DEIXEMO-NOS

Novo Advento. Novo Ano Litúrgico. Novo convite de Deus.
Na primeira leitura, o Profeta Isaías, que será um grande companheiro nosso nesses dias, nos convida a nos deixarmos guiar pela luz de Deus. Sim, esse convite é belíssimo, mas não é tão fácil de ser acolhido.
Há em nós, aparente ou escondida, uma auto-suficiência onde "deixar-se conduzir" não é a atitude mais comum. Nós queremos conduzir-nos. Queremos ser os senhores de nossa vida e de nossos destinos. O incerto, o inesperado, nos incomodam tanto quanto o momento em que o menino de seis anos, dando com a cara no chão, descobre que não consegue voar como Super Man...
Deixar-se guiar...
Significa assumir que não só não sabemos, como também não controlamos. E esses são os piores pesadelos do homem que quer ser como Deus: não saber tudo, não controlar tudo.
Mais um advento.
Mais uma faxina na gruta do coração para acolher o Verbo feito carne.
Primeira coisa da lista da faxina: jogar fora a auto-suficiência (ou a ideia absurda de que somos auto-suficientes) para finalmente deixarmo-nos conduzir.

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