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Mostrando postagens de fevereiro, 2024

TÊMPORAS

 Meus prezados amigos, estamos hoje, sexta e sábado nas "Têmporas da Quaresma". As Têmporas são dias penitencias em que a Igreja, dentre outras coisas nos leva a:  1. Honrar os Sagrados Mistérios da Paixão de Cristo: numa Quarta-feira Judas vendeu a Cristo, numa sexta o Senhor morreu e durante o sábado esteve no sepulcro. 2. Nos leva a rezar e fazer penitência pelo clero, uma vez que era nas Têmporas que se conferiam os Graus do Sacramento da Ordem. 3. Como as Têmporas se encontram próximas às mudanças de estações, nos recorda que, nas mudanças dos tempos, o amor e a misericórdia de Deus permanecem para sempre, como diz o Salmo 116, "a verdade do Senhor permanece eternamente." Nesses dias, quarta, sexta e sábado, jejuamos. Na sexta, além do jejum há a abstinência de carne. Que possamos vivenciar esses dias mais intensos de penitência, reafirmando para nós a certeza do amor de Deus e rezando pelos seus ministros.

ANTI-ROMÂNTICO

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 Meus prezados amigos, Quanto se fala em "romântico" não se trata de uma única coisa. Há o gênero literário, as acções, as palavras e um pequeno universo de coisas que podem acertadamente ser chamadas de "românticas". Porém, com plena certeza, uma palavra nuca combinará com romântico, praticamente não estarão na mesma frase que é a palavra católico. O católico, sob certo aspecto é anti-romântico. E aqui me refiro à primazia que o romântico possuiu do sentimento sobre a razão. É nesse aspecto, praticamente no sentido do senso comum, que uso a palavra romântico. Católico e romântico são duas coisas não apenas distintas, mas antagônicas. Sobre o católico a última coisa que exerce influência são seus sentimentos. Primeiro está o que Deus ordena, o que o católico sabe ser sua obrigação, o que, em consciência sabe que deve fazer, o catecismo que estudou, a realidade mais natural possível de cada coisa. É isso que deve influenciar o católico: a caridade, não o romantismo.

PENITÊNCIA

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  Meus prezados amigos, O ofertório da Missa do Domingo de Ramos coloca na boca do Cristo as palavras: "Eu esperei que alguém de mim tivesse pena, mas foi em vão. Pois a ninguém pude encontrar. Procurei quem me aliviasse, e não achei." Essas palavras da Escritura Santa são um convite do Senhor à penitência. A penitência ela não é vista apenas como um castigo que nos infligimos pelos nossos pecados, mas um modo de associar-nos à Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e, creio não estar errado em afirmar, que esta segunda compreensão da penitência é a mais agradável a Deus, a mais eficaz. Poucos de nós a viveremos. Nossos grandes pecados muitas vezes triunfam sobre nossas pequenas e simplórias penitências, de modo que somos aqueles que o Cristo "não achou" para partilhar com Ele de seus sofrimentos. Ah, quanto mais foram felizes as almas que não tendo em si o que reparar, repararam com Cristo os pecados do mundo! Penso no pequeno Francisco Forgione, futuro Padre Pio, cu

SER X PARECER

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  Meus prezados amigos, Quando estamos diante da Sagrada Escritura existem duas coisas sumamente importantes: primeiro é a fidelidade ao texto original, segundo a compreensão desse texto. A fidelidade ao texto original, a Santa Igreja garante pelo uso da Vulgata, a tradução dos textos hebraicos e gregos para o latim feita por S. Jerônimo, já a compreensão do texto, o que chamaríamos de exegese, é muito mais ampla, onde a Igreja, evidentemente, impõe limites que não impedem que vários santos interpretem de maneiras diferentes (obviamente nunca opostas) os textos da Sagrada Escritura. É nesse sentido que gostaria de expor a vocês uma compreensão das tentações de Cristo que, creio, vem muito a calhar nos tempos atuais. As tentações são um conflito entre ser e parecer. Cristo é. O diabo quer que Cristo pareça. "Se és Filho de Deus..." Ora, Cristo não tem nada a provar, nem a Si mesmo, nem aos outros. Ele é o Filho Bem-Amado do Padre Eterno. Ele é, Ele sabe. Que sinta fome ou que

ESMOLA

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  Dentre as três grandes práticas da vida cristã que sobressaem na quaresma está a esmola. Ela está intimamente ligada à oração e o jejum. Quando rezamos não nos tornamos todos como pobres diante de Deus? Quando lhe pedimos graças, ainda que sejam grandes, não reconhecemos - como a mulher siro-fenícia - que são como migalhas que caem de sua mesa? A oração nos faz reconhecer a nossa indigência. Já o jejum e a abstinência fazem com que recordemos a nossa fraqueza corporal. Sentimos fome, sentimos vontade de consumir algo que por algum tempo vamos nos abster. Muitas vezes, deve haver um nome para isso, o simples fato de determinamos um jejum ou uma abstinência já faz com que acordemos com fome ou com um desejo insaciável pela coisa que nos vamos nos abster. Se mais do que saber que as pessoas precisam comer, nós também sentimos fome, isso necessariamente nos leva ao encontro daqueles que não por escolha vivem em jejum e abstinências perpétuos. Precisamos ter muito cuidado com uma certa &q

ORAÇÃO

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  Quando vamos nos encontrar com uma pessoa muito especial, geralmente sentimos um monte de coisas. Esses sentimentos, sejamos honestos, tendem mais a nos atrapalhar do que ajudar. Mas quando essa pessoa muito especial se torna alguém de nosso convívio, nossas conversas naturalmente se tornam mais racionais, mais centradas e mais equilibradas. Em certo sentido, assim acontece com a oração. A oração é falar com Deus, ou até menos (ou mais) do que isso, é elevar o nosso pensamento a Deus (mesmo sem dizer nada). É normal que muitos passem pelo chamado "fervor de noviço", que por alguma razão, durante algum tempo, a oração seja cheia de emoções, sentimentos e outras realidades, digamos, românticas. Mas o romantismo é inimigo do amor. Por isso, é natural e necessário, que com o tempo, as nossas orações se tornem "normais", que o falar com Deus ou elevar o pensamento até Ele seja como falar ou pensar na esposa ou nos filhos. Diante da futura noiva, o rapazote sente seus j

MORTIFICAÇÃO

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  Meus prezados amigos, Talvez o maior sofrimento que alguém poderia se impor seria fugir do sofrimento. Isso é impossível. É claro que Deus ao criar Adão e Eva os preservou do sofrimento, seus corpos eram impassíveis, e ainda gozavam do dom da integridade. Porém, o pecado original colocou tudo a perder. E o sofrimento se tornou o grande companheiro da vida humana neste mundo que tão acertadamente chamamos na "Salve" como "vale de lágrimas". Sobre todos os homens, queiram ou não, recaem sofrimentos, que podem, segundo a teologia espiritual, se converterem em "mortificações passivas". O sofrimento em si mesmo não é uma mortificação, ele só se torna uma quando é acolhido racionalmente, com amor e confiança, pelo fiel. Já escreveu um autor que a nossa tendência natural (retornemos ao estado original do homem em que não haveria sofrimento) é de repulsa para com o sofrimento, como que lhe "batemos a porta na cara". Porém, essa atitude além de infantil

CINZAS

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  Meus prezados amigos, Começamos hoje, com o rito da imposição das cinzas, o tempo da Quaresma. Sabemos que a Quaresma é o tempo mais antigo da Liturgia Católica, tendo sua origem nos ritos de reconciliação dos que tinham sido admitidos à chamada "Ordem dos Penitentes". Esses ritos se davam entre a cerimônia de imposição das cinzas e a reconciliação que se dava na Quinta-feira Santa pela manhã. Estávamos num tempo em que o Sacramento da Confissão era administrado apenas uma única vez, e esses ritos estavam diretamente ligados à essa única vez. A penitência e a confissão públicas, concluídas com um rito presidido pelo Bispo davam aos penitentes a única possibilidade de absolvição que teriam em suas vidas. Mas, com o tempo, foi a Igreja percebendo que pecador, penitente não eram condições extraordinárias da natureza humana, mas condições habituais dessa mesma natureza. O homem que naturalmente é pecador, é chamado pela graça a se tornar penitente. Desse modo, gradativamente a

EFÊMERO

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  Há alguns anos atrás, antes de construírem a chamada "Cidade do Samba" no Rio de Janeiro, com imensos barracões para as escolas de samba, era muito comum, depois dos dias de Carnaval, passar por regiões do Centro do Rio e ver os carros de samba numa espécie de processo de decomposição. De modo geral, ao que me parece, os imensos carros alegóricos são feitos com materiais bem fracos: tecidos, isopor, plástico... afinal não se espera que durem mais do que dois ou três dias. E, nesse sentido, após a "glória" da Sapucaí, eram deixados em terrenos mais ou menos baldios, onde se podia ver o espetáculo de sua decomposição. Sicut transit gloria mundi... Assim passa a glória do mundo. Milhões de reais, esforços imensos, dedicação absoluta, sonhos de se ter um lugar de destaque naquilo que agora não era mais que panos podres, plásticos sem cor e ferros que se quebravam de tanta ferrugem. Sicut transit gloria mundi. Os carros que apodreciam não eram um sinal do que restava d

PLANEJAMENTO

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  Quando desejamos algo, de modo geral, precisamos traçar um caminho, um plano, para conseguir aquilo. Uma família que deseja adquirir um carro maior precisa ver sua conta bancária, o salário do pai, as economias da mãe, uma ou outra coisa que se possa abrir mão durante algum tempo, as propostas de vários vendedores até poder concretizar o que deseja. E é assim em todos os aspectos da vida. Estudo, emprego, bens materiais... tudo envolve programação, esforço e, geralmente, privações. Sabemos disso. Aceitamos isso. Nos adequamos a isso. Mas quando se trata da vida espiritual, temos um pensamento pueril semelhante a quem acha que jogando na loteria dormirá pobre e acordará rico. É verdade que é possível que se ganhe na loteria, e jogar na loteria requer um investimento (o valor do bilhete) e algum sacrifício (a fila da lotérica), mas sabemos que as probabilidades de conseguir algo por esse caminho é praticamente nenhuma. Queremos progredir na vida espiritual como se da noite para o dia a

AMIGOS E INIMIGOS

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  Meus prezados amigos, Cristo tem amigos. E também tem inimigos. Não estaríamos errados se esperássemos que as atitudes dos amigos de Cristo fossem diametralmente opostas aquelas dos inimigos de Cristo. Infelizmente, porém, nem sempre é assim. O Santo Evangelho narra algumas cenas nas quais as atitudes dos que se consideram amigos de Cristo são exatamente as mesmas dos inimigos de Cristo. O Evangelho desse Domingo da Quinguagésima mostra isso: diante dos pedidos incessantes do cego, são os que acompanham Jesus que pedem que o cego se cale.  Assim também quando as crianças são levadas até Jesus, quando a mulher siro-fenícia implora a cura da filha, quando Maria derrama o perfume para ungir os pés de Jesus... São os "amigos" de Cristo que reprovam, que afastam, que se incomodam, que acham desperdício... A verdade, meus caros, é que Cristo tem amigos e inimigos. Mas nem todos os que se consideram amigos de Cristo o são verdadeiramente. Só um amigo é capaz de trair. E dentre os

DIFERENÇA X ESQUISITICE

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  Meus caros amigos, Nesses dias de Carnaval, todos sabemos o quanto aumentam as ofensas cometidas contra Nosso Senhor Jesus Cristo. Blasfêmias e impurezas parecem dominar as ruas de nossas cidades num nível tal de desordem da própria natureza humana que até mesmo aos demônios perturba. É claro que alma fiel, diante desse nefasto espetáculo, chora por ver seu Amado ainda mais ultrajado, ofendido e, no seu íntimo, pede ao bom Deus, oferecendo-se como vítima expiatória, os castigos devidos a tão numerosos pecados. Mas, não podemos deixar de compreender que a maioria dos fiéis católicos convive com outras pessoas para as quais não existe "nada demais" no carnaval, que são "apenas brincadeiras" e que, nessa visão subidamente equivocada, até desejam juntar-se aos que estão "pulando o carnaval".  Diante disso, antes de tudo, creio ser importante deixar claro que, o Carnaval, tal como o vemos em nossos dias é absolutamente incompatível com a vida de um católico.

S. ESCOLÁSTICA

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  Poucas ocasiões refletem melhor a vida de uma pessoa do que o momento de sua morte. Já os antigos romanos, mesmo antes de conhecerem Nosso Senhor Jesus Cristo, já afirmavam que tal como se viva, assim se morre. E isso se aplica de um modo especialíssimo em Santa Escolástica.  O pouco que se sabe sobre sua vida se refere a dias antes de sua santíssima morte. E S. Gregório Magno ainda usa uma expressão que é, pelo que se pode verificar, o resumo de toda a sua vida: "mais pode aquela que mais amou". S. Escolástica era irmã de S. Bento, gêmea. E também ela consagrara-se ao Senhor desde a infância. Uma vez ao ano, ela e S. Bento se encontravam nas proximidades de Monte Cassino. S. Gregório, ao narrar a vida de S. Bento, mostra que desde muito cedo S. Bento operou inúmeros milagres, desde a ressurreição de mortos até o conhecimento do pensamento de quem lhe estava próximo. E também milagres sobre a natureza, como fazer um discípulo andar sobre as águas ou "retirar" o pe

ARMAS

 Meus prezados amigos, Pelas décadas de 70/80 do século passado, se não me equivoco, a TFP lançou um livro cujo título era: "Sou católico. Posso ser contra a Reforma Agrária?" Ou algo semelhante.  Considero o título muito bem escolhido, porque a posição do episcopado, de boa parte dos padres e até declarações dos papas pareciam dar a entender que todo católico seria naturalmente favorável à Reforma Agrária, como se isso fosse parte do Depósito da Fé. E que não ser favorável à Reforma Agrária seria praticamente um pecado, algo talvez até mais grave, quase um ato cismático.  Curioso é que por essa mesma época, não havia da parte dessas pessoas em defender pontos de doutrina ou moral que tinham sido recentemente aclamados pelo Magistério, como as questões sobre contraceptivos na Humanae Vitae, de Paulo VI. Parecia que os bispos conheciam mais as normativas da Reforma Agrária do que o próprio Catecismo. A verdade é que não há nada que obrigue o católico a ser favorável à Reforma

MORTOS

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  Existe um ditado que ensina que "sobre os mortos só se fala bem". E, de fato, é assim que habitualmente procedemos. Quando uma pessoa morre, todos buscam recordar apenas as coisas boas que a pessoa praticava e, às vezes até com um certo exagero. Para as crianças, quando alguém morre, costumamos dizer que "foi para o céu". Imaginem, porém, que um padre chamado a "fazer o velório" de um defunto, ao invés de elogiar o morto, começasse a apontar seus defeitos, seu apego ao dinheiro, sua opressão para com os mais pobres e que, por isso, estava condenado. Esse padre, certamente, não foi muito "pastoral", e talvez fosse expulso do velório. Mas esse padre era... Santo Antônio! É claro que o fato de ser quem era, não impediu que os familiares e amigos do morto ficassem irados com ele, a ponto de pedirem uma prova do que ele dizia. Ao que o Santo respondeu com as palavras do Evangelho: "Onde está o seu tesouro, aí está o teu coração!" Com certa

SEXAGÉSIMA

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 Caros amigos, Estamos no Domingo da Sexagésima. Sabemos que a Quaresma, além de ser o tempo litúrgico mais antigo da Santa Igreja, é o mais rico, possuindo formulários de Missa próprios para cada dia, e está também entre os mais importantes. Se é assim importante, nada mais natural que seja preparado. E sua preparação está no Tempo da Septuagésima que vai até a Quarta-feira de Cinzas. Hoje, o Santo Evangelho traz a Parábola do Semeador. Assim, na proximidade da Quaresma, somos levados a olhar para terra onde a fecunda semente da Palavra de Deus será deitada. Todos certamente já ouvimos algum trecho do famoso "Sermão da Sexagésima" do Pe. Antônio Vieira e, ainda mais, Nosso Senhor mesmo explica o sentido da parábola. Mas, e nós? Geralmente todos evitamos ser a beira do caminho, mas também reconhecemos não ser ainda a terra boa. Mas qual a diferença entre a beira do caminho, e os outros terrenos que não são a terra boa? A única diferença está no tempo que a semente é conservad

S. BRÁS

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  Que as velas desde o início acompanhassem o culto cristão é algo absolutamente natural, não apenas no seu papel de iluminar, mas também assumindo símbolos e significados. Do lado romano, as velas habitualmente são usadas em números pares, recordando que a Igreja é iluminada pelo Antigo e Novo Testamento. Já na liturgia grega, no altar se teve o costume de usar cinco velas. Divididas em dois castiçais, um com três velas e outro com duas. As três velas recordando a Santíssima Trindade e as duas recordando que na Pessoa Divina de Nosso Senhor Jesus Cristo estão unidas as naturezas divina e humana. As duas velas cruzadas que a tradição sempre coloca nas mãos de S. Brás para livrar um menino sufocado por uma espinha de peixe, têm a sua origem nesse costume. Nesse sentido, a imagem de S. Brás nos recorda que é pelo Deus e Homem, Nosso Senhor Jesus Cristo, que somos salvos, que é, como ensina S. Pedro, que por suas chagas nós fomos curados. Hoje, recebendo a Bênção de S. Brás, peçamos ao Se

A TIA

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M eus prezados amigos, Imaginemos que fomos à uma festa, pode ser um aniversário infantil, por exemplo. E ao chegar no local da festa, tudo se refere à tia-avó da co-cunhada do padrinho de crisma do bisavô do pai da criança. As fotos, os textos, as músicas, tudo está focado nessa pessoa. É verdade que se cantou o parabéns para a criança, mas até o primeiro pedaço do bolo foi depositado diante da foto dessa pessoa e o discurso, as conversas, e até os presentes, tudo, falava dessa pessoa. E claro que há um vínculo entre o aniversariante e a tia-avó da co-cunhada do padrinho de crisma do bisavô do pai da criança, mas é simplesmente um vínculo muito distante, praticamente remoto, e o que foi feito com a pobrezinha da criança foi uma monstruosidade. Com algumas alterações é isso o que faz a Campanha da Fraternidade. A quaresma é um tempo em que os fiéis caminham com Cristo até o Calvário para assistir os tormentos sem igual que Ele, por causa dos nossos pecados e em nosso lugar, para satisf

NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO DA PURIFICAÇÃO

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  Dentre as primícias de santidade do Novo Mundo, podemos contar Madre Mariana de Jesús Torres. Uma jovem moça espanhola que se decidiu consagrar-se a Deus por inteiro e atravessou o Oceano para junto com outras almas generosas fundar o Mosteiro das Concepcionistas em Quito no Equador. A primeira aparição da Santíssima Virgem à essa santa religiosa foi no dia 02 de fevereiro de 1594.  Nossa Senhora quis ser invocada ali como Nossa Senhora do Bom Sucesso da Purificação e sua festa fixou-se exatamente no dia da primeira aparição que coincide com a Festa da Purificação de Nossa Senhora. As aparições da Santíssima Virgem e a vida admirável da confidente de Nossa Senhora nos levariam a escrever páginas e mais páginas. Existe já um livro, um tanto grande, "Vida admirável da Madre Mariana de Jesús Torres" escrita por um contemporâneo e testemunha de vários milagres. Gostaria apenas de trazer algumas breves reflexões. Nossa Senhora ordenou que fosse feita uma imagem, que deveria ter

INÁCIO - INIMIGO DA CARIDADE INOPORTUNA

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  Meus prezados amigos, a Caridade é uma virtude. A rainha das virtudes. Mas, pode haver uma "caridade", uma falsificação de virtude, que se manifesta numa espécie de, no dizer de S. Inácio de Antioquia, "caridade inoportuna". Sendo levado da Síria para Roma, os católicos de Roma comunicaram ao Santo Bispo a intenção de tentarem impedir a sua execução lançado às feras. O Bispo imediatamente lhes escreve pedindo que não tenham para com ele uma caridade inoportuna, impedindo o seu martírio. Ele chega a dizer que se os romanos conseguissem evitar o seu martírio, seria sinal de que Deus lhe teria rejeitado! Meus amigos, não duvido que amemos, que temos caridade para com muitas pessoas. Mas essa caridade é verdadeira ou inoportuna.  A caridade verdadeira sempre "puxa para cima", nunca é acompanhada por uma espécie de pensamento de "coitadinho". Só é realmente caridoso quem é exigente, quem acredita que o outro (e é claro que o mesmo aplica a si mesmo)

S. JOÃO BOSCO - O HOMEM QUE AMOU POR INTEIRO (CONFERÊNCIA)

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 Meus prezados amigos, Quando estudamos os mandamentos, e lemos sobre o primeiro mandamento, vemos que antes de dizer “amar” ou “amarás” o texto bíblico começa com o verbo “ouvir”, de tal modo que a expressão semah, o imperativo do verbo ouvir, se tornou o nome de uma das principais orações do povo hebreu. O próprio Nosso Senhor Jesus Cristo quando questionado sobre os mandamentos reza o semah acrescentando à ele o mandamento do amor ao próximo. “Ouve, Israel”. Deus não lança os mandamentos sobre os homens, mas começa como um Pai a dizer: “Ouve” antes de dar os mandamentos. Esse “ouve” dito antes do primeiro mandamento, como que implicitamente se repete diante dos outros. “Ouve” não significa apenas a percepção de um som, mas um pleno acolhimento no coração da palavra que segue. Não nos equivocaremos em pensar que esse “ouve” hebraico encontra a sua mais fiel tradução na língua grega na expressão “guardar no coração” que o Evangelista usa somente em relação à Santíssima Virgem. Ela é a