IMITAÇÃO

Na própria essência do nome cristão está a imitação.
O cristão é mais cristão quanto mais imita a Cristo.
O ideal do cristão é Cristo e a sua vida é uma imitação-conformação-configuração.
Reproduzir em si os atos de Cristo.
Ter em si os sentimentos de Cristo.
Assemelhar-se espiritualmente a Cristo.
Essa é a razão principal pela qual S. Lucas nos Atos dos Apóstolos praticamente reescreve o sofrimento e a morte de Cristo no sofrimento e morte de Estêvão. O Diácono se apresenta como verdadeiro cristão ao ter um fim semelhante ao de Cristo: ódio, calúnia, inveja, julgamento iníquo, sentenciado à morte, posto para fora da Cidade, morrer perdoando os inimigos e entregando o espírito a Deus.
Cristo-Estêvão, Estêvão-Cristo.
Ao reescrever a vida de São Francisco, essa foi a mesma preocupação de S. Boaventura: apresentar S. Francisco como "Alter Christus", o outro Cristo.
Esse pensamento, ainda que aparentemente ambicioso, é, como já dizemos, o cerne da vivência de cada cristão.
"Santos como eu sou Santo". "Perfeitos como o Pai". "Meus imitadores como eu de Cristo". "Não sou eu que vivo, mas Cristo em mim..."
Tantas vezes falou e fala o Espírito Santo estimulando em nós essa "santa ambição".
O Natal, longe de ser "o aniversário de Jesus" é a subida do homem para Deus através de Deus que desceu até nós. Ontem o céu começava a ser aberto com o Natal de Jesus, hoje, para esse mesmo céu, nasceu Estêvão.

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