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Mostrando postagens de outubro, 2018

OS ÚLTIMOS

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No Santo Evangelho de hoje, Nosso Senhor nos chamou a fazer o possível para entrarmos no Reino de Deus. E nos recordou que há "últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos". Ao ouvir Nosso Senhor falar assim, certamente recordamos do Cântico de Nossa Senhora, que certamente foi rezado pela Virgem em outras circunstâncias e que foi muitas vezes ouvido por Nosso Senhor: "derrubou os poderosos, exaltou os humildes, despediu os ricos, acolheu os pobres". Dentre os últimos para o mundo e primeiros para Deus, fulgura o Santíssimo Senhor São José. Para o mundo era um carpinteiro da roça, descendente de uma família real destronada... Para Deus era o "servo fiel e prudente a quem o Senhor confiou a sua casa"... Hoje, nessa quarta-feira, ouçamos o convite não mais do Faraó, mas do Rei do Universo, que nos diz: Ite ad Ioseph! Ide a José.

OS NINHOS DAS AVES DO CÉU

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No Santo Evangelho de hoje, Nosso Senhor, falando do Reino de Deus, o compara a semente de mostarda que sendo pequena, acaba por se tornar uma frondosa árvore capaz de abrigar os ninhos das aves do céu. Esse Reino, sabemos é a Igreja. A Igreja começada tão pequena, se tornou grande árvore, não de pouso, mas de abrigo para as aves do céu. Não basta pousar na Igreja, é necessário abrigar-se nela, aninhar-se nela. Há muitas vezes nos cristãos uma tendência "beija-flor": ir aqui e acolá, mas sem fixar-se em nada. Em suma, a superficialidade. O Senhor nos convida hoje a nos embrenharmos na copa dessa árvore, e a fazermos nela o nosso ninho.

HERANÇA

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Na Epístola da Missa de hoje, o Apóstolo nos fala de uma herança no reino de Cristo e de Deus. Para receber essa herança, é necessário que se viva na santidade, imitando a Deus (que audácia!) e vivendo no amor como Jesus. A herança... Sim! Todos estamos nesse testamento! Todos somos contemplados para receber essa herança, e passamos a vida na esperança dessa herança. Essa herança nos é dada quando deixamos esta vida, e é essa esperança na herança que precisa nos dar forças quando fraquejamos pelas contradições internas ou externas pelas quais todos passamos. Recordar a vida eterna! Quando oramos por nossos irmãos defuntos, especialmente nas segundas-feiras, fazemos um grande bem a eles, mas também a nós, porque recordamos que tudo passa, menos a herança que o Senhor nos prometeu.

O QUE QUERES QUE EU TE FAÇA?

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No Santo Evangelho desse domingo, Nosso Senhor faz uma pergunta um tanto óbvia ao cego Bartimeu: "O que queres que eu te faça?" De algum modo, o filho de Timeu conhecia Jesus, sabia que era o Filho de Davi, o Messias, e sabia que Ele era capaz de devolver-lhe a vista. O passar de Jesus não passou despercebido para aquele mendigo cego: "Filho de Davi, tende piedade de mim!" O Senhor, que poderia não dizer nada e curá-lo, fez então essa pergunta: "O que queres que eu te faça?" Bartimeu não poderia dizer outra coisa: "Ut videam!", Que eu veja! Queridos amigos, coloquemo-nos nós no lugar desse mendigo e nos perguntemos sinceramente: Se o Senhor nos perguntasse o que nós queremos d'Ele, saberíamos ter uma resposta acertada? Ao pedir a visão, o cego acertou "na mosca". Ele pediu a única coisa que realmente precisava. E a única que só Jesus podia fazer. Nós muitas vezes pedimos o que não precisamos. E muitas vezes pedimos o que cab

FAZER PENITÊNCIA

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No Santo Evangelho da Missa de hoje, diante de uma mentalidade equivocada dos judeus, Nosso Senhor os exorta chamando-os à consciência de que as calamidades acontecidas aos outros não se devem ao fato de que eles sejam mais pecadores. E que sem penitência, todos pereceremos. Em poucas palavras: "ou penitência, ou inferno". Essa frase estava escrita numa das portas de acesso ao noviciado do jovem Francesco Forgione, que hoje o mundo conhece como São Pio de Pietrelcina. E ele levou a sério. A tradução que ouvimos foi "se não vos converterdes", mas uma tradução mais literal seria exatamente "se não fizerdes penitência". É claro que as duas coisas estão juntas, mas penso que a palavra conversão pode levar apenas à uma idéia, um propósito de mudança. Enquanto que o fazer penitência nos sugere aquele caminho para o céu que é a penitência corporal. Fazer penitência. Em conformidade com o diretor espiritual, ou com alguma alma mais experiente busquemos vive

CAMINHANDO

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Há uma música francesa muito conhecida que diz assim:"   Peuple de Dieu ,  marche joyeux , Car le Seigneur est avec toi!" Povo de Deus, caminhe feliz, porque o Senhor está contigo.  Na essência do nosso "ser povo de Deus" está o caminhar. E o Senhor nos recordou isso na Santa Missa de hoje: nós estamos a caminho. Caminhando para o céu, um caminho de alegria e a razão é que o Senhor está conosco! Mas nesse caminho, não estamos "apenas"com o Senhor: há nossos irmãos. E no caminho com esses irmãos há momentos difíceis, nem sempre a convivência será amena... Diante disso, a recordação de que todos estamos a caminho, deve nos incentivar a "resolver o caso", a buscar a reconciliação, se for necessário (e geralmente será) a darmos o primeiro passo. Fulton Sheen usava uma expressão curiosa: "aquele que veio chamando-Se Jesus, voltará chamando-se Juiz". Sim! Juiz! Esse nome provavelmente não será simpático, mas devemos recordar que o Senh

FOGO

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No Santo Evangelho de hoje, Nosso Senhor com uma linguagem forte fala do fogo que deseja que arda nesse mundo. O fogo é um mistério, porque se por um lado pode parecer destruidor, o fogo tem o poder de transformar tudo em si. Assim, Nosso Senhor nos apresenta a alma do nosso apostolado: transformar tudo - todos- n'Ele. Essa mesma ânsia precisa arder em nossas almas. A ânsia de conduzir todos para essa grande chama que arde no Coração de Jesus. Não nos contentamos com um mundo melhor, queremos um mundo que seja real e totalmente reino de Cristo, que cada alma seja uma reprodução fiel de Nosso Senhor. Nessa quinta eucarística, diante de Cristo Sacramentado, nos recordemos daquele belo hino tradicional: "Todo orbe homenagem lhe renda, a seus pés traga o mundo cristão. De almas livres a livre oferenda: corações para o seu coração!"

PREPARADOS

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Conforme nos aproximamos do fim do ano litúrgico o Senhor no Santo Evangelho vem nos recordando do fim, tanto do fim dos tempos como do fim do nosso tempo. E a palavra que impera diante da realidade do fim não é outra que estar preparado. Essa preparação é o que o Senhor espera de nós. Estarmos preparados é o que nos coloca ágeis para colocarmos nossa vida sempre à disposição de Deus. Desse modo, a vida do cristão se coloca nessa tensão escatológica, da espera feliz e operante do momento de abrir a porta para o Senhor que vêm. Nós, que tanto recebemos do Senhor, tanto mais nos alegremos em esperá-lo na alegria.

PAX

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Ipse est enim pax nostra... Ele é verdadeiramente a nossa paz Assim ouvimos na Santa Missa de hoje. A paz... A paz não é fruto de conjunções de nações, ou de acordos diplomáticos. A paz não é a ausência de dificuldades e mesmo de tribulações. A paz é uma pessoa: Jesus. Ipse est enim pax nostra A Paz-Jesus não se conquista, se aceita. Essa paz gera guerra, que quanto mais renhida, mas doadora de paz. Ele é a paz. Você tem paz? Essa resposta dirá se você tem Jesus.

PARA QUÊ A IGREJA?

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No Evangelho de hoje, alguém pede a Jesus que se ocupe de assunto temporal: a divisão de uma herança. E o Senhor não toma partido, recordando que não foi feito juiz nessa questão. Certamente se tratava de uma injustiça, de uma situação agressiva, até mesmo de um pecado. Mas não era isso que preocupava o homem, era simplesmente a divisão da herança: querer a herança. Uma realidade absolutamente temporal e que não demandava do Senhor nenhuma atitude. Essa atitude de Nosso Senhor vem recordar sempre à Igreja sobre a tentação de ocupar-se das realidades temporais, geralmente mais "práticas" e "solúveis" do que aquelas espirituais. A tentação de deixar o céu para depois e ocupar-se apenas da terra, ou primariamente da terra, sempre acompanhará a Igreja. Que saibamos corresponder com a fortaleza necessária de nos sabermos livres e que não fomos feitos juizes, nem cristãos, para isso.

SACERDOTE

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A primeira leitura da Santa Missa desse domingo nos fala do Cristo que se oferta como vítima a Deus para a nossa salvação. Esse sacrifício de Cristo lhe garante uma descendência, nós. Nós somos gerados pelo sacrifício da Cruz que só é Sacrifício porque aquele que nela está é Sacerdote eternamente. O Beato Columba Marmion ao tratar sobre o sacerdócio de Cristo apresenta o sacerdócio como que um presente de Deus Pai dado ao seu Filho no momento da Encarnação. Ao assumir nossa natureza humana Jesus Cristo é ungido sacerdote por Deus Pai, e é esse sacerdócio que nos abre as portas ao trono da graça para alcançarmos aquele auxílio que jamais poderíamos merecer. Esse é o grande serviço de Jesus. Quando Jesus diz que veio servir não está se referindo apenas a escolher fazer coisas simples e humildes, o seu serviço, o seu trabalho é a sua morte redentora. Nesse sentido a Igreja, especialmente através da tradição beneditina, chama a Sagrada Liturgia com o sugestivo nome de Opus Dei, ou se

POR GRAÇA DE MARIA

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A cada sábado a recordação mais viva da memória da Virgem Maria toca os corações dos cristãos. A celebramos especialmente aos sábados, porque ela é a aurora que precede o Dia do Senhor. A celebramos especialmente aos sábados porque quando o Senhor estava sepultado a Virgem era a única luz acesa nas trevas do mundo. A celebramos aos sábados para recordar ainda mais, que tudo o que temos é por graça de Maria. Que cada um de nós possa dizer como disse certa vez S. Leonardo de Porto Maurício: "Quando olho para mim mesmo, sinto-me como essas paredes desses santuários marianos que estão repletos de placas agradecendo as graças recebidas: Por Graça de Maria. Olho-me para mim, e vejo-me coberto de placas, tudo em mim é por graça de Maria".

FELICIDADE E FIDELIDADE

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No Santo Evangelho da Missa de hoje Nosso Senhor nos recorda que não há porque temer aqueles que podem prejudicar a nossa vida nesse mundo. Porque ainda que nos façam sofrer por anos, há uma eternidade que não se compara nem à distância com a vida mais longeva que poderíamos ter. Nessa eternidade, se formos fiéis a Deus aqui e agora, seremos felizes com uma felicidade que não se pode comparar a nada desse mundo. Certa vez, alguém comentava sobre a semelhança fonética entre felicidade e fidelidade, e não é só fonética! Uma e outra andam juntam! São gêmeas! Mas isso não é poesia! Precisa ser recordado ainda mais nos momentos em que aqueles que são capazes de matar o corpo querem que nos esqueçamos que temos uma alma que eles não podem destruir. A tentação da revolta, especialmente contra Deus, nos rodeia nas horas de contradição. Por isso, Nosso Senhor nos recorda que se for para temermos alguém, temamos a Deus, o único que tem poder sobre as nossas almas. Peçamos à Santíssima V

PEDI

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Celebrando a memória de S. Lucas, ouvimos o Senhor nos dizer que diante da messe grande com poucos trabalhadores, basta pedir e ele nos dará mais operários. É só pedir. Simples assim? Sim. Jesus não disse aos Apóstolos que fossem tentando convencer mais gente a vir, ou que fizessem uma propaganda, ou que buscassem diminuir as exigências da vocação apostólica. Estão faltando operários? Pedi ao dono da messe! É tão simples que chega a ser desconcertante. É tão simples que parece não ser possível. É tão simples que temos a tentação de complicar. E complicamos. Complicamos tanto que nos falta tempo e disposição para fazer a única coisa que o Senhor nos pediu: Pedi. Nessa quinta-feira, dia do Sacerdócio e da Eucaristia, não nos esqueçamos de cumprir esse suave mandato do Senhor.

CARNE CRUCIFICADA

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Na Epístola da Missa o Apóstolo nos disse que os que pertencem a Cristo crucificaram a carne. Mais do que uma afirmação essa frase precisa ser para nós um desafio. Se pertencemos a Cristo, precisamos ter a nossa carne crucificada, ou seja, acolher com amor os sacrifícios pequenos ou grandes que se nos apresentam ao longo da vida. Sabemos que existem dois tipos de mortificação: ativa e passiva. As mortificações ativas são aquelas práticas que escolhemos como meio de santificação pessoal, contrariando livremente nossa vontade em pontos concretos do nosso dia-a-dia. São planejadas, discernidas, definidas. As mortificações passivas são aquelas que não estavam no "script"... e que são de certo modo, a cruz do Senhor chamando por nós. Aquele que recorre habitualmente à mortificação se torna mais disponível a encarar com "espírito esportivo" as dificuldades da vida. Celebramos hoje a memória de S. Inácio de Antioquia, esse venerável ancião que só queria "imitar

ESMOLA

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Nessa terça-feira ouvimos o Senhor nos dizer que a esmola terá o poder de purificar todas as coisas. Que frase! É claro que não é a esmola apenas, mas o que ela significa. Aquele que dá esmola se reconciliou consigo ao ponto de poder se desapegar um pouco e se reconciliou com o irmão que vê como um igual, carne de sua carne, reconhecendo na dor do outro a sua própria dor. Celebramos nesse dia também a memória de S. Edwiges, comumente chamada de "padroeira dos endividados". Como é curioso ver que a padroeira dos endividados morreu absolutamente pobre por dar tudo o que tinha aos mais necessitados. S. Edwiges não será padroeira de nossos gastos desmedidos. Ao contrário, talvez ela nos convide até a "entrarmos no vermelho" para ajudar alguém que precisa mais do nós. Você consegue enxergar esse alguém?

SOLO DIOS

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Autógrafo de Santa Teresa Nada te perturbe Nada te espante Tudo passa Deus não muda A paciência  Tudo alcança Quem tem a Deus Nada lhe falta Só Deus basta. Teresa de Jesus

DO NASCER DO SOL ATÉ O SEU OCASO

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No Salmo da Missa de hoje ouvimos essa bela expressão: do nascer do sol até o seu ocaso louvado, seja o nome do Senhor. Esse louvor perene se dá através do ofício sacerdotal de Jesus Cristo que continua sempre vivo a interceder por nós. A oração da Igreja é perene: é o Cristo diante do Pai, a Virgem Maria e os Santos diante de Deus e também nós, Igreja militante que continuamente devemos estar  em oração. Esse estar continuamente em oração se dá especialmente através do Santo Sacrifício da Missa; o tanto quanto seja exatamente assim, não sei, mas parece que levando em conta os fusos horários, a cada quarenta minutos começa uma Santa Missa sobre a face da terra. Que belo é pensar nisso! O Sacrifício da Missa sempre oferecido diante do Trono de Deus! Mas nós também precisamos cultivar esse louvor perene, especialmente através da nossa oração pessoal. Primeiro, gravitando a nossa vida espiritual através da Santa Missa. Especialmente através da preparação e da ação de graças. Seria i

PREFERIR

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Na Liturgia da Palavra desse Domingo ouvimos a belíssima oração de Salomão. Nela ouvimos que o Rei pede a Deus que lhe conceda a sabedoria. Mas, o que nos chama a atenção é que o Rei prefere a sabedoria à todas as outras coisas. Aqui é um ponto que precisamos considerar. Sabemos que Jesus é a Sabedoria do Pai, S. João usa a Palavra Logos, que significa tanto "Palavra" como "Sabedoria", e nós, graças à Misericórdia temos a Jesus, mas o preferimos? Podemos nós aplicar a Jesus o que disse Salomão sobre a sabedoria? Preferimos Jesus aos cetros e tronos? O dinheiro seria como a lama? O amamos mais que a saúde? Na verdade, não. Estamos acostumados a ter Jesus com uma série de coisas... E quando nos faltam as coisas, parece que nos fazem mais falta do que Jesus... Seja sincero! Jesus ou saúde? Jesus ou dinheiro? Jesus ou beleza? Essas perguntas são desafiadoras, até porque geralmente não precisamos fazer essa escolha. Mas, e se precisasse? Que Nosso Senhor n

DO NATURAL AO SOBRENATURAL

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No Evangelho da Missa de hoje uma mulher levanta a voz do meio multidão e proclama a bem-aventurança dos seios e do ventre da Virgem Santíssima: "Feliz o ventre que te portou e os seios que sugastes!" Sim, de fato Maria é feliz por ser Mãe do Senhor na ordem natural, ou seja por o ter gerado e dado à luz segundo a carne! Mas muito mais feliz é a Maternidade da Santíssima Virgem na ordem sobrenatural, ou seja, na ordem da graça. Essa Maternidade precedeu, acompanhou e continuou toda a vida de Nossa Senhora. Por isso, Jesus não repreende a mulher, nem nega a bem-aventurança que ela proclama, mas fala de uma bem-aventurança maior e mais perfeita que se torna um resumo da vida de Santa Maria: ouvir a palavra de Deus e a por em prática. Quem mais do que aquela que disse: "Faça-se em mim segundo a tua palavra" ouviu e pôs em prática aquela Palavra gerada nela na dupla ordem da natureza e da graça? Tanto mais é importante considerar que também nós podemos viver essa m

IMACULADA

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Celebramos hoje a solenidade de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. As leituras que ouvimos nos recordam de modo alegórico o relato do encontro da Imagem Santa de Nossa Senhora. Começando pela segunda leitura, tirada do Apocalipse, vemos o dragão que tenta submergir a mulher vomitando um rio. A Virgem Aparecida, retirada das águas do Rio Paraíba, nos recorda que Deus não a quer submersa. Nem submersa nas águas do rio, nem submersa em nosso coração. Maria Santíssima pode ser submersa pelo nosso ativismo, pelas nossas orações mal feitas, pelo nosso terço distraído, pelo nosso medo de ama-lA.... Sim, podemos ter medo de amar Maria, porque o amor a Maria leva ao perfeito amor a Jesus. E isso é a conversão. E tememos mudar, deixar nossos pecados... Preferimos viver na mediocridade do que na radicalidade. Por isso precisamos fazer a Virgem emergir em nosso coração! Na primeira leitura vemos a Rainha Ester suplicando pelo seu povo diante do Rei. Aquele Rei impiedoso e violent

DISCURSO DA LUA

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No dia 11 de outubro de 1962, o Papa S. João XXIII abria o Concílio Vaticano II. À noite, o povo fez uma procissão que se concluiu na Praça de S. Pedro. E o Santo Padre fez um discurso de improviso. Acompanhe essas imagens!

VISITA DE DEUS

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No Salmo da Missa de hoje ouvimos o cântico de Zacarias, conhecido como Benedictus. Nesse cântico ouvimos que Deus visitou o seu povo e o libertou. Essa visita de Deus - é claro - se dá através de Jesus, o Verbo feito carne, que habitou entre nós. Mas, de modo amplo, cada santo é uma visita de Deus no nosso tempo. Os Santos, que já são admiráveis, se tornam ainda mais admiráveis quando os percebemos como homens e mulheres enviados por Deus em momentos precisos da nossa história. Assim, o mundo polarizado, recém saído de uma guerra terrível e à beira de se lançar em outros abismos, é visitado por Deus através de S. João XXIII. Esse Papa simples e firme que quis apresentar a Igreja Mãe e Mestra não de um alto pedestal, mas junto com seus filhos, acolhendo-os, protegendo-os, e corrigindo-os com palavras de misericórdia. Não foi à toa que muitos que o conheceram pessoalmente gostavam de recordar aquela frase do Prólogo de S. João à pessoa do Papa: "houve um homem enviado por Deus

APRENDER A REZAR

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No Santo Evangelho de hoje, os Apóstolos vêem Jesus em oração. Como seria a oração de Jesus? Como se portava Jesus na oração? Os Evangelhos nos dizem alguma coisa, mas nada se compararia a ver Jesus absorto em oração. E essa visão encantou os discípulos que, de algum modo, quiseram compartilhar desse momento com o Senhor pedindo-lhe que os ensinasse a rezar. A oração é a elevação da alma a Deus, por isso é em parte sempre um movimento pessoal e espontâneo, mas também há a necessidade de aprender a rezar. Bento XVI falava da oração como uma arte, e essa imagem é maravilhosa. Porque, de modo geral, mesmo quem "leva jeito" para a pintura necessita conhecer algumas técnicas, fazer talvez um curso, estudar métodos. Assim aprender a rezar não é apenas aprender o Pai nosso e a Ave Maria, mas é também saber lidar com as distrações, é buscar "assunto" para a oração através da leitura de bons livros de doutrina e de espiritualidade, é conhecer mais a Palavra de Deus

O QUE NINGUÉM TIRA

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No Santo Evangelho de hoje, diante da reclamação de Santa Marta, Nosso Senhor lhe recorda do único necessário que não lhe será jamais tirado. Quando pensamos no "único necessário" podemos ter um confronto de opiniões. Afinal, o que é necessário? Perguntemos isso aos outros e escreveremos uma enciclopédia. Por isso a segunda parte "que não lhe será tirado" é tão ou mais importante. É nela que se revela o que o Senhor nos quer dizer. Aqui, não se trata nem de ouvir Jesus, mas simplesmente de Jesus. Mais importante que estar aos pés de Jesus é Jesus mesmo. Pense na maior responsabilidade de sua vida. Pense no apostolado mais eficaz. Pense no que mais ocupa seus pensamentos e povoa seu sono... Você vai perder. Só Jesus ninguém nos pode tirar. Significa que jamais o perderemos? Não... Podemos perder Jesus, mas só se o tiramos de nossa vida. Ninguém o pode arrancar, nem Ele quer sair. Só nós o podemos tirar de nós. Ninguém nos pode tirar o Senhor. Essa foi a

A QUEM AGRADAR

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O Apóstolo São Paulo logo no início da Carta aos Gálatas os chama a atenção pelo fato de terem deixado o "seu" evangelho para um outro. Aqui, evangelho precisa ser entendido no sentido literal: a boa-notícia, o anúncio. O evangelho "de Paulo" consiste na liberdade que Cristo nos conquistou, liberdade que não se compra pela aprovação dos outros, que não se ganha como recompensa de boas ações. Liberdade de Deus em nos chamar e liberdade nossa em acolher essa libertação. Um grande desafio nesse caminho é o desejo de agradar. Não podemos ser pessoas desagradáveis. Mas também não podemos fazer como meta de nossa vida a aprovação dos demais. E isso de forma tão forte, que o Apóstolo nos disse hoje que se quisesse agradar aos homens não seria discípulo de Cristo. É o querer agradar os outros que muitas vezes nos faz desagradar a Deus. Nosso desejo de aprovação muitas vezes faz com que criemos tantos personagens que no final das contas já não sabemos mais quem somos

FAMÍLIA

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Na Santa Missa de hoje ouvimos tanto sobre a família. Na Primeira Leitura, a família original: o homem solitário sente a necessidade de alguém. Deus não quer preencher esse espaço, não sente ciúmes, não quer o homem só para si. Aquele espaço do coração do homem Deus o preenche tirando do lado do homem a mulher. Ao ver a mulher Adão reconhece aquela auxiliar semelhante, Adão se sente e realmente está completo. Como é maravilhoso imaginar os primeiros pais no paraíso, antes do pecado. Como é belo o olhar de Adão sobre Eva como "carne da carne", e não "como a mulher que tu me destes..." No Salmo, a família se estende para os filhos que são "rebentos de oliveira" e de uma forma tão bela no final do salmo se mencionam até os filhos dos filhos... Assim é o amor. O amor se expande por si. Por isso o crescimento de uma família não é apenas uma questão biológica, mas vem a reafirmar aquele amor, imagem de Deus que se expande por força própria. No Evangelho d

POR QUE ALEGRAR-SE

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No Evangelho da Missa de hoje, Nosso Senhor escuta os setenta e dois discípulos contarem os sucessos da missão. Jesus não lhes tira a alegria, mas quer fazer com que eles comecem a perceber a alegria que ninguém pode tirar. Essa alegria verdadeira é a de ter o nome escrito no céu. E o nome escrito no céu é conhecer a Deus. Esse conhecimento não é fruto de nosso esforço, mas do amor de Deus. Nós não descobrimos Deus, como um cientista descobre uma nova espécie. É Deus que se antecipa em tudo e vai nos conduzindo por caminhos nem sempre claros, para que o possamos conhecer. E o caminho para conhecer a Deus é Seu Divino Filho, Jesus. É o ver e ouvir Jesus o caminho do conhecimento de Deus. Certa vez, observando a constelação de Orion, Santa Teresinha percebeu que nela há um T e se recordou dessa frase de Jesus: alegrai-vos porque vossos nomes estão escritos nos céus. Essa alegria não deixa de ser um desafio, porque talvez prefiramos as alegrias que já desfrutamos nesse aqui agora.

PÔR A MÃO SOBRE A BOCA

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Temos ouvido na Liturgia da Palavra de nossas Eucaristias o livro de Jó. Depois de vários acontecimentos e muitos discursos chegou a vez de Deus falar. E Deus então fala do meio do tempestade, não só da tempestade física, mas Deus fala a partir daquele tempo fechado que se tinha tornado o coração de seu servo Jó. O coração de Jó pelo próprio sofrimento físico e moral havia se tornado uma tempestade, onde a única luz que havia era a do trovão que apavora e destrói. Mas é a partir dessa tempestade que Deus fala. Quando vemos alguém que sofre, um caminho de conversa é tentar minimizar o sofrimento da pessoa, recordando-lhe que, independente do que esteja sofrendo, existem sofrimentos piores. Há aqueles especialistas em comprovar que nada é maior do que o seu próprio sofrimento e tentam consolar os outros apontando como os sofrimentos deles são pequenos se comparados com o dele... Deus em nenhum momento diminui os sofrimentos de Jó, se há algo pequeno para Deus não são os so

RECONCILIADO

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Certa vez perguntaram ao Irmão Roger, fundador de Taizé se ele era católico ou protestante. A resposta foi: reconciliado. O Irmão Roger não estava menosprezando a religião, a Igreja... não! Ele foi um passo além: viveu a reconciliação que lhe fazia abrir os braços para todos, rezar com todos, celebrar com todos, sem exigir nada de ninguém. A única exigência era ser livre. Mas o Irmão Roger não foi o primeiro nesse caminho. Embora nunca tenha sido perguntado sobre isso, São Francisco poderia dar a mesmíssima resposta. Um homem reconciliado. A reconciliação de Francisco se dá num primeiro momento consigo mesmo: a reconciliação com o fracasso e a doença por causa da guerra, a reconciliação com seus medos e preconceitos no beijo do leproso, a reconciliação com a sua história de vida, abrindo mão de tudo diante do Bispo Guido. A reconciliação com os irmãos vai crescendo à medida em que percebe que o "seu" caminho não era exclusivo, mas era preciso aceitar os irmãos

PERFEITA ALEGRIA - MÚSICA E TEXTO

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Cai a tarde de inverno impiedoso e Francisco e Leão sob a neve caminham Vão tornando à Santa Maria com fome e com frio ao final de outro dia. Frei Leão vai na frente ligeiro, Frei Francisco o chama e lhe diz: Frei leão toma nota se queres saber o que é a perfeita alegria. Se nós tivermos a graça de Deus de pregar o Evangelho e a cruz e por obras e exemplos pudermos levar a Jesus. E convertermos os homens à fé, até mesmo os de mal coração, Frei Leão isto ainda não é a perfeita alegria. Imagine Leão que Deus nos tenha dado a graça de a todos curar de fazer ver a cegos, a coxos andar, surdos ouvir e mudos falar. E que até os demônios fugissem ao comando de nosso olhar, e que os mortos nós ressuscitássemos, isto não é a perfeita alegria. E se falássemos todas as línguas com o dom de bem comunicar, transformando os reinos da terra em reinos de paz. E se soubéssemos toda a ciência, e os segredos da terra e do mar. Frei Leão isto ainda não é a perfeita alegria. Mas então, Pai Franc

AMAR A POBREZA

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No Santo Evangelho de hoje, Nosso Senhor é muito firme diante do ânimo vocacional de um de discípulo. As raposas tem tocas... o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. Jesus assume uma dimensão muito especial da pobreza: o nada de próprio. Jesus optou não por ter pouco, mas por não ter nada que pudesse chamar de seu. As exigências da missão exigiam que se tivessem coisas, mas não eram de Jesus, mas da missão. Essa dimensão da pobreza não é mais fácil, ao contrário. O não ter é mais difícil do que o ter em comum. E Jesus sabendo disso, abre as portas desse caminho para que pudéssemos ir com ele. Peçamos ao Senhor que à medida em que nos libertamos do meu, abramos o coração para o nosso, um nosso tão nosso que Jesus também o diz conosco.

DIANTE DOS TEUS ANJOS

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No dia 02 de outubro celebramos a festa dos Santos Anjos da Guarda. Os anjos, que são mensageiros de Deus, são enviados a nós para nos servirem e auxiliarem no caminho do céu. A devoção aos Santos Anjos aumentará em nós o sentido da presença de Deus, e o saber que os anjos nos acompanham quereremos dar-lhes a alegria de ver o nosso esforço para agirmos como bons filhos de Deus. Ao mesmo nos ajudará, especialmente na nossa vida de oração, recordar que os anjos estão nos assistindo. Recordo de um mosteiro onde no coro das monjas estava escrita essa frase: In conspectu angelorum psallam tibi , Diante dos anjos salmodio para ti. Diante dos anjos. O quanto nos ajuda recordar essa presença dos anjos que vêem nossa oração e querem - até mais do que nós - que elas cheguem perfumadas diante de Deus. E ao comungarmos! Que santa emulação experimentam os nossos anjos da guarda quando recebemos a Hóstia Consagrada. Ao mesmo tempo, podemos conversar com eles para perceber quando nossas oraçõe

ROSA DESFOLHADA

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A Igreja celebra hoje a memória de Santa Teresinha do Menino Jesus. A querida santinha, menina tão frágil e delicada que foi protegida e abençoada por Deus em tudo em todas as coisas. Viveu numa família saudável e abençoada, cheia de proteção divina. E que tem nas rosas um símbolo da sua espiritualidade. Te peguei! Na verdade, quase nada que eu disse anteriormente é verdade, ou pelo menos verdade do jeito que compreendemos... Na Antífona de entrada da Missa, tirada do Deuteronômio, ouvimos que Deus "cercou-a de cuidados e carinhos.." Sim! Mas estamos falando de uma mulher que conheceu bem o que é o sofrimento e talvez a pior forma do sofrimento: o sofrimento de quem amamos. Seja o câncer e a morte da mãe, quando Teresa tinha por volta dos 4 anos, seja a doença mental que destruiu o seu pai, quando já era religiosa carmelita. E também os sofrimentos pessoais, como as dificuldades com seu próprio caráter, as demoras da Igreja para que pudesse finalmente entra