JOIO

Imagem de Nosso Senhor da Paciência
Quando ouvimos a Parábola do Joio e do Trigo, o Senhor chama a atenção para a pressa dos ceifeiros que querem logo separar o joio do trigo, mas o dono do campo não os permite, a não ser depois que ambos cresçam. Para que ao arrancar o joio não acabem por arrancar o trigo.
Diante disso, muitos podemos pensar que os dois sejam semelhantes, mas na verdade não é esse o caso, até mesmo porque se assim o fosse, o risco de arrancar o trigo continuaria.
Porém, a pressa dos ceifeiros não era sem propósito porque, na verdade, o joio que não é tão semelhante ao trigo,  favorece a reprodução de pragas que podem fazer mal ao trigo.
O crescer juntos não é algo pacífico, mas o trigo necessitará ter "paciência" para sofrer os males que o joio lhe traz.
É desse modo, queridos amigos, que chama-nos ao Senhor à paciência.
Não há paciência sem um mal que nos aflija. E, na maior parte das vezes, esses males nos vêm dos outros que, sem querer ou de propósito - não importa - nos causam mal.
A paciência nos leva a padecer os males sem perder a paz na alma que brota da confiança em Deus e pela certeza de nossa filiação divina.
Paciência não é tanto saber esperar, mas saber sofrer.
A devoção popular trouxe-nos a invocação de Nosso Senhor da Paciência, que é o Cristo em meio a seus tormentos, mas com uma expressão de absoluta confiança no Pai Celeste.
Queridos amigos, não aprendemos a paciência a não ser na cartilha da cruz.
Que o Senhor da Paciência nos ensine a suportar os males que recebemos dos outros, com aquela disposição de perdoar e de confiança no Pai Eterno, sabendo que a paciência nos garante a união com Cristo nesta vida e na outra.


Comentários