PASTOR

 

A liturgia de hoje em tudo nos recorda o Bom Pastor.
E Nosso Senhor, ao falar sobre o bom pastor, usa de três imagens: o pastor, o mercenário e o lobo.
O lobo é aquele que mata as ovelhas.
O mercenário é aquele que se serve das ovelhas.
E o pastor é o que serve as ovelhas.
Para o lobo e para o pastor a ovelha tem valor. Já para o mercenário, a ovelha nada vale.
O lobo é o demônio.
O lobo sabe o quanto vale cada ovelha, por isso quer a sua destruição.
O pastor quer a vida de cada ovelha, porque cada ovelha lhe custa a própria vida.
O mercenário, que aparentemente trabalha para o pastor, ao não se importar com as ovelhas, trabalha para o lobo. Ele recebe do pastor, mas entrega ao lobo.

Atualmente se fala muito em pastoral, mas pouco se têm de pastor.
Muito se têm de mercenário.
Mercenário que sequer precisa de lobo para fugir.
Ovelhas abandonadas.

Só é Pastor quem está disposto a morrer pela ovelha. Só é Pastor quem considera uma ovelha tão importante quanto cem. Só é Pastor quem está disposto a sofrer ora por causa da ovelha, ora por causa do lobo.

As ovelhas por vezes ferem o Pastor, o lobo sempre fere o Pastor, o mercenário trai o Pastor.

Mas o Pastor segue, por uma ou por mil, por cada uma é sua própria vida.

Na Santa Igreja o clero deve ser pastor. E não é pastor quem deixa a ovelha escolher entre a ração e o veneno. Entre a doutrina e o erro. Entre o pecado e o vício. Não é pastor quem não fere a ovelha para que ela não seja devorada pelo lobo.

Mas também os esposos precisam pastorear-se uns aos outros. E ambos aos filhos.

Os amigos, os membros de um apostolado, precisam compreender que parte de pastoreio cabe a cada um, especialmente quando sentem a falta dos pastores que se tornaram mercenários.

Mas sempre haverá um Pastor. Sempre haverá ao menos um que em nome de Cristo não temerá o peso de mais uma ovelha, porque a força que o faz carregar não lhe é própria, mas daquele único Pastor, que resolveu dar aquele fraco a sua força.







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