POUCOS

Celebrar a festa de S. Ambrósio, é ter saudade de um tempo que não vivemos.
Já no Evangelho Nosso Senhor fala de poucos operários em sua vinha.
Poucos, especialmente quando pensamos em Ambrósio.
Ao pensar em Ambrósio sentimos uma saudade que chega a doer.
De um tempo em que a glória de Deus era o único anelo da Igreja, dos Bispos da Igreja.
Ambrósio que fecha a porta do templo impedindo a entrada de Teodósio. Do mesmo Teodósio que fizera do cristianismo a religião do Império Romano. Teodósio que ordenara um massacre em Tessalônica, vai solenemente à Eucaristia presidida por Ambrósio. Ao ver a comitiva do Imperador, o Bispo vai à porta do Templo não para saudá-lo, não para honrá-lo, não para ter um diálogo que não leva a nada. Vai à porta e a fecha e impedindo a entrada de César, ordena-lhe penitência pública.
O que faz o Teodósio?
Obedece.
Veste-se de saco, cobre-se de cinza e fica na escadaria da Igreja, implorando ao fiéis que rogassem a Deus que perdoasse seus pecados.
Que saudades!
Que saudades de quando o primeiro diálogo e mais importante era aquele com Deus na oração.
Que saudades de quando a humildade verdadeira levava a colocar todo o prestígio em risco pela honra de Deus.
Que saudades de quando se falava menos e se era mais.
Senhor, dai-nos Ambrósios!

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