MÃE

 

Muito se fala, geralmente mal, da submissão que a mulher deve ao seu marido. Assim foi determinado por Deus, através da Lei Natural e confirmado pelas Sagradas Escrituras, particularmente através de S. Paulo. Mas aqui, creio ser importante entender que não se trata de que a mulher seja submissa ao homem, mas da esposa ao seu marido.

É claro que as regras mais básicas da cortesia determinam que todo homem assuma uma posição de deferência e proteção sobre toda mulher, mas não foram poucas na história da Igreja as mulheres que assumiram uma grande influência sobre outras mulheres e sobre os homens, geralmente através de uma palavra: maternidade.

A esposa deve ser submissa ao marido, mas os filhos devem ser à sua mãe.

Por isso que, se a esposa pode encontrar limites no modo de corrigir o seu esposo, de chamar a sua atenção para agir de forma mais virutosa, de questionar as suas decisões etc. A mãe não possui nenhum limite para com o filho.

Também abundam na história da Igreja esposas virtuosas que agiram na conversão de seus maridos, mas creio que são infinitamente maiores os casos de grandes santos que tiveram grandes mães, justamente pelo rigor que, em seu papel materno, lhes cabia ter para com seus filhos.

Some-se a isso, o grande exemplo de obediência, abnegação, espírito de sacrifício, vida de piedade e tantas outras virtudes das quais parece que Deus orna muito mais as mulheres do que os homens.

Sendo inúmeros os casos, citarei apenas três grandes mães de grandes santos:

Branca de Castela, mãe de S. Luís de França que lhe dizia várias vezes preferir que vê-lo morto ou doente do que cometendo um só pecado.

Margarida Ochiena, mãe de S. João Bosco que disse ao seu filho que começar a celebrar a Missa é começar a sofrer e avisou que se ele ficasse rico (na época muitos padres buscavam uma carreira que lhes trazia uma ótima remuneração) nunca mais falaria com ele. E o Santo morreu pobre e endividado por causa das inúmeras despesas que os oratórios para os meninos lhes traziam.

E S. Antusa, mãe do Santo que hoje celebramos, S. João Crisóstomo, de grande beleza, viúva ainda jovem, se dedica unicamente ao cuidado do filho, esmerando-se a que crescesse junto com a idade em santidade e sabedoria, dela exclamou um pagão: "Que belas mulheres há entre os cristãos..."

Se as esposas dedicassem aos filhos a energia que muitas vezes gastam lamentando os defeitos de seus maridos teríamos um mundo cheio de santos.


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