LÁZARO

 

Lázaro foi ressuscitado pelo Senhor. Estava morto há três dias, já cheirava mal. E, como devia ser uma pessoa importante, muitos judeus que tinham ido dar os pêsames às suas irmãs, Marta e Maria, acabaram presenciando o milagre do Senhor.

Lázaro não era Jesus, mas olhar para Lázaro lembrava Jesus. Ele sequer precisava dizer algo, já tinha sido estabelecido um binômio: Lázaro-Jesus.

No Evangelho de hoje, vemos os pontífices decidindo matar também a Lázaro. Não tinham nada contra Lázaro, eles só queriam matar Lázaro porque ele tinha sido ressuscitado por Jesus. Contra Jesus, sim, os pontífices tinham muita coisa contra. Para eles Jesus era uma ameaça; ameaça que devia ser eliminada.

Ora um mundo que odeia Cristo e que gostaria de viver sem Ele poderia gostar dos discípulos d'Ele?

Queridos amigos, se somos amados pelo mundo, é porque ainda não se estabeleceu em nós aquele maravilhoso binômio, eu-Jesus. Se o mundo ao olhar para nós é forçado a pensar em Cristo, então ele nos odiará. Mas se o mundo olha para nós e pensa em piada, diversão e churrasco é porque Cristo até pode estar presente em nossa vida, mas Ele ainda não é a nossa vida.

No início da Igreja os cristãos se consideravam como um grande saco de trigo: quanto mais se bate nesse saco, mais o trigo se espalha... quanto mais eram perseguidos os cristãos mais eles se espalhavam pelo mundo para anunciar o Evangelho. E assim foi com nosso amigo Lázaro e suas irmãs. Lázaro foi ordenado bispo pelos apóstolos e, por desígnio de Deus, foi parar onde hoje é a França e com suas irmãs levou o nome de Jesus.

O saco precisa apanhar, e está apanhando. E o trigo precisa permitir-se sair e levar consigo o nome daqu'Ele que já o ressuscitou dos mortos.


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