VER


No Santo Evangelho de hoje Nosso Senhor refere-se à alegria que deveria estar no coração dos discípulos por verem e ouvirem o que tantos santos e justos desejaram ver e ouvir, mas não viram nem ouviram. Por outro lado, nem todos tinham essa compreensão, ao contrário.
Muitos dos contemporâneos do Senhor não quiseram nem ver nem ouvi-l'O, fechando seus corações. Aqui aplica-se de forma tão acertada o ditado de que o pior cego é o que não quer ver. Não quiseram ver o Senhor. Não quiseram aceita-l'O nem a Salvação que oferecia a mãos cheias.
Fecharam-se em sua cegueira, e, não podendo negar o poder do Senhor, preferiam atribuí-lo a satanás.
Queridos amigos, o Arcebispo Fulton Sheen, comentando a Natividade de Nosso Senhor, ensina que só dois tipos de pessoas foram capazes de reconhecer a chegada de Jesus: os que nada sabiam, e os que sabiam que não sabiam tudo. Assim também hoje, quem supõe tudo saber, nada de Cristo encontrará porque a "posse d'Ele" será sempre "dos pobres e pequeninos" que é muito mais uma condição de alma que social.
Assim, meus irmãos, precisamos cultivar essa pobreza e pequenez que consiste em buscar o Senhor como nosso único tesouro e nosso maior amor.
Nessa quinta-feira, dia em que recordamos mais especialmente o Santíssimo Sacramento, precisamos buscar ainda mais sermos familiares desse Deus que se faz tão pequeno, tão pobre nesse Sacramento. E amá-lo por todos os que, desde o princípio, se julgavam tão grandes que desprezaram a simplicidade e humildade de Nosso Senhor.

Comentários