IGUAIS

Bem-aventurado Pe. Donizette, exemplo de sacerdote brasileiro
Na primeira leitura da Missa de hoje nós vimos como o povo exige de Samuel que dê a eles um rei.
Samuel tenta explicar ao povo que ter um rei, traria muitos prejuízos ao povo, servidão, tributos, etc...
Mas o povo quer um rei.
Deus diz a Samuel que faça a vontade do povo, porque não era Samuel que estava sendo rejeitado, mas Deus mesmo.
Mas qual era a motivação do povo em pedir um rei?
Ser como todo mundo.
O povo age como criança: "todo mundo tem um rei, todos os povos tem rei, nós queremos também!"
Mas não era Deus o Rei de Israel? Claro!
Deus não cuidava do seu povo? Certamente!
Mas o povo quer ser como todo mundo, ter um rei, não como Deus, mas um homem, como os outros povos.
Essa é a tentação que a Igreja se confrontará até o fim dos seus dias: ser igual a todo mundo.
Quando a Igreja se torna igual a tudo que há no mundo, ela se descobre desnecessária.
Quando a Igreja se põe a seguir modas que se sucedem umas às outras, perde a sua identidade e no final das contas já não se sabe mais o que é sagrado e o que não é.
O padre que se veste diferente, os cantos da missa que deveriam ser diferentes, a arte litúrgica que deveria ser diferente... servem para apontar a Igreja como esse sal que precisa ser distinto do resto da massa, para poder dar sabor à massa.
Queridos amigos, não estamos iguais demais? Falando as mesmas besteiras, servindo-se das mesmas imoralidades, dando atenção aos mesmos programas? A cruz que carregamos no peito nos identifica como discípulos do Deus crucificado ou é só um pingente decorativo?
Ser estranho não é uma coisa boa, mas ser igual demais nos torna dispensáveis.

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