PROSTITUIÇÃO

 

Ontem recordávamos a controversa figura de Balaão. O Senhor não permite que ele profetize contra Israel, mais ainda, o leva a abençoar o povo eleito, contra o desejo do Rei Amalec. Mas, talvez você se lembre que eu disse que Balaão não era um amigo do Povo de Israel...

Impossibilitado de amaldiçoar o povo - sendo profeta por profissão - Balaão descobre um modo de enfraquecer o povo eleito: a dupla prostituição. Ele introduz belas mulheres estrangeiras no meio do povo de Israel que seduzem os homens e os convidam não apenas à volúpia carnal, mas a sacrificarem aos deuses delas.

Uma dupla prostituição: o marido que trai a sua família e o homem que trai o seu Deus.

E Deus não deixa impune esse pecado.

Lembrando disso, lembrei-me de um bispo. Um velho bispo... atualmente um morto bispo. Mas que sendo Redentorista de antiga cepa sabia usar muito bem as palavras para que elas produzissem um efeito de conversão nos corações dos que o ouviam, ainda que, num primeiro momento, fossem palavras chocantes e, para alguns, exageradas. 

Esse bispo chamava a TV de prostituta.

E a sua condescendência com essa aparelho era mais severa ainda quando se tratava de almas consagradas. Para ele era uma prostituição que padres, seminaristas, religiosos e religiosas, perdessem tempo diante da TV. A TV para eles era como aquelas mulheres estrangeiras no acampamento de Israel: incitavam prazeres (curiosidades, vistas... e naquele tempo não se tinha a imoralidade que temos hoje na TV) e roubava o tempo de Deus e das almas. 

Esse bispo falava especialmente de um padre que foi encontrado morto diante de uma TV ligada. Assim dizia o Bispo: "E os seus olhos, já sem vida, vidrados, olhando direto para ela: para a meretriz, para a prostituta. Perdeu a vida, olhando para ela. Direto para ela."

Queridos amigos, hoje não apenas a TV, mais perigoso talvez seja o celular. Porque a TV pelo menos congregava as pessoas em torno dela - ainda que não falassem nada, mas estavam ali. Os celulares, com suas redes sociais, seus fones de ouvido, tem feito muitos cristãos prostituírem-se não só no sentido mais imediato do termo, mas criando dependência e criando demências.

Roubando um tempo de Deus, da família, do trabalho... do céu.

Que nada nem ninguém roube o que é de Deus, e só de Deus.


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