DIGNO

A Igreja é Mãe e Mestra.
Como Mestra, sabe que a repetição é "a mãe dos estudantes", ou seja que repetir uma coisa é o caminho mais fácil para que isso se grave em nossa mente.
Não é à toa que em toda a Missa repetimos certas orações, que nos fazem considerar a santidade de Deus, sua grandeza, seu poder. Mas há uma que se refere a nós: Não sou digno.
Senhor, eu não sou digno...
Na Liturgia Antiga essa frase era repetida seis vezes, três pelo celebrante e outras três pelo povo.
É uma oração que foi dita pela primeira vez por um centurião romano, um homem bom, piedoso e generoso a ponto de construir uma sinagoga, e misericordioso a ponto de preocupar-se com seus servos.
É interessante que os judeus digam a Nosso Senhor que o centurião "merece", mas depois o próprio centurião por mensageiros diga Jesus que não merece, não é digno.
Queridos amigos, a ideia da indignidade pode parecer algo como uma "menos-valia espiritual", mas não é. A ideia da indignidade reforça na alma a consciência da graça.
Se algo nos é devido, se merecemos é apenas justo que recebamos.
Todavia, algo imerecido é graça.
Tudo é graça!
O que merecemos?
O que podemos exigir de Deus?
Tudo é graça.
Que saibamos reconhecer em tudo, especialmente no Pão descido dos céus, a graça que nos é dada gratuitamente.

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