HUMANIDADE

São Brás, cuja memória hoje celebramos era um Bispo do Oriente.
A liturgia oriental da Igreja, talvez mais do que a do Ocidente, a nossa, têm um grande apreço pelos símbolos, e considerando que são várias liturgias, tanto mais riqueza de símbolos encontramos. Por exemplo, junto do altar (que fica oculto atrás de uma parede de ícones) fica um pequeno fogão para ferver água.
Quando o sacerdote mistura ao vinho a água é essa água fervente que usa, uma vez que o que recebemos na comunhão não é o sangue frio de um morto, mas o Sangue quente, vivo do Ressuscitado. E assim tantas tradições, tantas liturgias, tantos símbolos.
Nós temos o costume de geralmente usar sempre um número par de velas, lembrando os dois Testamentos que iluminam a Igreja com a Palavra de Deus. Já os orientais usam muitas velas, mas há cinco principais.
Essas cinco dividem-se em dois castiçais, três num e duas noutro.
As três velas trançadas entre si no primeiro castiçal lembram o dogma da Santíssima Trindade; e o das duas velas lembra o dogma da união hipostática, ou seja, que em na Única Pessoa do Verbo Encarnado, unem-se perfeitamente duas naturezas, uma divina, co-eterna ao Pai e ao Espírito Santo e a humana que recebe no seio da Virgem Maria.
Conta-se que certa vez, uma senhora trouxe seu filho agonizante, entalado com uma espinha de peixe.
O Bispo sem ter o que fazer, pega as duas velas cruzadas que lembram a Pessoa de Jesus Cristo e toca a garganta da criança que, em seguida, cospe a espinha.
Quem salvou a criança?
O Bispo Brás.
Mas como?
Lembrando-se daqu'Ele que assumiu tudo nosso, inclusive nossas dores, especialmente nossas dores, para dar à elas um valor de salvação.
Queridos amigos, Jesus Cristo é Deus, mas como ele sabe que nós gostaríamos muito de ser deuses, Ele se fez homem, para nos olhar olhos nos olhos. E a única vez que nos olhou de cima, foi para dar sua vida por nós.
Foi invocando a cruz e a Santíssima Humanidade de Cristo que S. Brás curou aquela criança e a tantos outros. Que ele nos cure também. Cure nossas gargantas e qualquer outra doença que tenhamos, especialmente aquela do pecado.

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