IMACULADA


Celebramos hoje a solenidade de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. As leituras que ouvimos nos recordam de modo alegórico o relato do encontro da Imagem Santa de Nossa Senhora.
Começando pela segunda leitura, tirada do Apocalipse, vemos o dragão que tenta submergir a mulher vomitando um rio. A Virgem Aparecida, retirada das águas do Rio Paraíba, nos recorda que Deus não a quer submersa. Nem submersa nas águas do rio, nem submersa em nosso coração.
Maria Santíssima pode ser submersa pelo nosso ativismo, pelas nossas orações mal feitas, pelo nosso terço distraído, pelo nosso medo de ama-lA....
Sim, podemos ter medo de amar Maria, porque o amor a Maria leva ao perfeito amor a Jesus. E isso é a conversão. E tememos mudar, deixar nossos pecados... Preferimos viver na mediocridade do que na radicalidade. Por isso precisamos fazer a Virgem emergir em nosso coração!
Na primeira leitura vemos a Rainha Ester suplicando pelo seu povo diante do Rei. Aquele Rei impiedoso e violento em nada se compara a Deus, nosso Pai. Mas a função de Ester e Maria são as mesmas: diante do trono do Rei pedindo pelo povo. Nossa Senhora intercede por nós apresentando a Deus os seus méritos, a sua virtude, incomparavelmente maiores do que a nossa.
Pelo mesmo caminho vai o salmo: o Rei que se encanta com a beleza da Rainha... São Cura d'Ars dizia que Deus se compraz em olhar o coração de Maria como um artista olha a sua obra prima!
E no Santo Evangelho, depois de todo o drama da falta de vinho, vemos que a fé no coração dos discípulos é suscitada pela intercessão de Maria.
"E seus discípulos creram n'Ele." Creram nele por que Ele ouviu a súplica serena e suscinta de Sua Santíssima Mãe. Por isso, Maria Santíssima é também a Mãe de nossa fé, de nossa esperança, de nosso amor.
Recorramos a Ela, especialmente por nosso país nesse tempo eleitoral que estamos vivendo.

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