MEDITAÇÕES SOBRE A LADAINHA LAURETANA XXVI

 


RAINHA DAS VIRGENS

Foi o cristianismo quem lançou luzes santificadoras sobre a virgindade.

A virgindade perpétua no judaísmo era considerada uma maldição, a tal ponto que a filha de Jefté pede ao pai para chorar a virgindade antes do sacrifício de sua vida. 

E para as culturas pagãs, de modo geral, a mulher era valorizada por sua sexualidade, a ponto de existirem "prostituas sagradas" que serviam nos templos de certos deuses vinculados à fertilidade da terra ou do homem...

Somente o cristianismo ofereceu ao mundo a virgindade como um valor, como honra, como uma graça. E isso, evidentemente, partindo de Nossa Senhora. É a Virgindade da Santíssima Virgem antes, durante e após o Parto, consagrada pelo Próprio Autor da Vida, que se apresenta como um ideal a ser seguido e imitado. 

Maria-Virgem, Igreja-Virgem. A Igreja, tal como Nossa Senhora, é Virgem e Mãe. E assim as Virgens que ofertaram sua pureza a Nosso Senhor, se tornavam imagens vivas da Igreja, Virgem e Mãe Espiritual de todas as almas, e encontravam em Maria Santíssima, Virgem e Mãe, o modelo de todas as virtudes e sua Puríssima Rainha.

Não deixa de ser significativo que a Igreja sempre una a virgindade às mulheres. Isso, nem de longe é um convite aos homens a não serem virgens e castos, mas é uma supervalorização justíssima da pureza das mulheres que, existindo, leva os homens também à pureza.

Mulheres virgens e que amem sua virgindade, mulheres puras que honram e veneram a virgindade de suas filhas, trazem um ar puro para a sociedade que muitas vezes cheira a lama.


RAINHA DE TODOS OS SANTOS

Se pudéssemos definir o que é um Santo, o que diríamos?

Talvez a definição mais correta é que Santo é aquele que quer o que Deus quer. Os Santos, foram e são isso, inteiramente conformes à vontade de Deus.

E, sobre Nossa Senhora, qual é a vontade de Deus? Que Ela reine.

Assim todos os Santos ao chegarem ao Paraíso, prestam seu culto à Nossa Senhora, a veneram com aquele culto que lhe é próprio e que inclui a sua realeza universal como desígnio explícito da vontade de Deus.

Mas, aos Santos, a realeza de Maria não é apenas uma aceitação da vontade de Deus e uma consequência da justiça, é o seu anseio. Os santos esperaram, prepararam, sonharam com o Reino de Maria. E se não o viram neste mundo, o aguardam desde o céu.

E intercedem por nós, apóstolos dos últimos tempos, para que continuemos a obra deles: Ela deve reinar. O seu reinado precisa estender-se por justiça a todos aqueles que foram salvos pelo Seu Filho, à toda a criação que espera o momento em que prestarão sua homenagem àqu'Ela que é Rainha do Céu e da Terra e tudo o que eles contêm.




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