ADORARAM


 A primeira leitura de hoje nos apresenta o oferecimento que Ana faz de seu filho, Samuel ao Templo. A leitura conclui-se com a frase: "Eles adoraram ao Senhor". A mentalidade israelita é sempre muito prática. Seu próprio vocabulário não possui muitas expressões abstratas. Tudo é muito prático, concreto.

O próprio ideal da adoração não possui o mesmo sentido que geralmente há para nós. Para nós, a adoração, conquanto possua algo de expressão corporal, como estar de joelhos, nem sempre está acompanhada da ideal da oblação, da oferta, da entrega.

Não se vai ao Senhor de mãos vazias.

A adoração é sempre oblação.

A Santa Missa, ato latrêutico por excelência, assim o é por ser nada menos que a própria entrega do Filho ao Eterno Padre.

Para nós a adoração muitas vezes é um ato: "vou fazer minha adoração" e ficamos um tempo diante do Santíssimo Sacramento. E Amém.

Mas o que ficou ali? O que foi entregue? E entregue no quilate de uma mãe que oferece o filho.

E adoraram. Assim também o Evangelho se refere à atitude conjunta dos reis que dão seus presentes.

Não se vai a Deus de mãos vazias.

Por vezes a grande oferta que podemos e devemos fazer a Deus são aqueles pecados que "amamos odiar". Que de dia dizemos que os odiamos e à noite se tornam nossos mais íntimos confidentes.

Virtudes ou pecados. Filhos. Trabalhos. Sofrimentos e alegrias.

Não se vai a Deus de mãos vazias.

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