CARNE CRUCIFICADA

Na Epístola da Missa o Apóstolo nos disse que os que pertencem a Cristo crucificaram a carne. Mais do que uma afirmação essa frase precisa ser para nós um desafio. Se pertencemos a Cristo, precisamos ter a nossa carne crucificada, ou seja, acolher com amor os sacrifícios pequenos ou grandes que se nos apresentam ao longo da vida.
Sabemos que existem dois tipos de mortificação: ativa e passiva.
As mortificações ativas são aquelas práticas que escolhemos como meio de santificação pessoal, contrariando livremente nossa vontade em pontos concretos do nosso dia-a-dia. São planejadas, discernidas, definidas.
As mortificações passivas são aquelas que não estavam no "script"... e que são de certo modo, a cruz do Senhor chamando por nós.
Aquele que recorre habitualmente à mortificação se torna mais disponível a encarar com "espírito esportivo" as dificuldades da vida.
Celebramos hoje a memória de S. Inácio de Antioquia, esse venerável ancião que só queria "imitar a paixão do meu Deus", tornando-se como que um trigo triturado na boca das feras para ser "um puro pão de Cristo".
Que a sua intercessão e exemplo não nos faltam para sermos também imitadores da Paixão de Jesus.

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