PEDRO

No Santo Evangelho ouvimos, na versão de Marcos, a profissão de fé do Apóstolo Pedro. Num primeiro momento pode parecer-nos estranho que não haja nenhuma fala de Jesus após a proclamação de Pedro. Mas que apareça o Senhor reprovando o Apóstolo, chegando ao ponto de chamá-lo de Satanás.
Como já dissemos outras vezes, Marcos era filho de uma das mulheres que acompanhavam o Senhor na sua Missão, e provavelmente tinha uma propriedade no Horto das Oliveiras, o que explicaria o fato de termos ali (e só Marcos o menciona) um jovem que não era do grupo apostólico e que foge nu, quando o Senhor é preso. Talvez estivesse ali para abrir a propriedade...
Marcos então conheceu o Senhor, mas talvez não o suficiente para escrever o Evangelho. Tendo sido rejeitado por Paulo por causa de seus medos, é acolhido por Pedro e com ele vai para Roma. É ali que nasce o Evangelho de Marcos.
Marcos no seu Evangelho transcreve a pregação oral de Pedro, ouvida na Cidade Eterna, e preocupa-se, por causa da sensibilidade dos Romanos, em transcrever muitos milagres do Senhor, para convencê-los de seu poder divino.
Ao tratar sobre o primado, Marcos apenas fala da profissão de Pedro, omitindo a importância de Pedro para a Igreja, certamente pela humildade do Apóstolo. Mas, na mesma linha, mostra a reprovação do Senhor ao modo de pensar de Pedro.
Prezados amigos, a barca da Igreja está ancorada junto ao Senhor através de uma corrente de três elos: Eucaristia, Maria Santíssima e o Papa. Quando vemos a história da Igreja, percebemos que esse último é o mais frágil dos elos. Mas, é pelo elo mais fraco que se descobre o valor de uma corrente!
Na Igreja sempre estará visível a rocha de Pedro, que nem sempre será rocha firme. Às vezes será pedra de tropeço. Mas está ali. Lembrando-nos a grandeza do Papado, ainda que nem sempre os homens que ocupem esse lugar sejam igualmente grandes. Quanto mais fraco for esse elo, tanto mais preciosa se torna esse corrente que jamais arrebentará.


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