ESPOSOS

 Meus prezados amigos, vez por outra o Santo Padre surge com um pensamento, quase um neologismo e o repete em vários momentos. Há algum tempo, o Papa falou de "desmasculinizar" a Igreja.

Creio que talvez a minha interpretação sobre essa expressão não coincida plenamente com a ideia do Santo Padre, mas gostaria de partilhar com vocês o que essa expressão me trouxe à mente.

Creio que a Igreja se torna masculinizada quando tem à sua frente homens, não esposos.

O homem é o forte, o que prevalece, o que luta. O esposo é o que faz isso tudo e muito mais. A diferença é que o "homem" faz isso por si mesmo e o "esposo" o faz pela esposa. 

S. Paulo falando sobre o casamento lança sobre o esposo a imagem do Cristo que dá a vida, ou seja do Cristo Crucificado que na manifestação máxima de seu poder, pode e quis morrer para salvar a Igreja.

Nesse sentido, se os que estão à frente da Igreja tem o foco em si e não nela, não são esposos, são apenas homens.

O padre, o bispo em seu celibato não vivem a frustração da solteirice, mas a plena complementaridade conjugal com Igreja. E o primeiro passo é não olhar mais para si mesmo, mas só para ela.

Morrendo diariamente por ela, vertendo até a última gota de sangue por ela. A força masculina é força de entrega na concepção esponsal.

Desmasculinizar a Igreja não é ter clérigos, digamos, delicados, ou clericalizar as mulheres. É ter homens que vençam o maior dos combates, àquele do pleno sacrifício da própria vontade, para o bem da Esposa, da Igreja.

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