AUXÍLIO

Olá! Quanto tempo...
Você já precisou de ajuda?
Claro, todos nós estamos precisando, ou já precisamos, ou vamos precisar.
Mas, quando você precisou de ajuda, você estava como?
Geralmente não precisamos de ajuda nos bons momentos. 
Precisamos de ajuda quando estamos em dificuldades.
E todos nós passamos por dificuldades. Dificuldades pessoais, familiares... e também a Igreja passa por dificuldades. Uma delas foi a Batalha de Lepanto, quando uma frota católica bem menor foi defender a Europa do avanço do Islã que tinha muito mais recursos bélicos e soldados. O Papa S. Pio V, ordenou que toda a cristandade rezasse o terço e invocasse Nossa Senhora como Auxílio dos Cristãos. E ordenou aos soldados o jejum e os sacramentos, para o quê em cada navio estava um sacerdote.
E a frota católica venceu. Era o dia 07 de outubro de 1571, que passou a ser o dia de Nossa Senhora do Rosário.
Auxílio dos Cristãos.
Se Nossa Senhora é o nosso Auxílio, é porque nem sempre as coisas são fáceis; aliás muitas vezes são difíceis, sem contar as impossíveis.
E nesse momento, a nossa pequena frota interior precisa pedir esse Auxílio.
E Ela nos auxiliará.
Umas vezes como fez em Lepanto, dando-nos a vitória.
Outras, estando ao nosso lado, como Mãe que é, para nos consolar e para nos fazer compreender.
Compreender que sempre vencemos, se estamos com Deus.
Vencemos ainda que pareçamos derrotados. A grande vitória de uma alma é possuir a Deus, e os momentos de sofrimento, nesse sentido, se tornam os mais fáceis de vencermos, porque encontramos a Deus mais facilmente, especialmente com o auxílio da Virgem.
Nos sucessos, temos a tentação de apoiar-nos em nós mesmos, de considerarmos mérito nosso e de nossas estratégias. Quando tudo dá errado, somos naturalmente levados a Deus, geralmente para reclamar, e será nesse momento que o auxílio da Virgem poderá nos mostrar que a nossa vitória não é sermos invictos, mas estarmos unidos a Deus.
A invocação de Nossa Senhora Auxiliadora foi muito amada por S. João Bosco que a Ela recorria nas dificuldades, ou seja durante toda a sua vida. Dom Bosco queria ser padre, seu irmão mais velho (uma vez que o pai já tinha morrido) era contra; com muito custo descobre um padre que o acolhe para prepará-lo para o Seminário, pouco depois o padre morre; como padre viveu endividado para poder dar aos meninos pobres um lar de verdade e ensinar-lhes um ofício; foi considerado louco pelos outros padres; conseguiu a amizade do Papa, mas era perseguido pelo seu próprio Bispo; sem qualquer recurso fundou duas congregações religiosas; cheio de dívidas construiu duas basílicas: uma para Nossa Senhora Auxiliadora e outra para o Sagrado Coração de Jesus; no fim de sua vida, quando eram abundantes os milagres que fazia, atribuía-os todos à Virgem Auxiliadora. Concluiu seus dias dizendo: "Foi Ela quem tudo fez..."
Dom Bosco morreu doente e cheio de dívidas, mas nunca duvidou da presença de Nosso Senhor e Nossa Senhora junto dele. O auxílio de Nossa Senhora não foi pagar as suas dívidas, mas não permitir que as suas dívidas se tornassem dúvidas e o impedissem  de ir adiante com a graça de Deus.
Para concluir, voltemos nosso pensamento à S. João Paulo II. Em maio de 1997, depois de várias semanas internado, o Papa disse à multidão que estava na Praça de S. Pedro: "Eu quero agradecer à Nossa Senhora pelo dom do sofrimento... Assim agora eu compreendo. Não bastam todas as iniciativas... é preciso também sofrer, o Papa deve sofrer, e eu agradeço à Maria por esse dom."
Palavras improvisadas. O Papa deixara já o discurso escrito e falava que anos antes num mês de maio foi marcado pelo sofrimento por causa do atentado, e agora, novamente em maio, o sofrimento viera marcar-lhe. Mas que nas duas ocasiões, ambas no mês de Maria, ele pode compreender que o sofrimento era um dom, que era uma ocasião de renovar o seu "Totus tuus" e que Nossa Senhora era a sua companhia em meio às dores.
Queridos amigos, nem sempre vem a vitória. Mas sempre vem a Mãe. Assim compreendeu João Paulo II. E o sofrimento com o Auxílio da Mãe é mais doce do que a vitória sem Ela.
Bonito, não?
Mas... você realmente acredita nisso?

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