SUOR

 


Ao expulsar Adão do Paraíso, o Senhor lhe impõe: "Comerás o pão com o suor de seu rosto".
Desse modo, o Senhor significa que se antes a terra era favorável a Adão e a sua subsistência era-lhe facilmente conseguida, agora o pão não seria mais concedido, mas fruto de um trabalho e de um trabalho fatigável.
Essa é a lei imposta aos homens.
Nosso Senhor ao nos ensinar o Pai nosso, não muda a lei do trabalho, mas ao mesmo tempo nos faz compreender que o pão de cada dia nos é dado por Deus. O trabalho do homem e a graça de Deus concorrem juntos para que possa o homem ter o pão cotidiano.
E, valendo para o pão material, tanto mais para o Pão Espiritual.
A Santíssima Eucaristia é realmente o Pão dos Fortes, Pão daqueles que lutam, que suam pela causa de Deus e mais do que isso, por Deus mesmo.
Não se pode lutar pelas causas de Deus se não se luta em primeiro lugar por Deus. E isso custa.
Custa mais lutar para manter a Presença de Deus em nós do que todas as obras de apostolado juntas.
É o Pão comido com o suor...
O suor de manter-se na presença de Deus.
O suor da luta acirrada contra todo o pecado, particularmente o mortal.
O suor da superação também de toda imperfeição.
Suor.
O contrário do suor na vida espiritual é a tibieza. A tibieza medíocre que não retrocede (num primeiro momento), mas também não avança (em momento algum...).
A noiva do Cântico diz que a causa do amor do Rei por Ela era justamente a sua cor morena, a cor de quem trabalhou duramente debaixo do sol. 
Comerás o Pão com o suor do seu rosto...
O menor esforço que fazemos para nos alimentar de Nosso Senhor é ir à Missa. Sem os outros esforços, muitas vezes duros, pouco ou nada poderá fazer em nós o Senhor.


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