JUVENTUDE

Há na Igreja Católica uma "mística do contrário".

Nosso Senhor já nos fala indubitavelmente sobre ela ao referir-se ao "perder a vida para ganhar"; ao "morrer para viver"; "ao maior que é o menor" etc.

E isso não poderia ser diferente na Santa Igreja que brotou de seu lado aberto na Cruz: assim a juventude da Igreja é tão perene quanto ela permaneça distante das mudanças que o tempo provoca no mundo e na sociedade. Todas as tentativas de conformar-se com as mudanças mundanas só provocaram velhice na Igreja. Só marcaram no seu rosto de eterna juventude uma ruga, ou várias.

Quando a Igreja se identifica com o tempo, particularmente com esse tempo, a Igreja começa a parecer velha e obsoleta. Ao contrário, quando ela se põe sobre o tempo, quando ela é atemporal, ela se torna pórtico de eternidade.

Um dos principais pensamentos do mundo moderno é que o valor de alguém está não no que é, mas no que faz. A Santa Igreja proclama o oposto rendendo culto de latria a Cristo Sacramentado que simplesmente está ali. Inerme. Não se move. Adora-se porque é Deus e isso basta.

Assim também a mulher. A mulher não é valorizada na Igreja porque faz algo, o valor da mulher é ser mulher. E autenticamente mulher, exercendo todos os dons maravilhosos que Deus naturalmente concede às mulheres dentro das inúmeras vocações às quais são chamadas. Crer que o valor da mulher consiste em fazer o que fazem os homens é a forma mais imbecil de machismo que poderia haver na Igreja.

A mentalidade revolucionária parte do princípio que toda a diferença é ruim, até mesmo aquelas instituídas por Deus. E essa mentalidade revolucionária está cada vez mais impregnada na Igreja ao ponto de podermos até legitimamente contestar a própria autoridade daqueles que pensam e agem de acordo com essa revolução, ainda que com aparente legalidade.

Já Santa Teresa rezava: "Senhor, ou ponhas um fim nesses males, ou retornes!", nunca uma oração foi tão necessária e atual.


 

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