MEDITAÇÕES SOBRE A LADAINHA LAURETANA XXVII

 

RAINHA CONCEBIDA SEM PECADO ORIGINAL

Algumas das invocações finais se referem aos dois últimas dogmas proclamados sobre a Santíssima Virgem Maria, sendo um a consequência lógica do outro.

A Igreja sempre creu que a Santíssima Virgem Maria foi concebida sem pecado, assim falou o Anjo: "Ave, cheia de graça...". também Isabel, cheia do Espírito Santo, a proclama: "bendita entre as mulheres...", e tantas outras citações do Antigo e do Novo Testamento...

Mais ainda as antiquíssimas invocações gregas como: Pan Hagía, Toda Santa, com o seu equivalente latino: Tota pulchra, Toda Bela...

O belo nessa situação é que a Igreja sabia o "quê", mas precisava compreender o "como"....

Esse "como" começa a ser iluminado na Santa Igreja pelo beneditino Santo Anselmo, culminando no franciscano Bem-Aventurado Duns Scottus. Considerando a eternidade de Deus e a possibilidade de que Deus agisse levando em consideração os méritos da futura paixão do Salvador, e aplicando-os à Nossa Senhora, para que n'Ela nunca houvesse qualquer imperfeição, por isso, toda santa, toda bela.

A Igreja canta no dia da Imaculada: "não deixastes rir de mim meus inimigos"... O demônio nunca riu de Maria, nunca encontrou n'Ela nada que fosse obra dele. E isso não apenas no campo dos pecados pessoais, mesmo do pecado original.

Que constantemente recorramos à Santíssima Virgem com essa tão bela invocação descida dos céus para os nossos lábios: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!


Se o salário do pecado é a morte, e mais do que a morte, a destruição do corpo de pecado, não poderia aqu'Ela em quem o pecado nunca encontrou lugar, sofrer essa corrupção. Poderia morrer, para seguir em tudo o Seu Filho, mas não poderia aquele corpo consagrado pela geração e presença do Verbo Humanado perder-se como o corpo dos pecadores.

Se S. Paulo afirma que os fiéis ressuscitarão de acordo com a sua pertença a Cristo, Ela deve ser primícias dos que crêem, primícias da Igreja da qual é Mãe.

Mãe, que vai na frente preparar a casa para os filhos, Mãe que não descansa enquanto todos os filhos estiverem chegados àquela Casa em que Ela já está.

Nossa Senhora, terminado o curso de vida mortal, foi elevada à glória dos céus, obtendo nisso, um corpo glorioso, que não perece, que não se enfraquece que brilha com Cristo para sempre.

Quando olhamos para o céu, lembremos que lá está nossa Mãe, que de lá nos olha, cuida de nós, e nos prepara o caminho para estarmos com Nosso Senhor para sempre.

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