DINHEIRO

Celebramos a memória de Santa Edwiges.
Olhamos para essa imagem da Santa, está com hábito religioso cisterciense, pois morreu monja. Mas o seu hábito tem um forro de arminho, recordando a nobreza de seu nascimento e de sua vida, pois foi Duquesa da Silésia e da Polônia. Segura em suas mãos uma Igreja, pois ela e seu marido fundaram muitos mosteiros e obras de caridade ao longo de suas vidas.
Como tivesse o costume piedoso de ajudar pobres e, especialmente endividados, mesmo depois de fazer-se monja, hoje é invocada como padroeira dos endividados. Muitos pedem seu auxílio e intercessão no que diz respeito ao dinheiro e, especialmente, à falta dele...
Mas, talvez precisemos aprofundar um pouco.
Imagine que hoje você tenha uma visão de S. Edwiges e após os primeiros momentos de estupor começasse a tentar fazer valer a sua fama de padroeira dos endividados e começasse a falar das dificuldades que todos temos nesse assunto.
Talvez a Santa nos escutasse com sua santa paciência e nos perguntasse com sua simplicidade columbina: "Meu filho, de todas os usos que você fez do seu dinheiro, quanto você santificou?" E talvez nós levássemos um susto, porque geralmente dinheiro e santidade para nós são como água e azeite, duas coisas boas, mas que não se misturam...
E esquecemos que o dinheiro se santifica de dois modos: empregando para o culto divino e no auxílio aos pobres. Duas coisas que talvez o fato de sermos "dizimistas" nos dá certo conforto, certamento menos do que deveria.
Assim fez ela e seu marido: com o dinheiro e as posses que tinham semearam mosteiros e plantaram hospitais e asilos. Pedimos dinheiro para uma mulher que fez questão de distribuir todo o que passou por suas mãos.
Queridos amigos, quando penso em Santa Edwiges imagino a santa escutando nossa queixa de falta de dinheiro e depois nos dizendo que ainda temos aquelezinho guardado no banco ou no colchão que poderia trazer um alívio para um pobre ou se tornar uma vela ou flor junto do Altar do Senhor.

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