CONDENADO

 

Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva, diz o Espírito Santo. E no Santo Evangelho de hoje Nosso Senhor nos recorda que Deus não enviou seu Filho para condenar, mas para salvar. Porém, quem não crer no Filho de Deus já está condenado.

A condenação é uma palavra que praticamente caiu em desuso.

Não se ensina mais sobre o inferno e consequentemente não se pensa mais nele.

Mas não Nossa Senhora. 

Se muitos que deveriam pregar sobre o inferno acabaram se silenciando, sendo tão úteis quanto um cachorro que não avisa seus donos sobre a presença de invasor, Nossa Senhora na terceira aparição em Fátima, julho de 1917, mostrou o inferno aos pastorinhos.

E o que aconteceu com aquelas crianças? Passaram a rezar mais para que as almas não caíssem mais no inferno, e o quanto puderam durante sua curta (Francisco e Jacinta) ou longa (Lúcia) existência alertaram as pessoas para que não trilhassem o caminho que leva ao inferno.

Ensinou Santa Jacinta que o pecado que mais almas leva ao inferno é o pecado contra a pureza. E no entanto a cada dia mais vemos as pessoas gloriarem-se do que deveriam ter vergonha. Não nos enganemos, muitas almas se perdem todos os dias e por causa da impureza que emporcalha todos os ambientes, muitas vezes por causa de um prazer de poucos segundos, passarão a eternidade no inferno.

E quanto mais pecados, mais condenação. 

Sim, a condenação é proporcional aos pecados cometidos, como a glória no céu é proporcional à graça acolhida.

Por isso devemos rezar em primeiro lugar pela salvação de todos. Nesses tempos de dita pandemia nos preocupamos e rezamos para que todos fiquem bem, mas não rezamos para que tenham a graça da conversão, para que tenham, já que é quase impossível receber os sacramentos, um ato de contrição perfeita, que não morram na inimizade com Deus.

Não nos enganemos, irmãos, agora é que é o tempo da misericórdia, após a nossa morte só nos restará a justiça de Deus.


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