PACIÊNCIA

 

Meus prezados amigos,

Quando conversamos com as pessoas nas ruas, as pessoas simples, e perguntamos por seu santo de devoção, ou quando entramos num taxi ou uber de uma pessoa católica, de modo geral, sempre vemos uma representação da Santíssima Virgem e de algum santo, e, pelo menos no que eu pude perceber, a maioria dos santos são santos guerreiros, como S. Jorge, S. Expedito ou S. Sebastião.

Embora, evidentemente esses três santos sejam pessoas diferentes, como que se complementam pela sua iconografia: S. Expedito é aquele que se decide a seguir Cristo agora, já, hodie! Já S. Jorge (embora seja representado de várias maneiras, com cavalo, sem cavalo, com dragão, sem dragão, montado, a pé...), na sua iconografia mostra aquele que vence, o vitorioso, o valoroso cavaleiro em seu ginete que porta a bandeira da vitória. Como que entre os dois há S. Sebastião, amarrado à uma árvore, cravejado de setas, vivo, pacientemente esperando a coroa da glória.

Sabemos que as três imagens não representam o momento exato do martírio dos santos, mesmo S. Sebastião teve seu martírio em dois momentos, por assim dizer, uma vez que uma piedosa mulher chamada Irene foi buscar o corpo do mártir para o sepultar, mas encontrando-o ainda vivo, cuidou dele até que o Santo tendo recuperado suas forças, dirigiu-se até o imperador que cheio de ódio o mandou matar ali mesmo com toda a sorte de golpes.

Mas as três imagens acabam por representar o fiel católico: conversão, paciência, glória.

De modo geral, é a segunda que abarca o maior arco da vida mortal do fiel: paciência.

Paciência para consigo mesmo, para não desistir por causa de suas fraquezas.

Paciência para com o próximo, que muitas vezes é um instrumento de Deus para cinzelar a alma cristã.

E, em certo sentido, paciência para com Deus, quando vemos que nossas orações não são atendidas exatamente do modo como gostaríamos. Muitas vezes nosso olhar se une ao de S. Sebastião renovando aquele porquê do Cristo crucificado... Paciência.

Peçamos ao Senhor essa paciência que, alimentado pelo amor gera perseverança.

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