FIEL

 


Para nunca nos esquecermos do que é celebrar a Páscoa, a Santa Igreja nos apresenta ao longo desse tempo o testemunho, ou seja, o martírio de vários de seus Santos. Ontem celebrávamos a festa de S. Jorge, chamado na tradição oriental da Igreja de Megalomartir, o Grande Mártir.
E hoje, talvez um Santo menos conhecido, São Fidélis.
São Fidélis, cujo nome de batismo era Marcos, nasceu em Singmaringen na atual Alemanha. Formou-se advogado e através dessa profissão buscava ajudar os pobres. Mais tarde, renuncia a tudo para tornar-se frade franciscano na Ordem dos Capuchinhos onde recebe o nome de Fidelis, que quer dizer fiel.
Poucas vezes um nome definiu tão bem uma pessoa...
Como frade viveu na Suíça e na Áustria, sendo depois enviado como missionário para combater a heresia protestante que se espalhava como uma peste por aquelas regiões sobretudo por causa do apoio que recebia dos governantes que viam no protestantismo um modo de não terem mais que se submeter ao Imperador e ao Santo Padre.
Sua pregação, porque ensinava a fé católica, única verdadeira, arrebatava multidões e aumentava sempre mais o ódio dos hereges. Em seu último sermão, um tiro de espingarda tentou calá-lo...
Pouco tempo depois, em 24 de abril de 1622 foi morto e completamente triturado pelos hereges que antes lhe propuseram apostatar da fé católica, o que evidentemente não conseguiram.
Fiel.
Fiel que deu sua vida para conquistar fiéis. E derramou seu sangue por se manter fiel.
E nós?
São Fidélis não temeu uma arma terrível, uma espécie de porrete cheio de pontas de grossos pregos com o qual seu corpo foi esquartejado. Nós tememos receber um olhar de desaprovação, ou até mesmo sermos ridicularizados por nossa fé.
Como diz S. Paulo: "Vós ainda não resististes até o sangue!" O Senhor nos ajude a sermos fidelis, ao menos diante dos sorrisos cínicos de quem despreza a Santa Fé.

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