ANO

 


O Papa Francisco convocou um ano em honra de S. José, recordando os 150 anos da proclamação que o Bem-aventurado Pio IX fez do Santo Patriarca como Patrono da Santa Igreja. Genuflexos aos pés do Santo Padre Francisco, Sucessor de Pedro, acolhemos essa sua iniciativa e de coração e alma nos dedicaremos a ela.

Alguns dias depois o Santo Padre também proclamou o Ano Familia Amoris Laetitia. Em relação a este último, por causa de nossa mesma obediência mais rendida ao Papado, não podemos senão implorar a Deus que seja um ano em que se corrijam os erros que estão na órbita do documento homônimo e que grande mal faz aos fiéis.

O mal que esse documento traz - pedindo a Deus a graça de esquecer o Instrumentum Laboris - está compendiado em 5 questões já apresentadas ao Santo Padre respeitosamente e na forma absoluta comum, ordinária e normal que se faz nessas situações que são as chamadas "dubia", ou seja, o pedido de esclarecer - reafirmando a doutrina de sempre da Igreja - pontos em que um pronunciamento possa ser considerado heterodoxo.

Eis as questões do ponto de vista correto:
a) quem, tendo contraído validamente o sacramento do matrimônio, se houver a separação do casal (exceto em caso de morte) e se unir a outra pessoa vivendo como marido e mulher não pode receber a Santa Comunhão nem pode confessar-se.
b) existem ensinamentos perenes da Igreja.
c) quem desobedece em matéria grave um mandamento da Lei de Deus, livremente e com conhecimento, está em pecado mortal.
d) ainda que a pessoa julgue ou tenha "boa intenção", se desobedece um mandamento de Lei de Deus,  nas condições anteriores, está em pecado mortal.
e) que a consciência não pode legitimizar a transgressão de um mandamento, com a ideia de que "é o que se pode fazer agora".

O dito documento em alguns momentos contradiz diretamente esses princípios básicos da doutrina moral católica e que foram claramente expostos pelos documentos e pontífices anteriores.
A devoção católica verdadeira é ao Papado, e ao Papa por consequência. Tal como o respeito a um marechal é consequência do respeito que temos ao exército.

Se Amoris Laetitia contradiz o magistério anterior, então o dito documento acaba por retirar de si mesmo todo o apoio que poderia ter. Um documento do magistério só tem valor quando reafirma o magistério anterior, se contradiz, deve ser rejeitado.

A não reafirmação do magistério perene da Santa Igreja causa dois grandes males a perplexidade e a imoralidade. Os bons católicos ficam perplexos com a heterodoxia de um documento assinado por um Papa. Os católicos médios ficam perdidos. E os maus ou frios em sua fé seguirão os ensinamentos que lhes são mais apetecíveis, mais ajustáveis aos seus vícios que não deixaram de ser vícios e pecados.

O Papa é o Vigário de Cristo, ou seja, o seu representante. A sua autoridade na Igreja não é absoluta, mas está sob o Senhor. As ovelhas, deixou o Senhor bem claro a S. Pedro, são d'Ele. Pedro as apascenta em nome dele: oves meas, agnos meos: "minhas ovelhas, meus cordeiros". 

Se Deus em sua Lei estabelece um Mandamento, ninguém está acima de Deus para mudar.

São José, Patrono da Santa Igreja, nosso Papa Francisco começou seu ministério exatamente no dia em que a Igreja se alegra com a vossa Solenidade. Olhai, Santíssimo Patriarca, pela Igreja que vos foi consagrada! Olhai pelo nosso Papa! Iluminai-o! Fazei que ele seja bem firme na fé e na caridade, sem as quais não há jamais ternura e misericórdia.
São José, salvai a Igreja da apostasia. Dai coragem aos Bispos, santificai os sacerdotes! Fazei com que se levantem valentes novos cruzados entre os fiéis leigos! São José, rogai por nós!



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