NOVO

 

Não gosto muito de novidades. 

Dizem que sou tão "resistente" à novidades que, se estivesse, ao meu alcance, colocaria a missa não em latim, mas em grego, porque o latim foi uma novidade do século VI...

Acho exagero. Por exemplo, não odeio o ano novo.

Mas durante bastante tempo, julguei o ano novo uma espécie de histeria coletiva e uma espécie de carnaval fora de época. No qual as pessoas faziam promessas, manifestavam desejos, queriam coisas novas, porém, sem mudar suas atitudes e, é claro, não podemos esperar algo novo se continuamos fazendo as mesmas coisas...

Nessa perspectiva, não considero o ano novo tão desesperadamente simpático como a maior parte das pessoas. Mas não nego que é positivo termos "momentos de inauguração" em nossa vida. E o ano novo pode ser vivido nesse viéis. Ou seja, uma espécie de "vamos de novo!".

Agora, nesse "vamos de novo" necessitamos reconhecer "um novo" para o qual devemos tender. Não bastaria um "serei melhor", se isso não se traduzir em pontos bem concretos. Estudarei mais, rezarei mais, levantarei na hora, darei tantos por cento do meu salário aos pobres todos os meses, não vou mais a tal lugar...

Assim, o ano novo, o início de um namoro, o casamento, uma consagração religiosa, o nascimento de um filho, são momentos em que Deus nos convida a essa novidade. S. Paulo não teme ser redundante ao nos aconselhar a vivermos na novidade da vida nova.

Queridos amigos, desejo a todos, com as bênçãos de Nossa Senhora um ano novo cheio de paz e repleto das bênçãos de Deus.

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