MISERICÓRDIA


Na primeira leitura da Missa de hoje, Suzana, mulher justa, alvo de mentiras é salva da morte com que os velhos juízes, seduzidos pela sua beleza e frustrados pelo seu não, queriam lhe castigar.
Já no Evangelho, a mulher adúltera, culpada, realmente pega em flagrante, é salva da morte que os velhos mestres da lei queriam lhe dar, a não ser que, Jesus indo contra a Lei de Moisés, tentasse salvá-la.
A intenção dos velhos do Antigo Testamento eram satisfazer seus prazeres com Suzana, e dos Mestres da Lei era colocar Nosso Senhor em oposição à Lei que fundamentava o povo da Aliança.
Ninguém queria justiça.
Por isso ninguém tinha misericórdia.
Quando se quer realmente a justiça, ao mesmo tempo, nasce a misericórdia.
Mas Jesus quer justiça, e por isso distribuiu misericórdia.
Não era só o adultério que era condenado com a morte. Aliás ninguém adultera sozinho, e o cúmplice da mulher não aparece em momento algum. Também a blasfêmia, a mentira, o endurecimento do coração, não eram pecados leves.
A misericórdia de Jesus não consistiu em tirar o pecado da mulher, mas em lembrar os pecados dos acusadores.
E se o mal não condena, o bem vai condenar?
"Nem eu te condeno, vai e não peques mais!"
Queridos amigos, peçamos a Nosso Senhor a graça de sermos objetos de sua misericórdia e também instrumentos dela para os nossos irmãos.

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