhora trazia era um cordão de ouro com um globo também de ouro que lhe pendia do pescoço. E a Ir. Lúcia compreendia que era um símbolo do mundo que está pendente da Virgem Maria.

Tudo e todos estamos nas mãos de Nossa Senhora.

S. Bernardo tem um belíssimo sermão onde diz que à hora da Anunciação: tudo e todos pararam para ouvir a resposta da Virgem. Resposta essa que – segundo o Santo – era implorada não só pelos que estavam nesse mundo, mas também por Adão, Abraão e Moisés que esperavam a Redenção para saírem do Limbo.

Mas não dependemos de Nossa Senhora naquele momento. Deus, por um desígnio de sua vontade quis fazer com que todas as graças nos chegassem por meio d’Ela. Todos os dons nos vêm por Maria, uma vez que o maior Dom que o Padre Eterno nos poderia dar – Seu Filho Unigênito – foi-nos dado através d’Ela.

Misteriosamente todas as graças, desde a criação, só foram concedidas em vista ou através de Nossa Senhora. Ela é a Porta do Céu, tal como no sonho de Jacó, como rezamos na Ladainha. Ela é a “nuvem do tamanho da mão de um homem” que Elias viu desde o Monte Carmelo sobre o mar e que trouxe a chuva que devolveu a vida aos campos ressecados. Ela é a invicta Judite, honra do nosso povo; é o velo de Gedeão que garante a presença do Senhor entre nós; é o relógio que volta no tempo para mostrar o favor de Deus aos homens.

Tudo isso e infinitamente mais é a Santíssima Virgem. Os anjos ao acorrerem ao seu encontro no momento de sua Assunção aos Céus, repetiam as palavras do Cântico: “Quem é esta que surge como a aurora, bela como a lua, resplandecente como o sol, forte como um exército ordenado para a batalha?”; “Quem é esta que sobe do deserto apoiada em seu amado?”. E um ao outro inclinando-se diante de sua Excelsa Rainha diziam cheios de veneração, como no Evangelho de Lucas: “E o nome da Virgem era Maria”.

As pessoas julgam os outros por si mesmas. E muitos julgam Nossa Senhora tendo por parâmetro a estreiteza de seu próprio espírito. E, por isso, lhes custa aceitar que Nossa Senhora tenha um domínio sobre todo o universo, porque se eles tivessem usariam de tudo a seu bel-prazer. Mas Nossa Senhora possui esse domínio para um único fim, como revelou a S. Catarina: oferecer o mundo a Deus. Ela não o retém para si mesma, entrega tudo a Deus.

Esse império da Virgem Maria sobre todas as coisas se torna fonte inesgotável de bênçãos quando nós nos oferecemos a Ela de forma total, consagrando-nos a Ela como escravos. Ser escravo de Maria é entregar a Ela tudo o que temos, fazemos e somos. É permitir que seja Ela, habitando em nós, a agir através de nós. E assim nossas ações são apresentadas a Deus com os méritos incontáveis da Santíssima Virgem, assumindo um valor muitíssimo maior e agradando muito mais o Padre Eterno que a criou como a mais bela das suas obras.

Queridos amigos, muitos já fizeram a Consagração à Nossa Senhora pelo método de S. Luís Maria de Montfort. Os que não fizeram, exortamos que façam. Adquiram o Tratado da Verdadeira Devoção, leiam e se deixam conduzir por esse grande santo que não erramos em considerar o grande doutor marial, e, por essa Verdadeira Devoção estaremos sempre nas mãos oferentes da Virgem Maria.


 

Comentários

  1. NOSSA QUE TEXTO MARAVILHOSO
    QUE MÃE MARAVILHOSO
    ADA-NOS OH MÃE A SER DO SEU FILHO JESUS
    AMÉM

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