AUTÊNTICO
Pouco antes, com S. Filipe, S. Bartolomeu ou Natanael, como também é chamado, não esconde sua pouca perspectiva quanto aos vindos de Nazaré, que realmente não era conhecida por suas grandes personalidades...
São Filipe, por outro lado, não encontra num primeiro momento a necessidade de oferecer a Natanael grandes reflexões, mas apela para a sua alma grande: "Vem ver!".
Quanto o Senhor nos ensina nesse fato!
Primeiro a necessidade de vermos o que os outros têm de melhor. Os olhos misericordiosos de Jesus viram em Natanael o homem autêntico, diante daquela falsidade tão comum entre as pessoas importantes, Jesus prefere atentar para a autenticidade de S. Bartolomeu.
Também a atitude de São Filipe é um convite para a perseverança em nosso apostolado: "Vem ver!".
Como recordava Bento XVI no início do ser cristão não está a adesão à uma idéia, mas o encontro com uma pessoa: "Vem ver!".
"Donde me conheces?" Com aquele gênio não seria difícil imaginar que a lista de amigos de Bartolomeu era bem concisa... O Senhor com extrema delicadeza vai a um passado não distante de Bartolomeu e evoca um fato de conhecimento apenas de Deus e do homem autêntico que não teme ir ver o que Deus lhe prepara: "Eu te vi..."
Algo se descortina diante do autêntico Bartolomeu.
Algo tão autêntico quanto ele, ou ainda mais, que o faz proclamar que de Nazaré não só saiu coisa boa mas, o "Mestre, Filho de Deus, Rei de Israel".
E nessa tríplice profissão de fé, o Apóstolo trilhou os seus dias.
Seguindo o Cristo Mestre, soube aprender a dura lição da sua cruz. Foi reprovado como todos os outros no primeiro momento, mas passou na recuperação que Jesus fez depois da ressurreição. E, literalmente, deu a sua pele por Cristo, sendo escalpado vivo. Por isso Michelangelo o representou em seu "Juízo Final" de forma dramática segurando a sua pele desfigurada.
Ao Filho de Deus, Bartolomeu oferece a homenagem de milhares de almas atraídas a Cristo por pregação apostólica, almas atraídas certamente também por aquela autenticidade humana tão louvável que arrasta com o exemplo da vida o que meras palavras soltas não podem fazer.
Para o Rei de Israel Bartolomeu compreende que há a necessidade de um reinado sem fronteiras. O mundo todo ainda é pequeno para ser o Reino desse Rei. E caminhou tanto pelo mundo que os estudiosos chegam a divergir em qual lugar teria morrido, por tantos que passou.
Queridos amigos, Nosso Senhor também vê o que há de melhor em nós. E conta com isso para continuar a sua missão de salvar as almas. E nesse caminho, o Senhor vai purificando e aperfeiçoando as graças que ele nos dá para que possamos servir a nossos irmãos levando-os ao Mestre, ao Filho de Deus, ao Rei de Israel.
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