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Queridos amigos, celebramos hoje o dia de nosso amadíssimo Santo Antônio.
Todos sabemos que o grande santo "italiano" na verdade é português, nascido com o nome de Fernando de Bulhões. Sentindo o chamado divino, Fernando ingressa no Convento Agostiniano de Lisboa, sua cidade natal. Talvez pela constante presença de parentes e amigos que lhe impediam dedicar-se à oração e ao estudo como desejava, pediu transferência para Coimbra, para o convento de Santa Cruz. Nessa época, chegavam a Portugal os primeiros franciscanos que se instalaram próximo do convento onde estava Fernando, em Santo Antonio dos Olivais. O conventinho franciscano era dedicado ao grande padre do deserto chamado Antonio, ou Antão.
Pouco depois cinco frades enviados como missionários ao Marrocos: Vital, Berardo e Otão que eram sacerdotes, Pedro que era diácono, Acúrsio e Adjuto que eram leigos.
No caminho passam por Coimbra e conversam bastante com Fernando sobre o desejo de levar o Evangelho de Cristo para os que seguiam Maomé, ainda que soubessem que poderiam ser mártires.
E foram.
Pouco tempo depois, já em Marrocos, foram presos e mortos pessoalmente pelo Sultão.
Através de trâmites diplomáticos, conseguiram que as sagradas relíquias fossem enviadas de volta a Potrtugal e ficaram exatamente no convento de Fernando.
Contemplando a urna com os sacros despojos, Fernando decide tornar-se franciscano com a condição de ser mandado para o Marrocos. E para marcar o início de uma nova vida, muda o seu nome, tomando o nome do padroeiro do convento: Antonio. Corria o ano de 1220.
Pouco tempo depois finalmente é mandado para o Marrocos onde vai com a absoluta intenção de ser mártir.
Mas Deus dispôs de outro modo.
Ao pisar no Marrocos o Santo adoece gravemente, sendo necessário seu retorno.
O navio que o devia levar de volta a Portugal foi surpreendido por uma tempestade que o levou a naufragar na costa da Sicília. Depois de um tempo de convalescença, segue para o convento franciscano mais próximo, mas S. Francisco havia convocado um capítulo e todos seguem para a Porciúncula em Assis.
Ao final do Capítulo, Francisco envia os frades dois a dois em missão. Porém, talvez pela aparência enfraquecida devido à doença em Marrocos e ao naufrágio na Sicília acabou ficando solitário. Desse modo, como era sacerdote, foi enviado ao eremitério de Monte Paolo.
Em Forlí, diante da ausência do pregador oficial, caiu sobre Frei Antônio a responsabilidade de pregar numa grande solenidade. A pregação que esperava-se um fracasso, foi inestimável e descobriu-se assim o grande pregador que extirparia as heresias e os maus costumes graças às palavras certeiras como flechas que saíam de sua boca.
Caros amigos, peçamos ao Senhor que nos dê a coragem de dizer e, mais ainda de viver, o que o Santo Doutor ensinou vivendo e dizendo.

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