MEDITAÇÕES SOBRE A SEQUÊNCIA DE PENTECOSTES XVIII
Meus caros amigos,
Sem o Espírito Santo nada, nem mesmo o homem existiria. Ele é, como recordamos, o "Creator Spiritus" o Espírito Criador. Porém, enquanto todo o criado segue o caminho traçado por Deus, sem por isso ser virtuoso, uma vez que não possui inteligência e vontade; o homem foi criado por Deus como Sua imagem e para ser Sua imagem através da virtude.
Assim, Deus concedeu ao homem a liberdade para escolher entre um bem e outro bem ainda maior. Assim os que se deixam conduzir pelo Espírito Santo usam de sua liberdade, enchendo o coração humano de coisas boas, santas, virtuosas.
No verso de hoje, a Sequência reafirmando a ideia anterior, a reforça dizendo que "nihil est innoxium". Ou seja, sem o Espírito Santo, não apenas é impossível que haja o homem, como mais impossível ainda haverá um homem bom: "nada que seja inocente".
Sem a graça do Espírito Santo, sem a Graça incriada que é o Espírito Santo, nada de inocente reside no homem, e mesmo o que poderia ser bom ou virtuoso é deturpado e se torna fonte de vaidade, mentira, mal.
A liberdade na qual o homem foi criado não é a capacidade da escolha entre o bem ou o nocivo, o mal. Mas, como já dissemos entre um bem e um bem ainda mais perfeito.
Assim o homem que usa da sua liberdade para o mal, é, em certo sentido, menos homem, porque corresponde negativamente ao desígnio de Deus sobre si.
É pelo Espírito Santo que o homem pode ser um receptáculo de graças e virtudes, na medida de seu coração.
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