JÁ PENSANDO NA NOITE DE NATAL...


"No contexto da liturgia, esse introito é como a primeira palavra do Menino-Deus, a palavra pela qual Ele nos diz através da voz da Igreja quem Ele é e de onde Ele vem. Mas a esse testemunho de seu nascimento eterno se acrescenta um outro. No momento em que Ele vem ao mundo, em Belém, Cristo é verdadeiramente gerado: ele nasce do Espírito Santo e da Virgem Maria. O Ego Hodie [‘Eu hoje’] se compreende aqui, portanto, também quanto à Sua geração carnal, obra igualmente de Deus, e a palavra hodie, mantendo todo seu sentido de eternidade, indica o dia preciso em que tal obra se realiza. Por outro lado, Cristo jamais esteve sem seus membros. Gerando o Verbo em seu pensamento único e eterno, o Pai, no mesmo ato, O predestina a ser a Cabeça e o Salvador de toda a humanidade e Lhe dá todos os homens de boa vontade. Assim, nEle, desde toda a eternidade, nós fomos todos pensados, gerados espiritualmente pelo Pai. Quando Ele veio à Terra, ele nos trazia então todos em seu pensamento e no seu amor, de forma que, não obstante espiritualmente, nós também viemos ao mundo realmente, nEle, na noite de Natal: também nós nascidos de Deus, filhos de Deus por predestinação.
Enfim, essa participação na vida de Deus, esse novo nascimento, tornado efetivo no dia de nosso batismo, continua por todo o tempo de nossa vida e se torna mais pleno com cada graça que nós recebemos. Cristo, vindo ao mundo, nos trouxe precisamente essa graça de vida. A liturgia do Natal no-la oferece de novo. Se nós a recebermos, nossa geração divina prossegue. Nós nos tornamos um pouco mais filhos do Pai, e o trecho Hodie genui te toma, para nós, mais que os outros dois, um sentido pessoal e atual. ‘Eu hoje te gerei’.
Quando a Igreja, na noite de Natal, canta essa palavra misteriosa, ela é então primeiramente a voz do Menino-Deus que declara ao mundo sua geração eterna e sua geração carnal; mas, ao mesmo tempo, percebendo que é Cristo que se continua, ela não pode deixar de cantar sua própria geração na eterna misericórdia do Pai, no mistério de Natal e na graça que, no próprio momento em que ela canta, vem em seus membros e os “diviniza” um pouco mais”. 
Dom Ludovic Baron, OSB – L’expression du chant grégorien
Reflexão encontrada em : http://www.montfort.org.br/bra/veritas/igreja/misericordia_natal/



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COM AFECTO, 
PE. MARIANO

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