DOMINGO DA SEPTUAGÉSIMA

 

Geralmente quando encontramos pessoas um tanto amargas, tristes, e irritadas com circunstâncias da vida, costumamos dizer que "não tem senso esportivo", e assim é. A Epístola da Missa de hoje colocou-nos todos num estádio, numa corrida onde o prêmio depende de nosso êxito. É preciso termos essa consciência de que não adianta correr durante algum tempo, nem que o fato de termos tido uma queda significa que já estamos de fora.

Correr sempre, sem diminuir o passo. Se cair, levantar. São mandamentos de um maratonista e de um cristão. 

Já no Evangelho, Nosso Senhor contou a parábola dos trabalhadores da vinha chamados em várias horas do dia. Nós somos esses trabalhadores, com uma única diferença: não temos relógio. Não sabemos em que hora estamos, se no amanhecer os nas últimas horas do dia, o Senhor passa e nos chama.

É verdade que diante dos fatos que nos rodeiam somos levados a crer que já estamos nas cinco da tarde, mas o tempo é de Deus e só pertence a Ele, o que importa a nós é que trabalhemos na hora ou nas horas que restam no relógio da vida.

Abre-se hoje o tempo que vai nos conduzir à Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Septuagésima. Talvez essa não seja a nossa primeira, mas não sabemos se não será a última. Hoje o Senhor passa de novo, respondamos com generosidade ao seu chamado, fazendo o que nos compete, como nos compete.

Corramos a passos firmes, rumo ao prêmio no qual está cunhada a face do Rei.


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