GRANDE

Constantemente no Santo Evangelho Nosso Senhor refere-se ao Reino de Deus.
Esse reino pode ser compreendido de três modos: o próprio Cristo, a sua Igreja, a sua presença em nossas almas. Assim em cada parábola nós podemos compreender qual ou quais significados tem o Reino de Deus.
Nas parábolas que o Senhor nos dirige no Evangelho de hoje, podemos compreender de modo inequívoco a Santa Igreja que começa pequena como uma semente, ou como as medidas de fermento, mas que se estende por todo o mundo, que cresce até que todos possam abrigar-se nela.
Mas também, como num exame de consciência, precisamos nos perguntar diante do Senhor, qual tem sido o tamanho de nossas almas, de nossos corações.
Diante do amor de Deus sem limites e de sua Igreja Católica, por isso mesmo sem delimitações, os fiéis não podem estreitar seus corações. Ao contrário, cada um de nós deve poder afirmar com o Salmista: "Tu dilataste o meu coração!".
Um coração grande que, imagem viva da Igreja à qual pertence, se torna uma árvore frondosa onde todos os tipos de pássaros encontram nela um lugar.
Sempre nos sentiremos mais inclinados a buscar os que nos são mais simpáticos. Mas o Senhor nos pede esse coração grande capaz de abrigar simpáticos e antipáticos, pequenos e grandes, santos e pecadores.
Se o nosso coração for como o do Senhor, a acolhida aos pecadores não será jamais uma desculpa para que continuem em seus pecados, mas será o primeiro passo para favorecer-lhes aquela conversão de que todos necessitamos.
Coração grande!
Um coração grande que naturalmente pense grande.
Como ofende ao Senhor a nossa falta de visão sobrenatural, o nosso contentar-se com meia dúzias de almas quando o Senhor entregou-nos o mundo inteiro para co-redimir com Ele!
De cem almas devem interessar-nos as cem! Porque por todas verteu o Senhor o Seu preciosíssimo Sangue!
Coração grande!
Peçamos a Nossa Senhora, cujo Coração dilatou-se ao ponto de confundir-se com o do próprio Jesus, que tenhamos também esse coração grande no qual todos encontrem abrigo.

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