PRESENÇA

 

Celebrando o tempo do Advento muitas vezes nossas atenções são voltadas para o Cristo que vêm. E julgamos ter um tempo para nos prepararmos para receber o Senhor. Todavia, a palavra advento não significa preparação, mas chegada.

O advento não é tanto um tempo de preparação para uma vinda futura ou passada do Senhor, mas é o tempo em que necessitamos considerar a presença do Senhor. Uma presença presente de muitos modos. Primeiro a sua presença em nossas almas. Se estamos na graça de Deus, Deus habita em nós, essa presença, semelhante à de Rei em seu palácio. Não é uma presença avassaladora, mas gentil e discreta, que nunca será plenamente entendida por nós.

Se cultivamos a presença do Senhor em nossas almas, esse mesmo cultivo nos impulsiona aos outros modos que Ele mesmo instituiu de continuar presente em nós, particularmente a Divina Eucaristia e os necessitados.

Já recordavam os Santos Padres que a mesma boca que disse: "Isto é o meu corpo" também afirmou "foi a mim que o fizestes". Nunca é autêntica a devoção ao Cristo pobre do altar que não conduz ao Cristo pobre no pobre.

Essa devoção ao Cristo pobre no pobre é muito mais que caridade. É verdadeira adoração. Tal como um São Camilo que chegava a literalmente confundir o Cristo com os pobres ao ponto de rezar diante deles, ou a um S. Vicente que afirmava que a oração que se interrompe para atender a um pobre, não é interrompida.

Queridos amigos, como têm sido nossa espiritualidade em relação aos pobres? Creio que a maioria dos que estão lendo não são exatamente milionários, mas certamente há alguém mais pobre que espera de nós algo que o leve a dizer: Graças a Deus.

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