TORNOU

 


Na lista dos Apóstolos que o Evangelho de hoje nos traz, há em relação a alguns uma breve explicação, e quando se refere ao último, Judas, S. Lucas diz "aquele que se tornou o traidor". 

Nessa frase, e conhecendo os Santos Evangelhos, particularmente S. João, não é difícil perceber que a traição de Judas não se deu num momento único e preciso. Mas que foi um processo não muito lento, no qual coleciona-se, em resumo, uma série de insatisfações de Judas para com Nosso Senhor.

De fato, há em Judas, e em cada traidor, um "tornar-se". 

O inimigo não trai. Só quem foi amigo, pode tornar-se traidor.

Na última vez que se dirige a Judas, Jesus usará a palavra amigo, essa palavra é uma sentença sobre a cabeça de Judas, é o atestado de sua traição.

Mas nenhuma traição é instantânea, a traição é como um fruto que outrora maduro perde a sua louçania, e por isso se torna velho e podre.

Judas tornou-se traidor.

Que vigilância essa afirmação não impõe que tenhamos sobre nós mesmos! Vigilância particularmente sobre as pequenas imperfeições, curiosidades, pensamentos... que tantas vezes abrem para o outrora amigo, as portas da traição.

Nesse dia da Pátria, peçamos ao Senhor, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, a graça de não O trairmos, e, se formos fiéis a Ele, seremos fiéis à Pátria, ao Brasil Católico, nascido num Santo Sacrifício da Missa, consagrado por Dom Pedro I, quase que como primeiro ato após a Independência, à Nossa Senhora Aparecida! Este Brasil que precisa levantar-se, porque nos tempos atuais não há diferença entre calar e trair.

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