MEDITAÇÃO SOBRE A PAIXÃO DO SENHOR XI

 

A liturgia da Santa Igreja, recordando as dores de Nossa Senhora, põe nos lábios dos cristãos um pedido peculiar: poenas mecum divide/ divide as tuas dores comigo.

É salutar que contemplemos as dores da Santíssima Virgem não tanto no desejo de encontrar consolo para as nossas dores, mas sob essa ótica: não ser consolado, mas consolar.

Nenhuma criatura sofreu mais do que Nossa Senhora, alguns santos chegam a atribuir à uma intervenção divina o fato de que Nossa Senhora não morresse com tanto sofrimento, e diante desse sofrimento, o que são os nossos?

É possível que tenhamos grandes sofrimentos, e Nossa Senhora que é nossa Mãe amorosíssima, segura as nossas mãos, como fazem tantas mães quando os filhos são espetados por uma seringa, para que enfrentemos a dor apoiados n'Ela.

Mas as dores d'Ela não podem ser apenas uma recordação piedosa em nossas almas, mas precisam se transformar num tesouro que queremos custodiar em nosso coração.

Ah, se por um só segundo sentíssemos uma parcela pequeníssima das Dores de Maria... O pecado seria banido de nossas vidas, o amor de Deus preencheria nossa alma e nossas ações, seríamos em tudo agradáveis a Deus.

Que nesse sábado quaresmal, digamos com a Santa Liturgia à Nossa Senhora: divide, Mãe, as tuas dores comigo.

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